Saiba como os corpos celestes se movimentam!

Saiba como os corpos celestes se movimentam!

Já parou para pensar como os movimentos dos corpos celestes influenciam os processos naturais do nosso planeta? Os movimentos que a Terra executa refletem diretamente nas sucessões dos dias e das noites, bem como nas estações do ano.

Outro exemplo é a Lua, nosso satélite natural, cujos movimentos causam consequências como: elevação ou subsidência das marés e eclipse lunar ou solar.

Esses temas não são tão cobrados nos concursos militares; no entanto, é muito importante estudá-los, uma vez que eles estão diretamente relacionados ao fuso horário, à climatologia e à hidrografia.

Confira mais este conteúdo que o portal Estratégia Militares traz para você. Leia mais a seguir!

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Rotação da Terra

O movimento de rotação é aquele em que a Terra gira em torno de si mesma. Ele é realizado de Oeste para Leste (sentido anti-horário). Dessa forma, o Sol nasce a Leste e se põe a Oeste, por isso que o Japão é conhecido como a “Terra do Sol Nascente”, pois é um dos primeiros países a receber a luz solar.

A volta completa do nosso planeta em torno do seu próprio eixo dura 24 horas (dia solar) – mais precisamente, 23 horas, 56 minutos, 4 segundos e 9 centésimos (dia sideral). Logo, a sucessão dos dias e das noites depende do movimento de rotação.

Considerando que nem todas as partes da superfície da Terra são iluminadas ao mesmo tempo, houve a necessidade de estabelecer horários diferentes em diversos países. A padronização adotada ficou conhecida como fuso horário.

Além disso, a rotação provoca o movimento aparente do Sol. Durante anos, a humanidade acreditou que a Terra era fixa no espaço e que os corpos celestes giravam em torno dela, teoria conhecida como Geocentrismo. 

No entanto, cientistas provaram o contrário, isto é: a Terra é quem gira em torno do Sol (Heliocentrismo).

Translação da Terra

O movimento da Terra em volta do Sol é conhecido como Translação e acontece no sentido Oeste para Leste.

Essa trajetória, também chamada de percurso ou órbita – possui um formato elíptico (“esfera achatada”) que dura 365 dias para fechar uma volta completa. Mais precisamente, 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 2 segundos.

Esse excedente além dos 365 dias é o responsável pelos anos bissextos, isto é, um dia a mais a cada 4 anos, fazendo com que o mês de fevereiro tenha 29 dias.

Diferentemente do movimento de rotação, o movimento de translação não é uniforme e possui uma velocidade muito maior, em torno de 110 mil km/h.

Dependendo do ponto (local) em que a Terra está na trajetória elíptica de translação, nosso planeta está mais perto do Sol (periélio) ou mais afastado (afélio).

Em outras palavras, a distância varia entre, aproximadamente, 148 e 153 milhões de km. O periélio ocorre em torno do dia 4 de janeiro (maior velocidade do movimento de translação) e o afélio ocorre por volta do dia 4 de julho (menor velocidade).

Estações do ano e inclinação da Terra

Então, quando estamos no periélio é verão e quando estamos no afélio é inverno?

Não, pois graças ao eixo de inclinação da Terra (23°45’), as estações do ano não são as mesmas nos hemisférios Norte e Sul. Na verdade, elas são opostas.

Um exemplo: nas decorações de Natal mostradas nos filmes sempre vemos bonecos de neve, não é mesmo? Isso ocorre porque é inverno no hemisfério Norte, mas, no fim do ano, é verão no hemisfério Sul. O mesmo acontece com a primavera e com o outono. 

