A fonologia é a parte da gramática destinada a estudar os sons da língua, observando suas combinações e peculiaridades. Nesse post, o Estratégia Militares abordará aspectos importantíssimos no estudo da fonologia, como: diferença entre letra e fonema, dígrafos, encontros vocálicos e muito mais!
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Qual a diferença entre letra e fonema?
O fonema é a menor unidade sonora de uma palavra e as suas combinações podem formar diversas palavras. A representação gráfica desses sons é feita pelas letras, também chamadas de grafemas.
Entender bem o conceito de fonema e letra é de fundamental importância, já que uma palavra pode apresentar um número de fonemas diferente do número de letras.
Como exemplo, temos a palavra “chave”. Claramente, ela tem cinco letras, no entanto, o “ch” tem apenas um som /X/. Logo, a palavra “chave” tem quatro fonemas. Em contrapartida, a palavra “táxi” conta com quatro letras e cinco fonemas, já que, nesse caso, a letra “x” traz consigo dois fonemas /KS/.
O que são os dígrafos?
Como acabamos de ver, existem palavras que apresentam um número de letras superior ao número de fonemas. Isso ocorre quando duas letras apresentam apenas um som. A esse fenômeno damos o nome de dígrafo.
Os dígrafos podem ser consonantais ou vocálicos. Dentre os consonantais, os principais são:
- CH: chave; cachorro;
- LH: lhama; calha;
- NH: nhoque; galinha;
- GU: guindaste; águia;
- QU: quinta; máquina;
- RR: carro, barriga;
- SS: assado, assassino;
- SC: descendente;
- SÇ: desça; e
- XC: excesso.
Os dígrafos vocálicos são representados por “a”, “e”, “i”, “o”, “u” seguidos de “m” ou “n” na mesma sílaba. Como exemplos, temos: cantada, umbigo, xampu, manto.
Encerrado o conceito de dígrafo, é importante dizer que existe o dífono, que nada mais é do que o som /KS/ representado pela letra X, visto nas seguintes construções: táxi, nexo, complexo.
Vogal, semivogal e consoante
As vogais são representadas pelas letras A, E, I, O, U, Y. Na fala, podemos notar que a pronunciamos livremente, ou seja, sem a obstrução dos lábios, dentes e língua.
Um conceito importantíssimo quanto às vogais é que não existe sílaba sem a presença de vogal; logo, elas funcionam como a base das sílabas. Esse conceito auxilia muito na separação silábica de palavras mais difíceis.
Podemos dividir as vogais em orais e nasais. As orais se caracterizam pela pronúncia feita apenas pela cavidade bucal, enquanto as nasais tem seu som produzido com o auxílio da cavidade nasal.
Além do sinal de nasalização til (~), as letras “m” e “n” também indicam as vogais nasais. Exemplos: cama, índio, manhã, órfã.
As semivogais se caracterizam por se apoiarem nas vogais e terem um som mais brando quando pronunciadas. São representadas pelas letras I, U, E, O, M, N, W, Y. Para melhor entendimento, seguem alguns exemplos: pai, hífen, windsurf (“w” tem som de “u” e está apoiada na vogal “i”), office boy.
Já as consoantes encontram a interferência dos órgãos da boca no momento da pronúncia. Elas são representadas pelas demais letras do alfabeto.
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Encontros vocálicos
Esse tema reclama uma atenção especial, já que já foi objeto de questões em concursos militares. Os encontros vocálicos são divididos em três tipos: ditongo, tritongo e hiato.
Hiato
O hiato representa o encontro de duas vogais, uma em cada sílaba, dado que só pode existir uma vogal em cada.
Exemplos: cru-el, ci-ú-me, sa-í-da, ba-ús, ra-i-nha, ru-im.
Vale ressaltar que, em algumas palavras, pode ocorrer uma falsa impressão de hiato. Nesses casos, não são duas vogais lado a lado e sim uma semivogal com uma vogal. A esse fenômeno dá-se o nome de glide. Como exemplo temos a palavra mei-o, cujo “i” é uma semivogal.
Ditongo
O ditongo ocorre quando há o encontro de vogal e semivogal (decrescente) ou semivogal e vogal (crescente), na mesma sílaba. Abaixo, listamos alguns ditongos crescentes e decrescentes para que você possa entender melhor.
- Ditongos crescentes: história, água, frequente, Gávea, armário, magistério; e
- Ditongos decrescentes: leite, pai, mãe, caule, ouro, coisa, não.
Vale frisar que, no final das palavras, “m” e “n” são consideradas semivogais e constroem ditongos decrescentes nasais, como em: estudam.
Tritongo
Por fim, temos os tritongos que são o encontro de uma semivogal + vogal + semivogal, numa mesma sílaba, podendo ser oral ou nasal.
- Tritongo oral: averiguou, Paraguai, Uruguai, aguei, iguais; e
- Tritongo nasal: saguão, enxáguem, averiguam, deságuam.
Encontros consonantais
Os encontros consonantais, como o próprio nome sugere, são encontros entre consoantes na mesma sílaba ou em sílabas diferentes – chamados respectivamente de encontros perfeitos e encontros imperfeitos ou disjuntos. Exemplo: Bra-sil (perfeito), af-ta (imperfeito).
Além desses, também existe o encontro consonantal fonético que ocorre quando encontramos a letra “x” com som de /KS/.
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Texto elaborado com base no material didático da professora Fabíola Soares.