O primeiro voo do 14-bis, avião projetado e pilotado por Alberto Santos Dumont, aconteceu em 23 de outubro de 1906. Confira mais detalhes dessa emocionante história, protagonizada por um dos maiores brasileiros de todos os tempos, nesse artigo que o Estratégia Militares preparou para você!
Alberto Santos Dumont, nascido na Fazenda Cabangu, em Minas Gerais, em 20 de julho de 1873, é um dos mais importantes brasileiros já nascidos até hoje. Ele é famoso por sua grande invenção: o 14-bis, também conhecido como o “Mais pesado que o ar”.
Para alcançar o voo do 14-bis, Santos Dumont passou por um longo caminho de estudos e experimentos em balões dirigíveis. Sua trajetória iniciou-se quando completou 18 anos e foi enviado para Paris, por sua família, a fim de estudar.
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Qual o primeiro voo de Santos Dumont?
Em Paris, Santos Dumont teve seu primeiro voo em um balão de ar quente. O fascínio por ver o mundo do alto o levou a pilotar balões e, não muito tempo depois, a iniciar seus próprios projetos de construção. Até 1900, ele chegou a construir cerca de nove balões, sendo o Brésil e o Amérique os mais famosos.
Após as experiências com os balões, Santos Dumont aprofundou seus estudos nos dirigíveis, tendo projetado o N-1 e feito seu primeiro voo em 1898. A experiência com os dirigíveis foram fundamentais para os estudos em aerodinâmica e motores aeronáuticos.
Os estudos sobre os motores aeronáuticos para dirigíveis levou Santos Dumont a projetar um motor compacto, com dois cilindros, em posição vertical, que desenvolvia cerca de 3,5 cavalos de potência.
Santos Dumont chegou a construir cerca de treze dirigíveis. O dirigível N-10 foi o último construído, que tinha a finalidade de ser um meio de transporte coletivo. Ele tinha um motor de 60 cavalos-vapor e o balão inflável possuía cerca de 2.010 metros cúbicos de volume. Esse dirigível chegou a realizar alguns voos em 1903, porém nunca foi completamente terminado.
Alberto Santos Dumont só retornou ao Brasil no ano de 1903. Na sua chegada, foi recebido pelo então Presidente, Rodrigues Alves, no Palácio do Catete.
Ao ser indagado pelo Presidente acerca do motivo de não construir e voar no Brasil, o destemido aviador brasileiro alegou não poder realizar os voos sem seus mecânicos e sem o hidrogênio, a que tinha acesso na França.
Curiosidade sobre o Primeiro voo de Santos Dumont
Uma curiosidade sobre Santos Dumont é a publicação de sua obra. Após o retorno a Paris, ele foi condecorado como Cavaleiro da Região de Honra da França e publicou seu livro “Dans L’Air” – ou “Meus balões”, traduzido para o português – em 1904. Essa obra só foi publicada no Brasil em 1938.
Os estudos sobre planadores e helicópteros elaborados por Santos Dumont evoluíram à medida em que o inventor construía novos protótipos. Em 1905, o brasileito construiu o helicóptero N-12, que possuía um motor utilizado em barcos rebocadores, de três cavalos-vapor, e 17 quilos de peso. Após testes, constatou-se que o motor poderia ser utilizado em um avião e, assim, surgiu o conceito do 14-bis.
O 14-bis, conhecido também como Oiseau de Proie – “ave de rapina”, traduzido para o português – foi construído em 1906. O primeiro voo ocorreu em 19 de julho de 1906, anexado a um balão, no Campo de Bagatelle.
O voo do 14-bis, anexado a um balão, gerou críticas contra o projeto de Santos Dumont. Muitos dos inventores e amigos de Dumont, que estavam presentes, não consideravam o modelo híbrido como uma máquina de aviação. Assim sendo, o inventor brasileiro se desfez do balão e adaptou um animal para içar o Oiseau de Proie I.
Após mais testes, no dia 23 de outubro de 1906, Dumont apresentou em Bagatelle a segunda variante do protótipo, Oiseau de Proie II. Ela apresentou modificações, como a envernização, para diminuir a porosidade do tecido e aumentar a sustentação, e a retirada da roda traseira.
Quanto tempo durou o primeiro voo do 14-Bis?
Na tarde do dia 23 de outubro, às 16h45, Santos Dumont ligava os motores do 14-bis e voava pelo Campo de Bagatelle. O avião voou o dobro da distância predeterminada: a 60 metros de distância, a dois metros de altura.
Não houve utilização de recursos externos para auxiliar o voo do avião. O pouso brusco danificou as rodas do 14-bis, mas a estrutura se manteve intacta.
A multidão que acompanhava a façanha do brasileiro comemorou com muito entusiasmo o voo. Os juízes, que estavam incumbidos pela cronometragem do voo também foram tomados pela emoção e falharam em registrar o feito, por isso o recorde não foi homologado.
Em novembro de 1906, Santos Dumont realizou outro voo com o avião Oiseau de Proie III. Nessa versão, Santos Dumont aperfeiçoou os sistemas de controle de voo.
Na demonstração, Dumont percorreu 220 metros em 21,5 segundos, estabelecendo o recorde de distância da época.
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