Além disso, a incidência da radiação solar não é a mesma ao longo do ano nos diversos pontos da Terra. Isso também acontece por causa do eixo de inclinação. Para tanto, existem dois nomes específicos:

  • Equinócio: dia e noite com a mesma duração, acontece quando o raio solar incide perpendicularmente na Linha do Equador. Ocorre entre 20 e 23 de março, quando se inicia o outono no hemisfério Sul (primavera no hemisfério Norte) e entre 20 e 23 de setembro, quando se inicia a primavera no hemisfério Sul (outono no hemisfério Norte); e
  • Solstício: maior diferença de duração entre os dias e as noites, quando a luz solar incide perpendicularmente em um dos trópicos (Câncer ou Capricórnio). Ocorre entre 20 e 23 de junho, quando se inicia o inverno no hemisfério Sul (verão no hemisfério Norte) e entre 20 e 23 de dezembro, quando se inicia o verão no hemisfério Sul (inverno no hemisfério Norte).
Figura 02: Movimento de Translação – Solstício, Equinócio e Estações do Ano

Movimentos da Lua

Assim como a Terra, a Lua possui rotação, em torno do próprio eixo, e translação, em torno do Sol.

Além desses, existe um movimento chamado revolução, quando a Lua gira em torno da Terra numa trajetória elíptica. Se o nosso satélite natural está mais próximo do planeta, temos o perigeu (superlua) e, quando está mais distante, apogeu.

Tanto o movimento de rotação como o de revolução possuem a mesma duração, fazendo com que a gente fique com a impressão de que a Lua é estática.

Essas trajetórias levam cerca de 28 dias para se completarem, mais precisamente, 27 dias, 7 horas e 43 minutos. Considerando que o movimento de rotação da Lua e da Terra é simultâneo e no mesmo sentido, isso faz com que a gente veja sempre a mesma face lunar. A outra é conhecida como face oculta.

A Lua possui quatro fases: cheia, nova, crescente e minguante. Elas variam conforme seus posicionamentos ao redor da Terra, consequentemente, a incidência do raio solar no satélite natural varia.

Influência da Lua na Terra

Para alguns astrônomos, a Lua é mais do que um satélite natural, haja vista que ela influencia o nosso mundo, sobretudo no que diz respeito às marés.

A força gravitacional exercida pela Lua sobre a Terra é que determina a maior ou menor amplitude das marés. O movimento de revolução faz com que a área de maior massa da Lua fique sempre voltada para o nosso planeta, provocando elevada atração:

  • Grandes marés: quando o Sol, a Lua e a Terra estão alinhados, há Lua Cheia ou Lua Nova, causando as marés altas – também chamadas de maré de sizígia, viva, águas-vivas ou preamar; e
  • Pequenas marés: quando o Sol, a Lua e a Terra formam um ângulo de 90°, há Lua Crescente ou Lua Minguante, ocorrendo marés baixas, sem grandes avanços e recuos (marés mortas ou quadratura).
Figura 03: Marés alta e baixa conforme as Fases da Lua

Eclipse

O eclipse solar ocorre na fase da Lua Nova quando nosso satélite está entre o Sol e a Terra. Assim sendo, você deve estar se perguntando, “mas por que o eclipse ocorre eventualmente”? Porque o movimento de revolução da Lua não é alinhado ao movimento de translação da Terra.

Dependendo da sua localização no nosso planeta, o eclipse solar pode ser:

  • Total: quando a Lua cobre toda a área de iluminação solar;
  • Parcial: quando a Lua cobre parte da luminosidade do Sol;
  • Anelar: é como se fosse o eclipse solar total, entretanto, a Lua se encontra mais afastada da Terra, de forma que o sol acaba formando um anel de luz em torno do satélite natural; e
  • Híbrido: dependendo da sua localização na Terra, o eclipse será total – sombra total (umbra) – e anelar em outras áreas do nosso planeta – sombra parcial (penumbra).

O eclipse lunar ocorre na fase da Lua Cheia e pode ser:

  • Total: quando a Lua está totalmente na umbra, formada pela sombra do nosso planeta. Quando o eclipse total ocorre no perigeu (superlua), esse fenômeno é chamado de Lua de Sangue;
  • Penumbral: quando a Lua está totalmente na penumbra, ficando parcialmente escura; e
  • Parcial: quando uma parte da Lua está na umbra e a outra na penumbra.

E aí? Gostou desse conteúdo cheio de curiosidades sobre o movimento da Terra e da Lua? Aproveite para ler mais conteúdos interessantes que podem cair em seu Concurso aqui no portal Estratégia Militares

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Conteúdo didático elaborado pelo professor Saulo Teruo Takami.

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