Na Língua Portuguesa, as expressões idiomáticas atuam como elementos que enriquecem a comunicação do dia a dia, além de trazer mais naturalidade, expressividade e vínculo com a cultura popular.
Contudo, para candidatos a concursos públicos, é fundamental usá-las com cautela. Em provas discursivas, redações avaliativas ou situações que exigem linguagem técnica e objetiva, o uso de expressões figuradas pode prejudicar a clareza, a precisão e a formalidade do texto.
Dominar o significado dessas construções e reconhecer os contextos adequados para sua utilização não só amplia a competência comunicativa, como também reflete maturidade linguística — um diferencial importante na busca pela aprovação! O Estratégia Militares traz mais informações para você, vamos lá?
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O que são expressões idiomáticas?
Expressões idiomáticas são frases que têm um sentido diferente do literal. Quando alguém diz “queimou a largada”, por exemplo, não está falando de uma corrida, mas de alguém que se adiantou antes do tempo. Essas expressões fazem parte da nossa cultura e são muito usadas na comunicação do dia a dia. Apesar de deixarem a linguagem mais natural e expressiva, exigem atenção quando se trata de escrever com clareza e objetividade — especialmente em provas.
A maioria dessas expressões surgem a partir de hábitos, profissões ou costumes antigos. Algumas vieram do campo, da igreja ou até de contextos militares. Com o tempo, ganharam espaço na língua e passaram a ser usadas em várias situações. Para quem está se preparando para concursos, entender essas expressões ajuda tanto na hora de interpretar textos quanto na hora de evitá-las quando o contexto exige uma linguagem mais formal.
Quando evitar o uso de expressões idiomáticas?
Embora tornem a linguagem mais dinâmica, as expressões idiomáticas devem ser usadas com cuidado em contextos formais. Em textos como redações de concursos, petições jurídicas ou relatórios, o uso de frases com sentido figurado pode comprometer a clareza e a objetividade, além de soar impreciso ou pouco profissional.
Muitas dessas expressões têm origem popular ou regional, o que pode gerar ambiguidade e prejudicar a comunicação. Por isso, em avaliações formais, o ideal é optar por um vocabulário direto e literal.
Em vez de dizer que a “população ficou a ver navios”, por exemplo, é mais adequado afirmar que “foi deixada desassistida”. Entender o público e o propósito do texto é essencial para manter um tom técnico, claro e respeitoso — especialmente em contextos institucionais ou jurídicos.
No caso dos concursos militares, as propostas de redação costumam ser mais diretas e práticas. Portanto, é bom evitar o uso de expressões idiomáticas no seu texto.
Exemplos de substituição em linguagem formal:
Expressão idiomática | Substituição adequada em texto formal |
---|---|
“Chutar o balde” | Desistir diante das dificuldades |
“Dar com a língua nos dentes” | Revelar informação confidencial |
“Ficar com o pé atrás” | Demonstrar desconfiança ou hesitação |
“Pisar na bola” | Cometer um deslize ou erro |
“Fazer vista grossa” | Ignorar deliberadamente |
A inclusão de expressões idiomáticas nesses gêneros pode reduzir o dinamismo lógico da argumentação e, em alguns casos, até comprometer a coerência e coesão textuais exigidas.
Quando e onde aplicar as expressões idiomáticas?
O momento mais apropriado para empregar expressões idiomáticas é na linguagem oral, em crônicas, diálogos, contos ou campanhas publicitárias, que se valem da linguagem figurada para criar empatia, humor ou expressividade. Enquanto isso, nos contextos que demandam isenção, precisão conceitual e técnica, recomenda-se deixá-las de lado, priorizando termos inequívocos com sentido literal.
Essa distinção entre registros linguísticos — informal e formal — é essencial para estudantes que buscam excelência em provas de concursos e avaliações discursivas. Usar adequadamente a linguagem demonstra não só competência comunicativa, mas discernimento em adequar o discurso às exigências de cada situação.
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