As revoltas que aconteceram no Brasil foram primordiais para os rumos que o país tomou. Além disso, são instrumentos de cobrança de vários concursos militares. Para você ficar por dentro desse assunto, o Estratégia Militares preparou um compilado com as revoltas mais importantes que aconteceram em território brasileiro.
A princípio é importante entender que, geralmente, as revoltas e manifestações são divididas em dois grandes grupos: nativistas e emancipacionistas. As revoltas nativistas demonstram um descontentamento com algum ponto específico da administração portuguesa em território brasileiro.
Já as revoltas emancipacionistas, como o próprio nome sugere, possuem um cunho separatista, logo, buscam a independência de Portugal para fundar um país à parte.
Além disso, para quem deseja fazer algum dos concursos militares que cobram a História do Brasil, nossa equipe de professores aconselha que o aluno foque em memorizar alguns pontos específicos das revoltas, como:
- Quando e onde ocorreram;
- Motivações para a revolta;
- Desfecho; e
- Principais envolvidos: nesse ponto, também é importante saber quais são os grupos da sociedade envolvidos.
Após essas considerações iniciais, vamos às principais revoltas ocorridas no Brasil!
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Insurreição Pernambucana (1645-1654)
Holanda e Portugal eram grandes parceiros no comércio de açúcar. No período da União Ibérica, em que Portugal estava sendo governado pelo rei da Espanha, a Holanda, para não perder um grande fornecedor no lucrativo comércio açucareiro, decide invadir e se instalar em Pernambuco.
Anos depois, com o fim da União Ibérica, o governo holandês ordena que todos voltem à Europa. Entretanto, muitos holandeses insistiram em permanecer em território brasileiro, o que gerou grande revolta nos colonos, sobretudo nos senhores de engenho.
O movimento de expulsão dos holandeses do nordeste contou com índios e africanos, além dos senhores de Engenho. O conflito durou muitos anos e teve a Batalha dos Guararapes como um dos principais conflitos.
Todo o processo de expulsão dos holandeses de Pernambuco pelos colonos ficou conhecido como Insurreição Pernambucana. Esse conflito também contou com alguns personagens importantes que ficaram famosos, como: o índio Felipe Camarão e o negro Henrique Dias.
Revolta de Beckman (1684)
Trata-se de uma revolta ocorrida no Maranhão que teve grande influência da saída dos holandeses de Pernambuco, visto que representou uma grande queda no preço do açúcar brasileiro.
Junto à crise financeira gerada pela queda do açúcar brasileiro, o governo português proibiu o uso de escravos indígenas, liberando apenas o uso de escravos africanos, o que dependia de grande investimento financeiro dos senhores de engenho. A medida acabou por comprometer a mão de obra na região.
O fornecimento dos escravos para aquisição dos senhores de engenho passou a ser responsabilidade da recém-criada Companhia de Comércio do Estado do Maranhão, que também passou a ser responsável pela compra do açúcar produzido na região.
Como se não bastasse a crise no comércio açucareiro e a obrigação de usar somente escravos africanos, a Companhia de Comércio do Estado do Maranhão não conseguia fornecer todos os escravos prometidos anteriormente.
Todo esse cenário fez com que senhores de engenho, liderados pelos irmãos Beckman, depusessem o governador da região e criassem um governo provisório.
A Coroa reagiu condenando os líderes da revolta a duras penas, entretanto, extinguiu a Companhia de Comércio e permitiu a escravização de indígenas em alguns casos.
Guerra dos Palmares (1630-1694)
Palmares é o nome dado ao maior quilombo do Brasil, que estava localizado na Serra da Barriga, no atual estado de Alagoas. Sua população chegou a cerca de 30 mil habitantes, já que com o passar dos anos Palmares se consolidou como um grande atrativo de escravos fugitivos.
Esse status se tornou perigoso, de forma que grandes detentores de escravos e a Coroa começaram a se atentar e se opor fortemente ao quilombo, que comprometia o interesse de ambos.
Na tentativa de frear seu crescimento, o governo português fez um acordo com o líder do Quilombo, Ganga Zumba, para que todos os escravos recém-chegados não fossem aceitos. Em troca, os portugueses se comprometeram a não invadir Palmares.
