O Dia da Bandeira é comemorado em 19 de novembro, por isso, confira mais informações e curiosidades sobre a bandeira brasileira nesse artigo, que o Estratégia Militares preparou para você!
Um dos maiores símbolos nacionais, que se identifica com todo um povo, onde quer que esteja. As bandeiras dos países são cheias de significados, já que representam a história, a cultura e os valores de uma nação.
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Quantas bandeiras o Brasil já teve?
O Brasil já possuiu 12 bandeiras nacionais antes da atual, sendo três criadas após a independência. As bandeiras anteriores eram de origem portuguesa, da época de Pedro Álvares Cabral até 1822.
Enquanto o território brasileiro era parte da américa portuguesa, o território não possuía bandeira própria, isso porque Portugal hasteava sua própria bandeira nos territórios que colonizava.
Bandeira da Ordem de Cristo
A primeira bandeira foi a “Ordem de Cristo” que durou de 1319 a 1651. Foi a primeira bandeira a tremular no país.
A Ordem de Cristo foi uma associação que patrocinou as grandes navegações portuguesas, e sua bandeira chegou ao Brasil junto com as caravelas de Pedro Álvares Cabral. Esse era o símbolo nacional dos portugueses e, apesar de não ser a primeira bandeira do Brasil, foi a primeira a ser hasteada em solo brasileiro.
Bandeira Real
A segunda bandeira foi a “Bandeira Real”, que durou de 1500 a 1521. Ela foi utilizada nas embarcações que chegaram ao território brasileiro, porém mesmo sendo a oficial, ela sede espaço para a bandeira da Ordem de Cristo.
A Bandeira Real foi criada por D. João I, de Portugal, e continha o estandarte real branco, junto com o Brasão de armas do país.
Bandeira de D. João III
A terceira bandeira foi a “Bandeira de D. João III” que durou de 1521 a 1629. Essa bandeira foi utilizada durante o reinado de D. João III de Portugal, que era conhecido como “o colonizador”.
Após o descobrimento do Brasil, seu brasão foi usado nas bandeiras dos navios em viagens de exploração e colonização. Nela, deixou-se de utilizar a cruz da Ordem de Cristo junto ao brasão de armas de Portugal e, em seu lugar, foi inserida a coroa do Rei do país.
Bandeira do Domínio Espanhol
A quarta bandeira foi a “Bandeira do Domínio Espanhol” que durou de 1616 a 1640. Em 1580, foi formada a União Ibérica, a união entre as coroas espanhola e portuguesa.
Em 1606, o espanhol Felipe II, assumiu o trono e criou a quarta bandeira para Portugal e suas colônias, entre elas o Brasil.
A nova bandeira manteve o escudo e a coroa da bandeira portuguesa, mas foi envolta por cinco ramos de cada lado. Durante o período que essa bandeira foi utilizada, ocorreram as invasões holandesas no nordeste e o início da expansão bandeirante.
Bandeira da Restauração
A quinta bandeira foi a “Bandeira da Restauração”, que durou de 1640 a 1656. A bandeira da restauração foi instituída após o fim do domínio espanhol e representava o surgimento do reino português.
D. João IV foi o rei que instituiu essa bandeira. Ela manteve o brasão de armas de Portugal e acrescentou uma borda azul que representa a veneração à padroeira do país, Nossa Senhora da Conceição. A esfera de ouro fazia parte de outras flâmulas, como o rei português D. Manoel I. Acima dela ficava a cruz da Ordem de Cristo.
Bandeira do Principado do Brasil
A sexta bandeira foi a “Bandeira do Principado do Brasil”, que durou de 1645 a 1816. Essa bandeira foi a primeira criada exclusivamente para o Brasil, quando D. João IV conferiu o título de Príncipe do Brasil a seu filho, Teodósio, fazendo com que o território passasse a ser considerado um principado.
Apesar de ser a primeira bandeira exclusiva, ela não foi a primeira bandeira nacional, visto que o Brasil ainda não era considerada uma nação independente.
Bandeira de D. Pedro II
A sétima bandeira foi a “Bandeira de D. Pedro II”, que durou de 1683 a 1706. Adotada depois da morte do Rei português D. Afonso VI, o verde aparece pela primeira vez, sendo até os dias atuais presente na bandeira brasileira.
A bandeira de D. Pedro II, de Portugal – não o do Brasil – foi utilizada no auge das expedições bandeirantes, entre 1683 e 1706.
