Nas provas de concursos militares, ter domínio da análise sintática é um diferencial, e um dos conceitos fundamentais nessa área é o adjunto adverbial! Ele é um termo que, apesar de não ser essencial na estrutura da oração, acrescenta informações valiosas sobre as circunstâncias da ação verbal – como tempo, lugar, modo e causa.
Saber identificar o adjunto adverbial – e distingui-lo de advérbios, locuções ou orações subordinadas – permite interpretar melhor os enunciados e evitar erros comuns na hora da prova. Vamos entender os tipos, funções e formas de reconhecimento desse componente indispensável da gramática!
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Diferenças entre advérbio, locução e oração subordinada
Na análise sintática da língua portuguesa, identificar os elementos que funcionam como adjunto adverbial é fundamental para entender melhor como as orações são estruturadas. Esses elementos podem aparecer de três formas distintas: advérbio isolado, locução adverbial ou oração subordinada adverbial.
Embora diferentes na forma, todos exercem o mesmo papel: modificar ou especificar o sentido de um verbo, adjetivo ou outro advérbio.
Advérbio
O advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de outro advérbio. Ele acrescenta informações sobre como, quando, onde, por que ou com que intensidade algo acontece. Veja alguns exemplos de advérbios organizados por tipo:
- tempo: cedo, ontem, depois.
- lugar: aqui, ali, longe.
- modo: bem, mal, rapidamente.
- intensidade: muito, pouco, demais.
Exemplo: “Ela saiu cedo.”
Nesse caso, o advérbio “cedo” indica quando ela saiu e funciona como adjunto adverbial de tempo. Se uma única palavra já transmite a circunstância da ação, provavelmente é um advérbio.
Locução adverbial
Diferente do advérbio isolado, a locução adverbial é formada por duas ou mais palavras que, juntas, cumprem a função de um advérbio. Geralmente envolvem estruturas como preposição + artigo + substantivo.
Exemplo: “Eles viajaram à noite.”
Aqui, “à noite” é uma locução adverbial de tempo, pois indica quando a ação aconteceu.
Oração subordinada adverbial
Quando a informação adicional exige uma explicação mais completa, usamos uma oração subordinada adverbial. Nesse caso, temos uma nova oração (com sujeito e verbo), mas que depende da principal para ter sentido completo.
Exemplo: “Ele foi embora porque estava cansado.”
A parte destacada é uma oração subordinada adverbial de causa, pois explica o motivo da ação principal. Se a explicação tem verbo próprio e depende da oração principal, estamos diante de uma oração subordinada.
Tabela comparativa:
Forma | Estrutura | Exemplo | Tipo de circunstância |
---|---|---|---|
Advérbio | Palavra única | “Ela saiu cedo.” | Tempo |
Locução Adverbial | Grupo de palavras | “Eles viajaram à noite.” | Tempo |
Oração Subordinada Adverbial | Frase com verbo + sujeito | “Ele foi embora porque estava cansado.” | Causa |
Em resumo, independentemente da forma (advérbio, locução ou oração), o adjunto adverbial responde perguntas como:
- quando?: tempo
- onde?: lugar
- como?: modo
- por quê?: causa
- para quê?: finalidade
E mais: se a informação puder ser retirada da frase sem comprometer sua estrutura gramatical, é sinal de que se trata de um adjunto adverbial.
Para identificá-lo, observe a palavra ou expressão que adiciona uma informação circunstancial à oração. Ela pode ser um advérbio, uma locução adverbial ou até uma oração subordinada. Reconhecer seus tipos e funções é um diferencial estratégico em qualquer prova de língua portuguesa.
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ALTERNATIVA: C
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