Com a morte de Ganga Zumba, Zumbi assumiu a liderança do Quilombo, não obedeceu ao acordo firmado por seu antecessor e, para garantir a segurança de Palmares, liderou ataques contra os colonos.
A resposta dos portugueses veio com uma expedição liderada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, que foi responsável por destruir completamente o Quilombo. Seu líder, Zumbi, foi preso e decapitado.
Guerra dos Emboabas (1707-1709)
A Guerra dos Emboabas é o primeiro conflito envolvendo o ouro de Minas Gerais. Ela ocorre no momento em que são achadas as primeiras jazidas de ouro pelos paulistas, que julgavam ser os únicos a ter direito de explorar o ouro encontrado.
No entanto, vários forasteiros, sobretudo portugueses, começaram a surgir na região atrás do ouro encontrado. Esses forasteiros eram chamados de “Emboabas” e, por estarem em maior número, decidiram expulsar os paulistas da região.
O conflito foi um verdadeiro massacre. Alguns dos paulistas que sobraram decidiram se entregar, pois o líder dos Emboabas havia dito que caso isso acontecesse pouparia as suas vidas. Porém, mesmo após a rendição, eles não cumpriram a promessa e terminaram de executar os paulistas. Esse episódio ficou conhecido como Capão da Traição.
Os paulistas que conseguiram fugir passaram a se dedicar à agricultura ou foram em busca de ouro em outro lugar, o que, algum tempo depois, viriam a conseguir em Goiás e Mato Grosso.
O conflito na região gerou grande preocupação à Coroa Portuguesa, que criou uma capitania na região a fim de centralizar a administração e regular a exploração de ouro.
Guerra dos Mascates (1710)
Trata-se de mais um conflito em Pernambuco envolvendo o comércio de açúcar. Nesse caso, o preço do produto tinha despencado, o que gerou muita dificuldade financeira aos senhores de engenho de Olinda, a então sede administrativa.
Devido à crise financeira, os senhores de engenho fizeram vários empréstimos com os mercadores (Mascates) da cidade vizinha, Recife. Com o passar do tempo, os senhores de engenho ficaram dependentes dos mercadores, por terem acumulado dívidas altíssimas. A situação gera um atrito na relação entre os dois grupos.
A partir daí, os mascates, por estarem em uma situação econômica mais favorável comparado aos senhores da sede administrativa, reclamam para si mais autonomia administrativa à coroa. O pedido foi atendido e Recife foi elevado à categoria de Vila.
A emancipação de Recife gerou muita insatisfação aos senhores de Engenho, a ponto deles declararem guerra e iniciaram um conflito contra os mascates que estavam em menor número.
A Coroa Portuguesa interveio, apaziguou o conflito e manteve a autonomia administrativa de Recife, que tempos depois se tornou a capital de Pernambuco.
Revolta de Felipe dos Santos (1720)
Diz respeito a mais uma revolta ocorrida em Minas Gerais motivada por problemas envolvendo a exploração do ouro. Nesse caso, os mineradores, liderados por Felipe dos Santos, voltaram-se contra as casas de fundição da coroa portuguesa, onde o ouro era transformado em barras e extraído “o quinto”.
A revolta dos mineradores foi duramente reprimida, sendo Felipe dos Santos esquartejado e exposto em praça pública para servir de exemplo a toda população. Vale ressaltar que nesse momento a exploração do ouro em Minas Gerais encontrava-se no seu auge.
Além disso, a Coroa, a fim de reforçar a administração no local, criou a Capitania de Minas Gerais, em 1720.
Inconfidência Mineira (1789)
Uma das mais importantes e famosas revoltas que ocorreram no Brasil é, sem dúvidas, a Inconfidência Mineira. Ela também ocorre em meio à exploração aurífera de Minas Gerais, porém, em um momento que a atividade mineradora enfrentava uma crise. Na época, o ouro de aluvião – encontrado em uma camada mais superficial do terreno – estava esgotando.
Com a produção em declínio, os mineradores não conseguiam pagar os impostos cobrados pela Coroa, que, por sua vez, achava que a diminuição na produção e o não pagamento das dívidas tinha a ver com o aumento no contrabando.
