O dia 25 de julho é marcado pelo Dia da Atividade de Inteligência da Marinha. Se você tem o sonho de ingressar na força naval, confira esse artigo que o Estratégia Militares separou para você !
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O que é a inteligência?
A Inteligência tem a função de auxiliar nas decisões e proporcionar aos seus usuários vantagens de informações e dados. O objetivo é otimizar o poder de soberania nacional, a influência internacional na paz e o emprego efetivo da força de guerra em conflitos.
O que faz a atividade de inteligência da Marinha?
A atividade de inteligência da Marinha tem o objetivo de obter, analisar e disseminar os conhecimentos adquiridos dentro e fora do território nacional sobre fatos e situações de influência sobre as decisões de interesse do Comando da Marinha e do governo brasileiro, a fim de salvaguardar a segurança e a sociedade brasileira.
A evolução constante do pensamento humano e dos cenários sócio-político-econômicos internacionais gera a necessidade da atualização estratégica das Forças Armadas. A atividade de inteligência na segurança nacional é gerido pelo Sistema Brasileiro de Inteligência (SBI) e, nesse contexto, estão inseridos os comandos de inteligência das Forças Armadas.
As Seções de Inteligência dos Comandos Navais de Área da Marinha do Brasil abastecem a força naval e o Sistema Integrado de Segurança Pública (SISP) com diversos tipos de informações. Além disso, a união entre forças armadas de outros países têm trazido à armada resultados positivos e cumprindo uma das missões da Marinha do Brasil – a manutenção da soberania e segurança das fronteiras fluviais e marítimas brasileiras.
Uma das parcerias firmadas pela Marinha do Brasil foi com as forças armadas da Colômbia, a fim de combater o crime organizado e o narcotráfico. O trabalho desenvolvido deu origem ao Centro Internacional Marítimo de Análises Contra o Narcotráfico (CIMCON), que é responsável pela produção de conhecimentos úteis e oportunos ao combate a esses crimes.
Centro Internacional Marítimo de Análises Contra o Narcotráfico
O Centro Internacional Marítimo de Análises Contra o Narcotráfico (CIMCON) foi criado no I Simpósio Marítimo Contra o Tráfico de Drogas do Continente Americano, que aconteceu na cidade de Cartagena das Índias, Colômbia, em 2008, o qual contou com a participação de 26 países.
O CIMCON surgiu como uma resposta multinacional contra a escalada do narcotráfico, principalmente na América Latina, a fim de prover para as inteligências dos países integrantes informações que possam contribuir com os sistemas de segurança pública de cada nação.
História da atividade de inteligência no Brasil
A atividade de inteligência no Brasil não é recente. Ao fim da Segunda Guerra Mundial, por influência da Força Expedicionária Brasileira, o Conselho de Segurança Nacional foi reformulado, sendo instituído o Serviço Federal de Informações e Contra-Informações (SFICI) em 1946, que passou a regular as atividades de inteligência militar no Brasil.
A criação do curso de informações na Escola Superior de Guerra (ESG), em 1958, teve a finalidade de cooperar e preparar civis e militares para as funções relacionadas com a atividade de inteligência.
Após a experiência da primeira turma formada, o curso foi suspenso durante cinco anos – de 1960 a 1964 -, retornando ao funcionamento regular de 1965 a 1971, com a denominação de Curso Superior de Informações (CSI).
Anos mais tarde, o fim do Serviço Nacional de Informações (SNI) – que substituiu o SFICI -, no ano de 1990, e da Escola Nacional de Informações (ENI) ocasionou a perda da capacidade na formação de recursos humanos para o exercício da atividade de inteligência no Brasil.
Devido à deficiência de capacitação de recursos humanos, o Exército Brasileiro (EB) criou a Escola de Inteligência Militar do Exército (EsIMEx). A criação da Escola surgiu baseada em escolas de inteligência de exércitos de outros países.
Em paralelo com a criação da Escola pelo EB, a chefia do Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA) determinou a criação do Curso Superior de Inteligência Estratégica (CSIE). Esse curso foi ministrado de 1996 a 2000 com a duração de nove meses.
A partir da criação do Ministério da Defesa, o curso passou a ter a duração de seis meses e a atender aos órgãos integrantes do SISBIN. Em 2006, o currículo do curso foi aperfeiçoado, passando a atender civis e militares para o exercício das atividades de inteligência na Administração Pública, em especial no Ministério da Defesa.
No ano de 2012 até os dias atuais, o curso passou a ter duração de 19 semanas, abordando disciplinas relacionadas a administração, política, economia, geopolítica, psicossocial, científico-tecnológica e militar.
A criação do Ministério da Defesa e o Sistema de inteligência brasileiro
Na década de 1990, o Estado Maior das Forças Armadas (EMFA) foi designado para estudar a criação do Ministério da Defesa. O resultado do estudo constatou que apenas 23 dos 179 países pesquisados não possuíam Forças Armadas integradas. Na época as atuais forças armadas brasileiras eram divididas entre o Ministério da Marinha, o Ministério do Exército e o Ministério da Aeronáutica.
Como o Brasil já tinha as condições necessárias para a criação de um Ministério que reunisse a cúpula de inteligência das três forças, em 10 de junho de 1999, foi criado o Ministério da Defesa. Sua atribuição é ser o principal articulador das ações envolvendo as Forças Singulares.
Dentre as suas responsabilidades, cabe ao Ministério da Defesa a responsabilidade de diversos assuntos, como:
- Operações militares;
- Orçamento de defesa;
- Política e estratégia Militares;
- Inteligência de Defesa; entre outros.
A Marinha do Brasil não possui escola para atividade de Inteligência. A capacitação é feita por meio de cursos que são ministrados dentro da estrutura do Sistema de Inteligência da Marinha do Brasil, ou por vagas oferecidas por outras instituições.
Patrono da inteligência da Marinha
O Patrono da atividade de inteligência da Marinha do Brasil é o Vice-Almirante Humberto Giudice Fittipaldi, o primeiro diretor de um órgão de inteligência militar no Brasil. O Vice-Almirante foi instituído como patrono por meio da Portaria do Estado-Maior da Armada Nº 179, de 18 de setembro de 2013.
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