Bandeira Real do Século XVII
A oitava bandeira foi a “Bandeira Real do Século XVII” que durou de 1600 a 1700. Foi criada, também, por D. Pedro II, de Portugal, e utilizada como símbolo oficial do reino.
Junto a ela, também eram hasteadas a bandeira da restauração, a do principado do Brasil e a bandeira de D. Pedro II. Em seu design também foi acrescentado uma corrente e a cruz vermelha da Ordem de Cristo.
Bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves
A nona bandeira foi a “Bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve”, que durou de 1816 a 1821. Em 1815 foi criado o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve, porém o Reino só recebeu uma bandeira em maio de 1816. O Brasil foi representado na nova bandeira pela esfera azul.
Bandeira do Regime Constitucional
A décima bandeira foi a “Bandeira do Regime Constitucional”, que durou de 1821 a 1822. Essa foi a última bandeira a tremular no Brasil antes da independência. Ela vigorou por pouco tempo, entre 1821 e 1822.
Uma curiosidade é que ela estava presente durante o grito do Ipiranga, no dia 7 de setembro de 1822, marco da emancipação política do Brasil.
Bandeira Imperial do Brasil
A décima bandeira foi a “Bandeira Imperial do Brasil”, que durou de 1822 a 1829. A primeira bandeira do Brasil independente, foi criada como pavilhão pessoal do Príncipe do Reino. Ela incluía vários novos itens, como:
- O losango amarelo, representando a Casa de Habsburgo, de D. Leopoldina, primeira esposa de D. Pedro I;
- O Ramo do Café;
- O Ramo do Tabaco;
- A Coroa Imperial; e
- O verde, que representa a Casa de Bragança, de D. Pedro I.
A Bandeira Imperial foi criada pelo famoso pintor francês Jean Baptiste Debret, fundador da Academia de Belas Artes do Brasil, e essa bandeira representa as bases da bandeira atual.
Com a proclamação da República, anos depois, o Brasil teve duas bandeiras oficiais, uma provisória e uma que vigora até hoje.
Bandeira Provisória da República
A décima segunda bandeira foi a “Bandeira Provisória da República”, que vigorou apenas entre 15 a 19 de novembro de 1889. A bandeira provisória da República foi utilizada por apenas quatro dias para substituir a bandeira imperial, logo quando foi proclamada a república.
Criada por José Lopes da Silva Trovão, era uma imitação da bandeira dos Estados Unidos, com 13 listras alternadas com duas cores e uma cantoneira com 21 estrelas, número equivalente às antigas províncias – depois chamadas de estados – e o município neutro do Rio de Janeiro, capital do país.
Essa bandeira também serviu de base para as bandeiras dos estados de Goiás, Sergipe e Piauí.
Bandeira da República Federativa do Brasil
Por fim, a décima terceira bandeira durou de 1889 até os dias atuais. A bandeira nacional usada hoje está em vigor desde o dia 19 de novembro de 1889. Por isso, é comemorado o Dia da Bandeira no dia 19 de novembro.
A bandeira foi inspirada na versão Imperial. O Marechal Deodoro, que foi monarquista em toda a sua vida, aceitou a proclamação da república pela instabilidade política, mas sugeriu que a nova bandeira republicana fosse igual à bandeira imperial.
Qual o significado da Bandeira do Brasil?
Os criadores da bandeira foram Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos, com o desenho de Décio Vilares, que era artista plástico. Por mais que muitos pensem que as cores sejam relacionadas com as matas, o ouro e o céu, o significado é outro.
O verde e o amarelo, herdados da bandeira imperial, representam a Casa de Bragança, de D. Pedro I e a Casa de Habsburgo, de D. Leopoldina. A esfera azul representa a república e as estrelas, os estados da federação.
O astrônomo Manoel Pereira dos Reis foi chamado a determinar com precisão científica a posição das estrelas, no dia da Proclamação. Assim, os estados foram representados com 21 estrelas, sendo 20, os estados, e uma, para a capital, Rio de Janeiro,
A faixa branca representa o lema da filosofia positivista “Ordem e Progresso”, herdado do pensamento de Augusto Comte:
“O amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim”.
Em 19 de novembro de 1889, a atual bandeira foi adotada oficialmente. A única mudança ao longo dos anos foi o acréscimo de algumas estrelas na esfera azul, visto que nem todos os estados atuais existiam na época.
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