Por isso, Portugal se mostrou irredutível e ameaçou decretar a derrama – cobrança de todos os impostos atrasados.
Visto isso, as elites locais iniciaram uma conspiração contra a Coroa portuguesa a fim de criar uma república independente de Portugal na região, com inspiração no processo de Independência dos Estados Unidos.
Um dos participantes da conjuração e grande propagador dessa ideia na região era Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.
Antes mesmo da revolução ocorrer, o movimento foi denunciado à Coroa Portuguesa, inclusive, por seus participantes, com o intuito de não serem penalizados e terem suas dívidas perdoadas.
Diante disso, a administração local inicia uma devassa a fim de investigar quem eram todos os envolvidos e o que planejavam executar.
Muitos inconfidentes receberam a pena do exílio e outros tiveram seus bens confiscados. Tiradentes recebeu a pena mais severa: foi condenado a morte e teve partes de seu corpo espalhadas pela cidade para servir de exemplo.
Conjuração Baiana (1798)
Também conhecida como Revolta dos Alfaiates, teve inspiração na Revolução Francesa e Revolução Haitiana. Além disso, tinha caráter popular, com a maioria dos participantes sendo negros, escravos, soldados, alfaiates etc.
O principal motivo do movimento popular era a dura condição de vida encontrada na cidade de Salvador. Por isso, a revolta tinha como objetivo principal a instauração de uma república e o fim da escravidão.
As ideias eram veiculadas pela cidade por meio de panfletos, para que cada vez mais pessoas se unissem ao movimento.
A Conjuração não alcançou nenhum dos seus objetivos e foi reprimida duramente pela Coroa portuguesa, tendo seus líderes mortos e esquartejados.
Revolução Pernambucana (1817)
Foi um movimento dos grandes proprietários de terras de Pernambuco motivada pela crise do mercado açucareiro somado ao aumento nos impostos, oriundos da vinda da Família Real para o Brasil.
Os revoltosos chegaram a criar um Governo Provisório, que chamaram de Conselho de Estado. Dentre os seus principais ideais estavam: a liberdade religiosa, liberdade de imprensa, defesa à propriedade privada. Contudo, a ideia era que a escravidão fosse mantida.
Apesar de conseguir instaurar um governo provisório em Pernambuco, a revolta foi duramente combatida por tropas portuguesas. Seus líderes foram todos condenados à morte.
Confederação do Equador (1824)
Foi mais um movimento que eclodiu em Pernambuco. Nesse caso, sobretudo as camadas da classe média da população, protestavam contra o autoritarismo de D. Pedro I. Dentre os protestantes, destacam-se Cipriano Barata e Frei Caneca.
A ideia principal do movimento era instaurar uma República independente do Brasil. Além disso, o fim do tráfico de escravos também era um objetivo, o que estimulou a participação de homens livres e pobres e diminuiu a participação de elites.
A revolta, que se espalhou de norte a sul do país, foi duramente reprimida por tropas portuguesas. Seus líderes foram condenados à morte.
Revolta dos Malês (1835)
Foi a maior revolta de escravos da história do Brasil. Ocorreu em Salvador e foi protagonizada pela sociedade Malê, nome dado ao grupo de escravos Islamizados, que possuíam conhecimento de escrita e leitura.
O fato dos participantes escreverem em árabe fez com que os portugueses demorassem muito a saber o que aconteceria em Salvador.
Eles tinham o objetivo de instaurar uma ordem islâmica em Salvador, além de eliminar todos os brancos e pardos da sociedade. Para isso, tomaram a cidade de Salvador à noite, munidos de armas brancas.
Poucas horas depois, as tropas portuguesas contiveram a manifestação, que deixou 70 rebeldes mortos e 500 presos. Os envolvidos foram severamente punidos, alguns até com pena de morte.
Uma observação importante quanto a esse movimento é que eles não buscavam o fim da escravidão em Salvador, apenas a própria liberdade do grupo.
