“Top Guns” brasileiros: conheça nossos heróis!

“Top Guns” brasileiros: conheça nossos heróis!

Em 1986, Hollywood lançava aquele que seria um filme de grande sucesso mundial. “Top Gun – Ases indomáveis” mexeu tanto com o público que fez explodir o número de inscritos para as Forças Armadas dos EUA no período.

Hoje, 36 anos depois, chega aos cinemas a segunda parte: “Top Gun – Maverick”. E ele já está criando uma comoção parecida.

Mas você não precisa ser um astro do cinema para se tornar um piloto de caça. Tanto que a Força Aérea Brasileira (FAB) lançou um vídeo convocando guerreiros para fazer parte dessa aventura! Confira abaixo:

Você sabia que no Brasil também existem os tais “Ases indomáveis”? Confira o artigo que o portal Estratégia Militares preparou para você e saiba mais sobre esses heróis!

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Os filmes da série “Top Gun”

Se você nunca assistiu a “Top Gun – Ases indomáveis”, saiba que ele é todo focado no universo militar. No entanto, os pilotos do filme não fazem parte da Força Aérea norte-americana. Os “Top Guns” são pilotos da Marinha dos Estados Unidos.

Esses militares pilotam caças de combate e são considerados os melhores da instituição. Nos filmes há muitas cenas de treinamentos ou de batalhas com as aeronaves que impressionam. Além disso, muitas vezes eles precisam voar a partir de navios porta-aviões, utilizando pistas de pouso menores do que as convencionais.

Para conhecer mais sobre os filmes, assista aos trailers abaixo:

Trailer “Top Gun – Ases indomáves”, 1986
Trailer “Top Gun: Maverick”, 2022

“Top Guns” brasileiros

A Marinha do Brasil também possui pilotos que se preparam continuamente para missões de diversos tipos. No entanto, como nosso país é pacífico, esses profissionais não costumam participar de conflitos.

Entretanto, o Brasil já teve destaque durante a Primeira e a Segunda guerras mundiais por causa de seus valentes pilotos que combateram na Europa e foram cruciais para a conquista de muitas batalhas. Todos eles podem ser considerados, como no filme, ases indomáveis.

O Comando da Força Aeronaval (ComForAerNav) é o responsável pela administração e pelo treinamento dos militares que pilotam para a Marinha do Brasil. Porém, essa história entre a aviação e a “Força que vem do mar” é antiga, como você verá a seguir.

Marinha: começo da aviação no Brasil

Quando o assunto é aviação no Brasil, a Marinha é uma grande pioneira. Foi ela que se esforçou para que fosse implementada a aviação no país. Cerca de cinco anos depois do primeiro voo de Santos Dumont, alguns fatos já mostravam esse interesse da Força.

Um exemplo foi o Tenente Jorge Henrique Moller, da Marinha do Brasil, que em 29 de abril de 1911 recebeu o “brevet” de piloto, em uma cerimônia na França. Ele foi o primeiro militar brasileiro a receber esta qualificação.

Em 23 de agosto de 1916, o presidente Wenceslau Braz assinou o decreto que criava a Escola de Aviação Naval, iniciando a história da Aviação Naval Brasileira. Ela foi a primeira instituição militar desse tipo no país. Sendo assim, pode ser considerada como o berço da aviação militar brasileira.

No entanto, o pioneirismo da Marinha sobre a aviação terminou no ano de 1941 quando foi criado, por decreto, o Ministério da Aeronáutica. Assim, ela ficou privada de seu componente aéreo. Porém, até essa data, a Aviação Naval protagonizou vários episódios marcantes:

  • Realização dos primeiros “raids” aéreos, que ocorreram entre as cidades do Rio de Janeiro e Angra dos Reis, e Rio de Janeiro e Campos;
  • O transporte da primeira mala aérea civil e a primeira militar; e
  • Participação dos aviadores navais brasileiros nas operações de patrulha do 10° Grupo de Operações de Guerra da Royal Air Force (RAF) na Primeira Guerra Mundial.

Apenas em 1952, a Aviação Naval renasceu devido a criação da Diretoria de Aeronáutica da Marinha. Hoje, além de pilotar aviões, os militares da Marinha também são treinados para comandar helicópteros.

Esses “Top Guns” brasileiros cumprem diversos tipos de missões, como:

  • Exercícios operativos;
  • Comissões hidrográficas;
  • Operações Antárticas; e
  • Missões de apoio e de caráter humanitário, como as de busca e salvamento, as de transporte para programas sociais e as de assistência hospitalar às comunidades ribeirinhas.

Os “Top Guns” da FAB

Mesmo que os filmes tratem da aviação naval, não podemos deixar de fora os Ases Indomáveis da Força Aérea Brasileira. Após sua criação, em 1941, e da transferência de conhecimento vinda do pioneirismo da Marinha, a FAB hoje cuida muito bem dos “Top Guns” brasileiros. É ela quem seleciona, treina, administra e envia para missões boa parte dos pilotos de caça brasileiro.

Assim como mencionado anteriormente sobre a atuação dos pilotos da Marinha durante as batalhas na Primeira Guerra Mundial, podemos destacar a atuação dos militares da FAB durante a Segunda Guerra.

Para dar uma ideia, com o fim do conflito, no mês de maio, nossos militares realizaram 445 missões, levando ao total de 5.465 horas de voo e de 2.546 saídas de aviões. Eles foram responsáveis pela destruição de:

  • 31 depósitos de combustível e de munição;
  • 1.304 viaturas motorizadas; 
  • 25 pontes de estrada de ferro e de rodagem; 
  • 13 locomotivas; 
  • 8 carros blindados; e
  • 250 vagões de estradas de ferro.

Assim como os pilotos da Marinha, os da FAB continuam participando de importantes missões, principalmente as humanitárias. Um exemplo foi a recente ida da Aeronave KC Millennium para a Europa para buscar refugiados da Guerra da Rússia contra a Ucrânia. Nossos militares podem ser considerados tão heróis quanto os “Top Guns” dos filmes de Hollywood.

Esquadrilha da Fumaça

Quando falamos em “Top Gun”, não podemos esquecer as cenas de batalhas aéreas. As aeronaves fazem diversas acrobacias durante os combates no filme. No Brasil, quando pensamos nesse tipo de manobra, logo lembramos da famosa Esquadrilha da Fumaça.

Ela começou com a iniciativa de alguns instrutores de voo da Escola de Aeronáutica, que tinha sede no Rio de Janeiro. Esses jovens pilotos treinavam acrobacias em grupo nas suas horas de folga. 

Sua motivação era incentivar os cadetes a terem mais confiança nas suas aptidões e também nas aeronaves que eram usadas nas instruções. Assim, eles se sentiriam mais incentivados para a pilotagem militar.

A primeira demonstração oficial da Esquadrilha da Fumaça aconteceu em 14 de maio de 1952. Com o desejo de proporcionar ao público uma visualização melhor das manobras, em 1953 foi acrescentado um tanque de óleo nas aeronaves T-6, utilizadas pelo grupo. Esse tanque era exclusivo para produzir a fumaça durante as acrobacias

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EM - Banco de Questões

Referências

https://www.marinha.mil.br/comforaernav/

https://www.fab.mil.br/noticias/mostra/35631/DIA%20DA%20AVIA%C3%87%C3%83O%20DE%20CA%C3%87A%20-%2075%20anos%20da%20participa%C3%A7%C3%A3o%20da%20FAB%20na%20Segunda%20Guerra%20Mundial

https://www2.fab.mil.br/eda/index.php/historico

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