17 de outubro: Dia do Maquinista da Marinha

17 de outubro: Dia do Maquinista da Marinha

O Dia do Maquinista da Marinha é celebrado em 17 de outubro e a data é uma homenagem ao nascimento do Vice-Almirante Ary Parreiras, Patrono dos Maquinistas da Marinha. 

Se o seu sonho é ingressar na Marinha do Brasil ou se você deseja conhecer mais a história da força naval, confira esse artigo, que o Estratégia Militares preparou para você!

A data é uma reverência ao nascimento do Vice-Almirante Ary Parreiras, chefe naval e patrono dos maquinistas da Marinha do Brasil. A atividade é importante para a manutenção da soberania nacional e para a execução das atividades de segurança do poder marítimo nacional.

Patrono dos Maquinistas da Marinha

Nascido em Niterói, no Rio de Janeiro, em 17 de outubro de 1890, o Vice-Almirante Ary Parreiras iniciou sua carreira na Marinha do Brasil em 1907, quando se matriculou na Escola Naval para o Curso de Máquinas.

Ary Parreiras pertenceu à Divisão Naval de Operações de Guerra (DNOG), a bordo do contratorpedeiro “Piauhy”, na Primeira Guerra Mundial. Em 1923, foi condecorado com a Cruz de Campanha e, em 1928, com a Medalha da Vitória. 

Em 1931, o militar foi nomeado pelo Presidente Getúlio Vargas para o cargo de interventor federal no estado do Rio de Janeiro, a fim de organizar as finanças do governo local. Ary Parreiras permaneceu no cargo até 1935, quando retornou ao serviço ativo na Marinha.

Ao retornar para a Marinha, assumiu a chefia do Departamento de Máquinas do Encouraçado “Minas Gerais”. Ele tornou-se, também, instrutor do Curso Especial de Aperfeiçoamento de Máquinas para Oficiais, serviu no Arsenal de Marinha da Ilha das Cobras e exerceu a Chefia da Divisão de Serviços de Máquinas da Diretoria de Engenharia Naval.

O Vice-Almirante Ary Parreiras faleceu no dia 9 de julho de 1945. Dentre as diversas homenagens oferecidas ao Vice-Almirante, destaca-se a concedida pelo povo de Niterói que, por iniciativa popular, patrocinaram a instalação de uma estátua de corpo inteiro no bairro de Icaraí após seu falecimento,.

Navio porta aviões da Marinha do Brasil

Qual a função do maquinista?

Os maquinistas executam árduas tarefas nas praças de máquinas dos navios. A função  é exercida por homens que vão desde os praças até os oficiais. Eles são responsáveis pelas máquinas propulsoras dos navios da Marinha.

O maquinista é diferente do mecânico. A manutenção é uma das funções do maquinista, ou seja, não de sua responsabilidade executar as manutenções nas máquinas. Muito além disso, o maquinista é uma função de gerência, e em alguns casos, a execução de manutenções superficiais.

Ao contrário do mecânico, que é uma função técnica operacional, mais voltado para a execução de manutenções, sejam superficiais até as mais específicas e especializadas. O mecânico não necessariamente ocupa-se da gestão das máquinas; essa função é restrita aos maquinistas. Outras atividades desenvolvidas pelo maquinista são:

  • Atividade burocrática;
  • Controle de parâmetros;
  • Gestão de máquinas, manutenção e pessoas;
  • Gerenciamento de normas internacionais, entre outros. 

Qual a função do chefe de máquinas?

O Chefe de Máquinas de um navio é o responsável pelas atividades mecânicas, manutenções corretivas e preventivas, sistemas hidráulicos, pneumáticos e elétricos, reparos e demais serviços a serem executados. 

Para exercer essa profissão é necessário ser formado pela Marinha do Brasil, por meio do CIAGA, localizado no Rio de Janeiro, ou de uma Delegacia de Ensino, regulamentada pela Marinha.

Navio mercante sendo carregado

A introdução das máquinas a vapor nos navios da Marinha ocorreu em 1857, com a criação do Corpo de Maquinistas para o Serviço de Vapores da Armada. 

O primeiro navio da força naval foi a Fragata Dom Afonso, um navio de origem inglesa, que tinha cerca de 60 metros de comprimento, pesava 900 toneladas e seu motor a vapor desenvolvia 300 HP. 

Além disso, a embarcação possuía velas e rodas de água laterais, que foram fundamentais para o sucesso das operações brasileiras na Guerra da Tríplice Aliança, proporcionando vantagem tática para o Almirante Barroso, na Batalha do Riachuelo.

O Comandante que inaugurou o serviço da Fragata Dom Afonso na Marinha do Brasil foi o então Capitão-de-Fragata Joaquim Marques Lisboa, o futuro Marquês de Tamandaré e Patrono da Marinha do Brasil.

Ao longo da história da Marinha, os navios movidos a vapor foram substituídos pelas máquinas à combustão e movidos à energia nuclear. A mudança marcou o avanço da tecnologia, e, juntamente com ela, a introdução de novas necessidades às realidades marítimas do mundo moderno.

Foram introduzidos sistemas eletrônicos, elétricos, hidráulicos e pneumáticos, contudo, mesmo com a evolução, a presença dos oficiais e praças continua indispensável nas embarcações.

A bordo dos navios, os maquinistas possuem um lema:

“Foguistas no início, graxeiros desde sempre, lendários ‘bodes pretos’”.

Desde a primeira hora da manhã, até a última hora do dia, toda operação nos navios da Marinha começa com a ordem de máquinas adiante, terminando ao soar do apito, à ordem de parar as máquinas. O Dia do Maquinista da Marinha homenageia os militares que gerenciam e permitem o funcionamento  do coração das embarcações. 


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