Cabanagem (1835-1840)
O movimento teve seu curso na província do Grão-Pará e foi liderado por elites locais. O objetivo era ter mais participação nas decisões do governo central, tendo em vista que a província ficava em uma zona periférica do país e sem muito contato com o Rio de Janeiro, a então sede administrativa.
Apesar de inicialmente contar com a participação das elites locais, o movimento rapidamente obteve uma grande adesão popular, principalmente por negros, índios, cabanos (pessoas com moradias precárias) etc.
Eles conseguiram chegar ao poder, mas foram depostos em pouco tempo e duramente reprimidos. Estima-se que de 30% a 40% da população do Grão-Pará foi dizimada nesse confronto.
Farroupilha (1835-1845)
Ocorreu no Rio Grande do Sul e foi protagonizado pelas elites pecuaristas da época. São dois os motivos principais para a revolta dessa classe no local:
- Falta de autonomia para a escolha de seus representantes; e
- Altos impostos cobrados sobre o charque gaúcho, o que o tornava pouco competitivo comparado ao vindo de outras regiões.
Em 1836, os estancieiros pegam em armas e proclamam a República Piratini, onde foi mantido a escravidão e o voto censitário. Posteriormente, a revolta alcança a província de Santa Catarina, onde é fundada a República Juliana.
Para resolver a situação na região, D. Pedro II propôs um acordo, no qual deu anistia a todos os envolvidos, sendo os escravos libertos e os homens que alcançaram postos no Exército local, incorporados no mesmo posto no Exército Brasileiro.
Além disso, com o acordo, o charque da região passou a ser mais competitivo no comércio nacional, já que os vindos de outros lugares passaram a receber mais impostos.
Sabinada (1837-1838)
A manifestação tinha como seu líder o médico Francisco Sabino Álvares da Rocha. O objetivo principal era instaurar uma república em Salvador até que D. Pedro II alcançasse a maioridade e assumisse o poder.
Com a ajuda de soldados locais, eles conseguiram alcançar o objetivo de chegar ao poder, porém foram rapidamente reprimidos. O conflito resultou em mais de mil mortes.
Balaiada (1838-1841)
Ocorreu no Maranhão em um contexto de grande crise econômica, fruto da queda no comércio de algodão. É importante entender que o controle governamental da província do Maranhão era disputado por dois grupos: os cabanos (conservadores) e os bem-te-vis (liberais).
A disputa entre eles se intensificou quando o presidente da província, que era cabano, criou a chamada “lei dos prefeitos”, cuja intenção era estabelecer um significativo aumento no poder dos prefeitos das regiões do Maranhão. Além disso, os prefeitos seriam nomeados pelos cabanos que estavam no poder.
O clima, que já estava tenso, ficou insustentável quando um subprefeito cabano determinou a prisão, sem justificativa plausível, de um trabalhador bem-te-vi e o recrutamento à força de seu irmão para o exército local.
O irmão que foi recrutado para o exército resolve, junto a outros militares, invadir a prisão para libertar seu irmão e outros presos. Todos eles partem para o interior da província a fim de conquistar território e aumentar sua tropa.
O movimento passa a contar com grande participação popular, inclusive de vários escravos. Alguns dos participantes eram fabricantes de balaios, o que deu nome ao movimento. O mais famoso deles era Manuel Francisco dos Anjos Ferreira.
O exército bem-te-vi conseguiu compor uma junta provisória na cidade de Caxias. Os prefeitos que compunham essa junta exigiam o fim da “Lei dos Prefeitos” e que todos os participantes do movimento fossem anistiados. Além disso, a intenção não era criar uma república e, sim, que a província tivesse mais autonomia.
Nenhuma das solicitações foi acatada pelo governo central. Para conter o movimento, foram enviadas tropas lideradas por Luís Alves de Lima e Silva, o então Barão de Caxias.
Revolta da Praieira (1848-1850)
A revolta ocorreu em Pernambuco numa época em que o governo era dividido entre liberais e conservadores, representantes das elites econômicas do local. O problema se dá quando outros senhores de engenho, comerciantes e profissionais liberais criam um terceiro partido, o Partido Nacional de Pernambuco.
O apelido dado a eles foi “praieiros”, devido a um de seus integrantes possuir um jornal que ficava na rua da praia.
