24 de setembro: conheça o Combate no Forte Coimbra

24 de setembro: conheça o Combate no Forte Coimbra

O Combate no Forte Coimbra é um marco na história brasileira, principalmente pela participação do Coronel Ricardo Franco, patrono do quadro de engenharia do Exército Brasileiro. Para saber mais, confira esse artigo que o Estratégia Militares preparou para você!

Portugues de nascimento e brasileiro por vocação, os atos heróicos e a contribuição para a demarcação e a consolidação do território brasileiro fizeram do Coronel Ricardo Franco o patrono da Engenharia Militar do Brasil. Ele foi o comandante das tropas que construíram e defenderam o Forte de Coimbra da invasão espanhola em 1801.

Ricardo Franco de Almeida Serra, atual patrono da Engenharia Militar, nasceu em Portugal em 1748. Aos 18 anos se formou em Engenharia e Infantaria em seu país. Culto, religioso e fiel aos valores militares – a hierarquia e a disciplina -, o militar lusitano também era cartógrafo, geógrafo e astrônomo. 

Vida militar do Coronel Ricardo Franco

Devido ao seu vasto conhecimento, a Rainha de Portugal, D. Maria I, determinou em 1779 que o então Capitão Ricardo Franco viajasse para o Brasil, a fim de atuar nos esforços que visavam pôr em prática o Tratado de Santo Ildefonso – acordo entre Portugal e Espanha para mitigar os conflitos entre as duas nações na colônia por questões fronteiriças. 

Sua missão era mapear e incorporar a fronteira oeste do Brasil ao domínio territorial português. Ao desembarcar no território brasileiro, Ricardo Franco iniciou a construção da história da engenharia militar no Brasil. 

O militar foi um grande desbravador, sendo responsável pelos levantamentos topográficos de extensas regiões fronteiriças. Também explorou mais de 50 rios das Bacias do Amazonas e do Prata. Mapeou as capitanias do Grão-Pará, do Piauí, de São José do Rio Negro, atual Amazonas, e também do Mato Grosso. 

Além disso, Ricardo Franco contribuiu para a construção de fortes em locais estratégicos dominados por Portugal, os quais foram fundamentais para proporcionar melhores condições de defesa das regiões norte e centro-oeste, como:

  • Forte Príncipe da Beira, em Rondônia;
  • Quartel dos Dragões, em Vila Bela (atual Mato Grosso); e 
  • Forte de Coimbra (construído no atual município de Corumbá, no Pantanal sul-matogrossense).
Combate no Forte Coimbra

A invasão espanhola ao Forte de Coimbra

O Forte de Coimbra tinha a função de impedir o avanço espanhol e coibir a atuação dos índios Paiaguás, que eram caçadores, peritos em navegação e que se orgulhavam em não ter piedade dos seus inimigos nas batalhas. 

Batismo de Fogo do Forte de Coimbra

O Forte de Coimbra sofreu dois grandes ataques em sua história. O primeiro durou de 16 a 24 de setembro de 1801, quando uma esquadra espanhola comandada por D. Lázaro da Ribeira – que era o governador de Assunção, no Paraguai – chegou com uma tropa composta por 900 homens, contra os 109, que faziam a proteção do Forte. 

Ricardo Franco confiou em seus homens e no Forte que construíram. Sob intenso ataque, os soldados luso-brasileiros mantiveram o domínio da fortificação. Foi nessa batalha que Ricardo Franco proferiu uma de suas frases mais célebres:

“Preferir ver-se sepultado com seus homens sob as ruínas do forte, que lhes cabia defender, do que render-se.”

No nono dia de conflito, os espanhóis já não tinham mais munição nem comida para alimentar seus soldados. Por isso, foram obrigados a retornarem à Assunção sob os tiros dos canhões liderados por Ricardo Franco e com duas embarcações seriamente avariadas.

Em 1802, Ricardo Franco foi promovido ao posto de Coronel e mantido no comando do Forte de Coimbra e da fronteira-sul brasileira, para a manutenção do território conquistado e demarcado. 

Nomeação como patrono do Quadro de Engenheiros Militares

Ele ficou na fortaleza até adoecer e morrer em 1809, aos 61 anos. Seu legado fez com que ele fosse homenageado com o título de Patrono do Quadro de Engenharia do Exército Brasileiro, além de que a data de seu nascimento foi escolhida como o Dia do Quadro de Engenheiros Militares.  

O que é preciso para ser Engenheiro Militar?

Se você tem o sonho de ser um engenheiro militar, deve prestar os concursos para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), para o ingresso na carreira militar como oficial ou para a Escola de Sargento das Armas (ESA), para o ingresso na carreira militar como sargento.

Combate no Forte Coimbra

Quanto é o soldo do oficial engenheiro? E do sargento do Exército?

Atualmente, o soldo-base varia de R$3.825,00 a R$6.169,00, para os sargentos. Já para os oficiais o soldo-base é de R$7.490,00 a R$11.451,00. A remuneração se altera de acordo com a graduação ou posto do militar. Vale ressaltar que o soldo é apenas a base do salário do militar. 

Junto ao soldo são pagos diversos valores adicionais pela função desempenhada, mas também existem alguns descontos referentes aos serviços hospitalares, pensão militar, entre outros. 

Você pode conferir o que é o soldo militar e os valores atualizados no Portal do Estratégia Militares.

Militar temporário em engenharia do Exército

Na área de engenharia também é possível servir como militar temporário. O Exército Brasileiro tem buscado cada vez mais na sociedade civil pessoas qualificadas e com experiência para ingressarem na força terrestre por meio da análise curricular.

Se você se interessou pelo curso de engenharia nas carreira como oficial ou sargento, se prepare para os concursos do Exército com o Estratégia Militares! Clique no banner abaixo e veja todos os cursos preparatórios e as vantagens que o Estratégia Militares tem para você! Vem ser coruja!

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