CIE : Centro de Inteligência do Exército, o que é, história, como ingressar e mais!

CIE : Centro de Inteligência do Exército, o que é, história, como ingressar e mais!

Você sabe o que é o Centro de Inteligência do Exército ou quais as funções desta unidade do Exército Brasileiro? Então confira as informações e curiosidades que o Estratégia Militares preparou para você!

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O que é o CIE?

O Centro de Inteligência do Exército (CIE) é a unidade responsável pelos serviços de inteligência do Exército Brasileiro (EB)

O CIE é subordinado diretamente ao comandante do Exército e é responsável por prover e assessorar os comandantes das unidades com informações estratégicas de todas as ordens e níveis, desde a contratação de uma empresa até o envolvimento do país em guerras.

História do Centro de Inteligência do Exército

O Centro de Inteligência do Exército foi criado em 25 de fevereiro de 1967, pelo então Presidente da República Arthur Costa e Silva. Inicialmente, a unidade foi nomeada como Centro de Informações do Exército.

Na época de sua criação, o Centro de Informações do Exército foi utilizado como coletor de informações acerca de grupos e indivíduos ligados aos movimentos da esquerda revolucionária que atuavam no Brasil.

O Centro de Informações brasileiro era muito ligado à Central Intelligence Agency (CIA) norte-americana. Os dois órgãos recorrentemente trocavam informações sobre a movimentação de indivíduos brasileiros que iam para a ilha de Cuba participar de treinamentos de guerrilha.

Na época, essa parceria entre o Brasil e os Estados Unidos resultou na morte de rebeldes do Grupo Primavera, que tinham participado de um treinamento na ilha caribenha. Um espião da CIA denunciou o grupo ao governo brasileiro, que logo reprimiu o grupo.

A implantação de espiões era algo comum na época do regime militar. Esses espiões participavam como infiltrados nos grupos rebeldes, a fim de coletar informações sobre as táticas de guerrilhas, sobre a prática de atentados, as manifestações, entre outras.

Os espiões também eram responsáveis, em algumas ocasiões, pela sabotagem das ações e morte de indivíduos dos grupos rebeldes. Podiam atuar com o implante de explosivos em prédios onde os rebeldes estavam, além de sabotar várias ações dos grupos nas manifestações.

Em 23 de dezembro de 1992, o Vice-Presidente do Brasil, Itamar Franco, alterou a denominação do CIE. A nomenclatura mudou de Centro de Informações do Exército para Centro de Inteligência do Exército.

No mesmo decreto, foi estabelecido que o CIE seria subordinado ao comandante do Exército e seria vinculado tecnicamente ao Estado-Maior do Exército. Essa vinculação foi feita para o amparo e supervisão da atividade da unidade.

Militar da arma de comunicações equipado
Crédito: Divulgação / Centro de Comunicação Social do Exército

A Inteligência do Exército

O Exército Brasileiro define o serviço de inteligência militar como “a atividade técnico-militar especializada, permanentemente exercida, com o objetivo de produzir conhecimentos de interesse do comandante de qualquer nível hierárquico e proteger conhecimentos sensíveis, instalações e pessoal das forças armadas contra ações realizadas ou patrocinadas pelos serviços de inteligência oponentes ou adversos.”

Com a informatização do mundo moderno, o Exército Brasileiro tem atualizado seus treinamentos às tropas de inteligência para aumentar a capacidade de busca, análise e filtragem de dados e informações para os comandantes.

Os serviços de inteligência também são utilizados internamente nas unidades da força, a fim de identificar possíveis ameaças de indivíduos com más intenções à força.

Cada unidade do Exército Brasileiro possui ao menos uma seção de inteligência, utilizada no assessoramento do comandante, com informações estratégicas e serviços secretos. Porém algumas unidades possuem destaque nos serviços de inteligência, dentre elas:

  • 6º Batalhão de Inteligência Militar;
  • Centro de Inteligência do Exército; e
  • Comando de Operações Terrestres

No Brasil, a atividade de inteligência do Exército visa combater o crime organizado, as violações de direitos humanos, a devastação ambiental e também o terrorismo. A inteligência visa se antecipar a eventuais problemas, ou ao surgimento deles.

No âmbito internacional, a inteligência do Exército visa reduzir o nível de incertezas em possíveis cenários de conflitos, o que permite o acompanhamento e a antecipação desses conflitos, além da obtenção de conhecimentos relacionados às ocasiões que indiquem a necessidade de emprego das Forças Armadas do Brasil.

Militares ao lado do helicóptero
Crédito: Divulgação / Centro de Comunicação Social do Exército

O que faz um militar do Centro de Inteligência do Exército?

Os militares integrantes do CIE podem atuar em diversas áreas nas unidades e companhias do Centro de Inteligência. As seções que o militar pode atuar são:

Companhia de Comando e Apoio – CCAp

A Companhia é responsável por prestar o apoio logístico, de comunicação e administrativo ao comando de um batalhão e às subunidades.

Companhia de Análise – Cia Anl

A Companhia destina-se a manter e executar os serviços demandados da central de inteligência e da célula de inteligência, em apoio à tropa terrestre.

Companhia de Sensores de Fontes Humanas – Cia Sns F Hum

É responsável por executar as atividades operacionais planejadas pelo comando do batalhão. A companhia tem a finalidade de obter dados e informações oriundos de fontes humanas.

Companhia de Sensores de Fontes Tecnológicas – Cia Sns F Tecnl

É responsável pela obtenção de dados oriundos de fontes de sinais, imagens e cibernética, que atendam às necessidades de inteligência.

Companhia de Reconhecimento e Vigilância de Inteligência – Cia Rec e Vlg Intlg)

A companhia é responsável por executar as atividades planejadas pelo batalhão, a fim de obter, confirmar ou refutar dados e informações, de acordo com as necessidades de inteligência.

Como ingressar no CIE?

Os cargos no Centro de Inteligência do Exército são destinados somente a oficiais e sargentos de carreira, oriundos da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), das unidades de adaptação ao oficialato e da Escola de Sargentos das Armas (ESA).

O ingresso na AMAN e na ESA é feito por meio de concurso público, de âmbito nacional e é realizado todos os anos. 

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Referências

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