Atividade agrícola: origem histórica, fatores e sistemas de produção

Atividade agrícola: origem histórica, fatores e sistemas de produção

A atividade agrícola é quem comanda a economia de países geradores de commodities, como o Brasil. Para saber mais, confira esse artigo que o Estratégia Militares preparou para você!

O modelo agrário-agrícola – que se apresenta como o que há de mais moderno, sobretudo por sua capacidade produtiva –, na verdade, atualiza o que há de mais antigo e colonial em termos de padrão de poder.

Isso é devido à existência de uma forte aliança oligárquica entre grandes corporações financeiras internacionais, grandes indústrias e laboratórios de adubo, fertilizantes, herbicidas e sementes, as grandes cadeias de comercialização ligadas aos supermercados e os grandes latifundiários exportadores de grãos.

Origem histórica da atividade agrícola

Relatos históricos indicam que os primeiros sistemas de cultivo e de criação apareceram no Neolítico – ou Idade da Pedra Polida – último período da Pré-História, entre 12 mil e 4 mil anos a.C., quando o homem começou a cultivar plantas e a criar e domesticar animais nos mais diversos tipos de ambiente, transformando, assim, os espaços naturais.

Essa passagem da predação à agricultura foi denominada Revolução Agrícola Neolítica. A ela sucederam várias outras revoluções até chegarmos aos sistemas de cultivos a que temos acesso na atualidade.

Durante muito tempo, a atividade agrícola foi aos poucos levando ao sedentarismo do homem, já que, à medida que começava a plantar, fixava-se durante um período em determinado local até que a plantação frutificasse ao menos uma vez.

O fato do homem se tornar sedentário provocou uma verdadeira revolução no modo de vida da humanidade, pois permitiu o desenvolvimento de vilas e cidades. Em sua maioria, as primeiras vilas se desenvolveram em regiões de solo fértil e nas imediações de grandes rios, fato que propiciava a atividade agrícola.

Com os ganhos de produção, começaram a surgir os excedentes e, com isso, o comércio.

A partir do início da atividade agrícola, o homem foi aprendendo a fabricar instrumentos, a fazer uso do fogo, a selecionar as melhores plantas para a retirada de sementes e a promover o enxerto de variedades, de modo a produzir grãos maiores e mais nutritivos do que os selvagens. 

Atividade agrícola

Com a Revolução Industrial, a agricultura alcançou um avançado estágio de desenvolvimento técnico e científico, que beneficiou prioritariamente os países desenvolvidos. Enquanto isso, grande parte dos países subdesenvolvidos passavam por situações de tangente escassez de alimentos.

A agricultura moderna, caracterizada pela intensa utilização de capital e pouca mão de obra, foi desenvolvida, sobretudo, em países ricos. Ela penetrou de forma mais limitada nos países pobres, em razão de grande parte dos agricultores desses países não terem condições de arcar com as despesas deste tipo de produção.

Fatores que interferem na atividade agrícola

Por ser uma atividade ligada diretamente à terra, o solo e o clima são os fatores limitantes mais importantes para a expansão da agricultura. Por essa razão há, por exemplo, produtos típicos dos climas quentes e úmidos, como:

  • Cacau;
  • Juta;
  • Seringueira; e 
  • Cana-de-açúcar.

Clima

Outros produtos agrícolas preferem os climas quentes e secos, como o algodão e o sisal. Outros são típicos de climas temperados, como o trigo, a beterraba e a batata. Ppor fim, há os típicos de clima temperado mais frio, como a aveia.

Solo

Há certos vegetais que têm preferência por determinados tipos de solo, como a cana-de-açúcar, que se desenvolve em solos argilosos, sobretudo no massapê. Já o café prefere os de origem vulcânica, como a terra roxa.

O algodão, os siliciosos, enquanto outras plantas se desenvolvem melhor nos solos arenosos, os aluviais, entre outros. Outras, ainda, preferem solos do tipo ácido, salino, alcalino, entre outros.

Relevo

Com o relevo não poderia ser diferente. Ele também tem grande importância na distribuição e na localização das plantas. Alguns vegetais se desenvolvem melhor em regiões mais elevadas, enquanto outros preferem as planícies de inundação e encostas úmidas das serras.

Há, assim, uma gama enorme de preferências de cada espécie vegetal por determinadas condições naturais de relevo, de clima e de solos.

Os sistemas de produção agrícola

Os sistemas agrícolas, bem como a produção pecuarista, podem ser classificados como sendo intensivos ou extensivos, de acordo com o grau de capital empregado e com a produtividade. Ao contrário do que muitas pessoas afirmam, essa classificação não depende do tamanho da área destinada aos cultivos ou à pecuária.

Sistema intensivo de produção

Na agricultura intensiva, são empregadas técnicas modernas de preparo de solo, uso de insumos agrícolas, como fertilizantes e agrotóxicos, sementes selecionadas, sistemas de irrigação e mecanização das lavouras, entre outras. Devido a isso, nessas áreas a produtividade costuma ser elevada. 

Na pecuária intensiva, o rendimento também é elevado, uma vez que na maioria dos casos os animais são criados à base de ração ou de pastos preparados para sua alimentação, dispõem de assistência veterinária e recorre-se à inseminação artificial, quando necessário. Quanto à gestão da mão de obra, pode-se dizer que ela é qualificada.

Sistema extensivo de produção

Já na agricultura extensiva, são empregadas técnicas mais rudimentares, como as queimadas, por exemplo, que contribuem para a baixa exploração da terra e para a baixa produtividade. Quanto à gestão da mão de obra, há o predomínio da agricultura familiar, voltada para a subsistência.

Na pecuária extensiva, o gado é criado solto, alimentando-se de pastagens naturais, e apresenta baixa produtividade.


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