O dia 29 de maio é marcado pelo Dia das Tropas de Paz, mais conhecidos como os Peacekeepers da ONU. Se você tem o sonho de participar de uma missão de pacificação pela ONU, confira esse artigo que o Estratégia Militares preparou para você.
As tropas da Organização das Nações Unidas (ONU) são fundamentais para a estabilização social de alguns países no mundo e o Brasil é um dos grandes referenciais nas operações de paz.
Lutar pela paz no mundo é um dos objetivos dos Peacekeepers desde 1948. No ano, foi enviada a primeira missão de paz das Nações Unidas de Supervisão da Trégua no Oriente Médio. Seu objetivo era monitorar o cessar fogo e supervisionar os acordos de paz entre israelenses e palestinos, após a Guerra Árabe-Israelense.
O Brasil já contribuiu para a formação de contingentes em mais de 40 missões militares da ONU, com o envio de mais de 51.000 militares ao exterior.
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O que os Peacekeepers da ONU fazem?
Originalmente, as forças de manutenção da paz foram estabelecidas para fazer exatamente isso: manter a paz após um cessar-fogo ou resolução de um conflito internacional. Isso foi especialmente importante durante a Guerra Fria, onde uma parte neutra era necessária para evitar que pequenos conflitos desencadeassem a Terceira Guerra Mundial.
Quando foi a primeira missão dos Peacekeepers?
Como citado anteriormente, a primeira missão de paz foi em 1948, quando as forças da ONU foram enviadas para observar e supervisionar o Acordo de Armistício após a Guerra Árabe-Israelense. Esta missão e as outras que se seguiram envolveram principalmente tropas desarmadas, de modo a evitar a potencial troca de hostilidades entre os militares da ONU e a população civil.
Batalhão de Suez
O primeiro envio de Forças Armadas foi durante a Crise de Suez de 1956, que ajudou as tropas americanas e soviéticas a expulsar invasores israelenses, franceses e britânicos do Egito. No entanto, demorou até a década de 1960 para que as Forças de Paz assumissem o papel de executores da paz armada.
A crise de Suez
Após o Presidente do Egito Gamal Abdel Nasser nacionalizar o Canal de Suez, foi proibido a navegação de navios israelenses pelo local. Em poucas horas, ingleses, israelenses e franceses reagiram e atacaram as tropas egípcias que protegiam a região.
Assim, o Presidente do Egito solicitou a proteção da ONU, a qual respondeu de imediato, enviando para o local a recém criada força de emergência das Nações Unidas. Dessa forma, soldados de dez nações, entre eles brasileiros, foram enviados para a região da Faixa de Gaza, que faz fronteira com o Egito.
Esse conflito foi chamado de “Primeira Guerra dos Capacetes Azuis”, devido aos protetores de cabeça desta cor usados pelos mantenedores da paz. No entanto, eles não são simplesmente uma ferramenta de execução para implementar os desejos da ONU, mas sim uma força imparcial designada para resolver conflitos com o consentimento de todas as partes.
A ONU possui tropas próprias?
Não, a ONU não recruta ou treina essas forças por conta própria. Em vez disso, os estados membros da ONU contribuem com tropas, polícia e especialistas militares. Bangladesh é um dos países que mais contribui com pessoal do que qualquer outro país.
Na verdade, a maioria desses soldados são oriundos de países em desenvolvimento. Além disso, as Forças de Paz da ONU estão em uma posição consideravelmente mais segura do que a maioria dos militares.
Hoje, existem mais de 10 missões de manutenção da paz ativas e 120 nações contribuintes. As Forças de Paz da ONU tornaram-se uma força integral nos esforços diplomáticos globais, pois as Nações Unidas são uma organização massiva que envolve cerca de 193 nações membros.
O que é o Batalhão de Infantaria de Força de Paz?
Os Batalhões de Infantaria de Força de Paz, também conhecidos como BRABAT, são as organizações militares que possuem a habilitação para serem deslocados e empregados nas ações militares de pacificação da ONU.
Os Peacekeepers brasileiros
O Brasil participou de sua primeira Missão de Paz com o já mencionado Batalhão de Suez, entre 1957 e 1967. Em Angola, militares brasileiros estão desde os primórdios do processo de paz e atuam de diversas formas:
- Com observadores militares e policiais;
- Com oficiais para o estado-maior da Força de Paz; e
- Com contingentes militares de variadas capacidades (Batalhão de Infantaria; Companhia de Engenharia; Unidades Médicas), desde 1989, com as Missões de Verificação das Nações Unidas em Angola (UNAVEM) I, II e III, até a Missão de Observação das Nações Unidas em Angola (MONUA), cujo mandato expirou em 1999.
Em 1999, o Brasil teve outra participação importante quanto à paz e segurança internacional, quando do processo de independência do Timor Leste.
Isso se deu por meio da Força Internacional para o Timor Leste (INTERFET), da Autoridade Transitória das Nações Unidas para o Timor Leste (UNTAET) – liderada pelo Embaixador brasileiro Sérgio Vieira de Melo – e da Missão das Nações Unidas de Apoio a Timor Leste (UNMISET), esta encerrada em 2005.
Já no Haiti, a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH) contou com a presença brasileira desde a sua criação, em 2004, até 15 de outubro de 2017, quando foi encerrada.
Voltando ao Oriente Médio, a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL), que data de 1978, passou a contar, em 2006, após a 2ª Guerra do Líbano, com uma Força-Tarefa Marítima, que é, atualmente, comandada por um oficial-general da Marinha do Brasil.
Embora sem a presença de contingentes de tropa, também são dignas de destaque as participações brasileiras nas seguintes missões:
- United Nations Observer Group in Central America (ONUCA), entre 1989 e1992;
- United Nations Protection Force (UNPROFOR), de 1992 a 1995;
- United Nations Verification Mission in Guatemala (MINUGUA), em 1997;
- United Nations Mission in the Sudan (UNMIS), 2005 a 2011; e
- United Nations Organization Stabilization Mission in the Democratic Republic of the Congo (MONUSCO), iniciada em 2013 e que contou com três oficiais generais do Exército Brasileiro, Carlos Alberto dos Santos Cruz, Elias Rodrigues Martins Filho e Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves, no comando do contingente militar.
Há de se destacar a presença brasileira em missão patrocinada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Força Interamericana de Paz (FIP), que atuou na República Dominicana entre 1965 e 1966, contando com um contingente nacional que ficou conhecido como FAIBRAS 45.
Outra participação brasileira foi no processo de paz do conflito que envolveu o Equador e o Peru, nos idos de 1995 a 1998, o qual não foi patrocinado por organismos internacionais, mas por um grupo de Países Garantes coordenados pelo Brasil.
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