A conjunção é considerada uma das classes gramaticais mais importantes, não só pelo grande número de questões que envolvem o tema, mas também pela utilidade dela no momento de escrever uma redação.
Nesse post, o Estratégia Militares trouxe um resumo com o que há de mais importante a respeito das conjunções. Ao final, você encontrará questões para que possa testar o que aprendeu.
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O que são as conjunções?
As conjunções – também conhecidas como conectivo, síndeto, ou operador argumentativo – são as palavras invariáveis que ligam duas orações ou dois termos que exercem a mesma função sintática.
Elas se dividem em coordenativas e subordinativas. As coordenativas ligam termos ou orações com sentido completo entre si, enquanto as subordinativas ligam orações dependentes.
Conjunções Coordenativas
As conjunções coordenativas vão introduzir orações coordenadas sindéticas. Elas podem ser classificadas de diversas formas. A seguir, elencamos os seus diversos tipos.
Aditivas
As conjunções coordenativas aditivas exprimem a ideia de soma por ligarem ideias similares ou equivalentes.
Geralmente, os conectivos que fazem essa função são: e; nem; também; bem como; não só…mas também; tampouco; tanto… quanto.
Exemplos: “não estudo nem trabalho.”; “Lucas e Maria Eduarda são apaixonados.”
Adversativas
As adversativas ligam pensamentos que contrastam entre si, ou seja, são opostos. Logo, há uma quebra de expectativa.
As conjunções adversativas mais usadas são: mas; porém; contudo; todavia; entretanto; no entanto; não obstante; ainda sim.
Exemplos: “Victor correu muito, mas não chegou primeiro.”; “O equipamento é muito caro, no entanto tive que comprar.”
Alternativas
As conjunções alternativas conectam pensamentos que se alternam ou se excluem. Os conectivos mais comuns nessas construções são: ou; ou…ou; já…já; ora…ora; quer…quer; seja…seja.
Exemplos: “ou você assobia ou chupa manga.”; “quer ganhe, quer perca, o importante é competir”.
Conclusivas
Os sindetos conclusivos exprimem ideia de conclusão ou consequência. As conjunções mais usadas para desempenhar esse papel são: logo; pois; portanto; assim; por isso; por consequência; então; em vista disso.
Exemplo: “Ele estuda no Estratégia Militares, por isso será classificado!”
Explicativas
As conjunções explicativas criam a ideia de que a segunda oração explica ou justifica a primeira. Os conectivos mais usados nessas situações são: que; porque; porquanto; pois; isto é.
Exemplo: “O Estratégia Militares é o melhor preparatório, porque é o que mais classifica alunos.”
Conjunções subordinativas
Podemos dividir as subordinativas em dois grandes grupos: integrantes e adverbiais. As integrantes introduzem conjunções subordinadas substantivas. Só existem duas conjunções integrantes, o “que e o “se”. Ao contrário das outras conjunções, elas não carregam sentido consigo, como explicação ou causa, por exemplo.
Exemplo: “Não sei se vou à praia ou fico em casa.”.
Já as conjunções subordinativas adverbiais introduzem orações subordinadas adverbiais, ou seja, a segunda oração expressa alguma circunstância em relação à primeira. Elas subdividem-se em:
- Causais (causa, efeito, razão): porque, porquanto, visto que, uma vez que, já que, pois que, como;
- Concessivas (contraste, ressalva): embora, conquanto, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que;
- Proporcionais (proporcionalidade, simultaneidade): à medida que, à proporção que, ao passo que;
- Conformativas (modo, maneira, conformidade): como, conforme, consoante, segundo;
- Comparativas (comparação, analogia): como, como se, do que, que;
- Consecutivas (consequência, efeito): tanto que, tão que, tal que, tamanho que, de forma que, de modo que, de tal forma que;
- Finais (finalidade, objetivo): a fim de que, para que, porque, que;
- Condicionais (condição, hipótese): se, caso, desde, salvo se, desde que, exceto se, contando que; e
- Temporais (tempo): antes que, apenas, assim que, até que, depois que, logo que, quando, tanto que.
Questões
Agora que você conhece as conjunções, que tal testar o que aprendeu com exercícios de concursos? Vamos nessa!
01. (EsPCEx – 2011) Identifique a alternativa correta quanto à classificação das palavras em negrito e sublinhadas, na ordem em que aparecem, presentes no trecho de O Apólogo, de Machado de Assis:
“Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao
pé de si, para não andar atrás dela.” […]
a) conjunção integrante, conjunção integrante, conjunção final.
b) conjunção integrante, conjunção integrante, pronome relativo.
c) conjunção condicional, conjunção causal, conjunção integrante.
d) pronome relativo, conjunção integrante, conjunção integrante.
e) conjunção condicional, pronome relativo, pronome relativo.
02. (UNESP – 2016 adaptado)
Leia o trecho do texto “Brinquedos incendiados”, de Cecília Meireles.
Assim, o bando que passava, de casa para a escola e da escola para casa, parava longo tempo a contemplar aqueles brinquedos e lia aqueles nítidos preços, com seus cifrões e zeros, sem muita noção do valor – porque nós, crianças, de bolsos vazios, como namorados antigos, éramos só renúncia e amor. Bastava nos levar na memória aquelas imagens e deixar cravadas nelas, como setas, os nossos olhos.
Abaixo, você encontra o texto reescrito, mas mantendo o mesmo sentido do texto
original:
___________, o bando de crianças passava em frente ao bazar e parava ____________ pudesse contemplar aqueles brinquedos, _____________ lia os preços sem muita noção de valor, _____________ o importante era levar na memória aquelas imagens fantásticas.
Para que haja coesão entre as ideias, as lacunas do texto devem ser preenchidas,
respectivamente, por:
a) Portanto … se bem que … assim que … pois
b) Entretanto … para que … depois que … à medida que
c) Desse modo … para que … enquanto … pois
d) Apesar disso … ainda que … depois que … à medida que
e) Todavia … ainda que … enquanto … de sorte que
Gabarito
Questão 1: B
Questão 2: C
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