Os praieiros conseguiram ascender ao poder em 1844, via eleições. Uma vez no poder, eles começam uma série de perseguições políticas aos outros partidos. Em função dessas perseguições, o governo central é acionado e os tira do poder.
A partir da deposição, os praieiros pegam em armas e iniciam a manifestação chamada de Revolta da Praieira. Eles eram liderados por Pedro Ivo e Borges da Fonseca e suas ideias eram expostas no que ficou conhecido como Manifesto do mundo. Dentre os principais ideias do grupo, estavam:
- Voto livre e universal;
- Extinção do poder moderador;
- Adoção do federalismo;
- Garantia de trabalho; e
- Liberdade de imprensa.
Apesar de todo o movimento, foram duramente reprimidos pelo governo central, representado mais uma vez pelo Barão de Caxias.
Guerra dos Canudos (1896-1897)
A principal liderança do movimento era Antônio Conselheiro, que acumulava vários seguidores no sertão baiano por meio de suas pregações. Vale ressaltar que Conselheiro era um grande crítico da separação entre Igreja e Estado.
Em 1896, Conselheiro e seus seguidores decidiram morar na fazenda de Canudos, localizada em Belo Monte. A partir daí o vilarejo foi crescendo e chegou a alcançar 25 mil moradores.
O crescimento de Belo Monte passou a incomodar os coronéis que perdiam seu curral eleitoral e seus submissos, bem como o Clero que se incomodava com a liderança de Conselheiro, que não tinha nenhuma ligação com a Igreja.
Nesse contexto, o governo envia tropas para acabar com Belo Monte e após 3 expedições, eles conseguem destruir o local, matando cerca de 20 mil pessoas, inclusive seu líder, Conselheiro.
Revolta da Vacina (1904)
A Revolta da Vacina se deu em um contexto de reforma urbana no centro do Rio de Janeiro, onde houve expulsão da população do centro da cidade, que posteriormente se instalou nos morros dando origem às favelas.
Além disso, a fim de erradicar a varíola na cidade, a vacinação passou a ser obrigatória. A forma violenta como todo esse processo foi conduzido gerou muita desconfiança na população que se rebelou contra o governo, causando um verdadeiro caos na cidade.
A vacina foi suspensa e os rebeldes duramente reprimidos. Alguns foram presos, outros exilados e um total de 500 foram mortos.
Guerra do Contestado (1912-1916)
O nome Contestado corresponde a uma região localizada entre Santa Catarina e Paraná. É chamada assim justamente por ser disputada pelos dois estados vizinhos.
Nessa região, um homem conhecido como monge João Maria começou a acumular seguidores por meio de suas pregações. Muitos dos seguidores eram homens trabalhadores responsáveis por construir a ferrovia que cortava aquele lugar.
Com o fim da obra, os homens, que eram muito pobres, instalaram-se naquela região para viver e ouvir as palavras de João Maria. Algum tempo depois, João Maria morreu e a liderança passou para José Maria, que se dizia irmão do líder antecessor.
Assim como ocorreu em Canudos, por se tratar de um espaço alternativo à vida de perseguição com os coronéis, muitas pessoas se mudaram para aquele lugar e o número de habitantes cresceu muito, o que passou a incomodar os coronéis locais, que cobram uma postura do estado.
O estado de Santa Catarina tomou uma atitude determinando que essa sociedade autônoma saísse dali. Eles migram para o Paraná e ao chegar lá, o governo paranaense interpreta o movimento erroneamente como uma invasão catarinense.
O estado do Paraná pega em armas e extermina a sociedade que estava abrigada em uma fazenda do estado. A curiosidade é que pela primeira vez o Exército usou a técnica de bombardeios aéreos.
Essas são as principais revoltas da história do nosso país. Vale ressaltar que elas foram um dos fatores responsáveis pela formação do Exército Brasileiro, já que uma força estatal para contê-las se fez necessária na época.
Fique ligado, pois esse tema tem grandes chances de ser cobrado em questões de concursos militares. Se você gostou do assunto, confira o aulão que rolou com o professor Marco Túlio sobre as revoltas na história do Brasil, no nosso canal do YouTube!
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