18 de setembro: Dia da Família Militar e a história de Rosa da Fonseca

18 de setembro: Dia da Família Militar e a história de Rosa da Fonseca

Quer conhecer a origem do Dia da Família Militar? Então, saiba sobre Rosa da Fonseca, uma mulher que se destacou por sua liderança, abnegação e patriotismo à frente de sua família, o que lhe rendeu o título de Patrono da Família Militar do Exército. Confira nesse artigo que o Estratégia Militares preparou para você mais dessa história!

O Dia da Família Militar foi instituído no Exército Brasileiro a fim de homenagear a mulher que se destacou na história da nação brasileira e que atualmente compõe o quadro de Patronos do Exército. 

Dona Rosa Maria da Fonseca foi um expoente em seu tempo e seus ensinamentos de patriotismo e abnegação consagraram-na como Patrono da Família Militar do Exército Brasileiro.

Quem foi Rosa da Fonseca?

Rosa Maria Paulina da Fonseca, também conhecida como “Mãe dos Sete Macabeus”, nasceu em 18 de setembro de 1802, data que atualmente é considerada o Dia da Família Militar.

Natural da Cidade de Alagoas, atual município de Marechal Deodoro, capital da Província de Alagoas, Rosa da Fonseca casou-se em 1824 com o Major do Exército Imperial Manoel Mendes da Fonseca. Dessa união, nasceram dez filhos, dos quais oito eram homens e duas mulheres.

Veículo de transporte por animal

Todos os oito filhos de D. Rosa da Fonseca seguiram os passos do pai e tornaram-se militares no Exército Imperial. Como o Brasil vivia um tempo conturbado, com muitas guerras, dos oito filhos homens, sete foram enviados para lutarem pelo país na Guerra da Tríplice Aliança. O único que permaneceu junto a Rosa da Fonseca foi Pedro Paulino, que era reformado do Exército.

Guerra da Tríplice Aliança e a Família Militar

A Guerra da Tríplice Aliança foi o maior conflito militar entre os países da América Latina. Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai se enfrentaram num contexto de mudança de governo que acontecia na Argentina.

O governo que ascendia ao poder uruguaio era contrário a Solano López, ditador paraguaio, que dependia da navegação pela Bacia do Prata, visto que o Paraguai não possui saída para os oceanos Atlântico e Pacífico.

O estopim da guerra foi a invasão de Solano López à província do Mato Grosso. López tinha o objetivo de dominar a região e chegar ao oceano Atlântico pelo Brasil. Após declarar guerra ao Brasil, Solano invade a Argentina e o Uruguai, na tentativa de recolocar os aliados de seu governo no poder.

Assim, para reagir à invasão, Brasil, Argentina e Uruguai se unem e, no dia 1° de maio de 1865, oficializam o que foi chamado de Tríplice Aliança. 

Em 1865, o Exército Brasileiro era extremamente limitado. Isso fez com que o governo brasileiro criasse o programa de Voluntários da Pátria. A ideia era de que civis ingressassem como voluntários para a guerra em troca de recompensas.

Família Militar

Os filhos de D. Rosa da Fonseca foram distribuídos em várias frentes de batalha. Na Batalha de Curuzu, ocorrida em 1866, o comandante das tropas da Tríplice Aliança, General Mitre, enviou cerca de dez mil homens da Batalha de Tuiuti para atacar o Forte de Curuzu.

Contudo, nos primeiros dias de setembro, o filho mais jovem de D. Rosa da Fonseca, Afonso Aurélio de 21 anos de idade, foi morto enquanto patrulhava as muralhas do Forte. Alguns dias depois, na Batalha de Curupaiti, uma das mais sangrentas da guerra, outro filho de D. Rosa, o Capitão de Infantaria Hyppólito, foi morto.

Na Batalha de Itororó, em dezembro de 1868, o Major de Infantaria Eduardo Emiliano foi morto, e outros dois filhos de D. Rosa da Fonseca foram gravemente feridos. Eram eles Hermes da Fonseca e Deodoro da Fonseca, sendo que Deodoro foi ferido por tiros de fuzil.

Enquanto o Brasil comemorava a vitória na batalha de Itororó, D. Rosa da Fonseca foi comunicada da morte e ferimento de seus filhos. Ao receber a notícia, entoou sua frase mais marcante, que lhe consagrou como Patrona da Família Militar:

“Sei o que houve. Talvez até Deodoro esteja morto, mas hoje é dia de gala pela vitória; amanhã, chorarei a morte deles”.

D. Rosa da Fonseca faleceu anos mais tarde, em 11 de julho de 1873, aos 70 anos de idade, deixando como legado, não só valores como liderança, coragem, desprendimento, abnegação e patriotismo, mas também, seus filhos que tornaram-se expoentes na história de formação da República brasileira e do Exército Brasileiro.

Manuel Deodoro da Fonseca

Dos seus filhos, destacou-se o Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, o Proclamador da República e primeiro Presidente da República do Brasil. Dentre as ações de Deodoro da Fonseca, a elaboração da Constituição de 1890 foi um marco na história do país.

No primeiro ano de governo de Deodoro, houve eleições em todos os estados brasileiros. No dia 15 de novembro de 1890, instalou-se a primeira Assembleia Nacional Constituinte da República. 

O projeto da Carta Magna seguiu um modelo inspirado nas constituições dos Estados Unidos e da Argentina e foi revisado por Rui Barbosa. Pouco mais de três meses após o início dos trabalhos, a constituição republicana foi promulgada.

João Severiano da Fonseca

O outro filho de D. Rosa da Fonseca que se destacou na história da nação brasileira e do exército, foi o General de Brigada João Severiano da Fonseca. Médico de formação e militar, foi reconhecido, em 1962, como o Patrono do Serviço de Saúde do Exército Brasileiro.

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