Você sonha em ingressar no curso de Fotointeligência da EEAR? Confira esse artigo que o Estratégia Militares preparou para você com muitas informações e respostas sobre essa especialidade.
A Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) é a responsável pela formação dos sargentos – também chamados graduados – no Comando da Aeronáutica. A instituição localiza-se na cidade de Guaratinguetá, em São Paulo.
Dentre as especialidades básicas da escola, destaca-se a de Fotointeligência, também chamado de BFT – Básico de Fotointeligência.
Por meio da análise de fotografias, esse profissional se torna responsável pelas atividades de reconhecimento e inteligência. O especialista auxilia no planejamento de missões de reconhecimento aéreo e na preparação de informações que vão apoiar decisões dos comandos em operações militares.
Durante o voo, o militar coleta imagens e dados, e opera sensores de reconhecimento e equipamentos de processamento de imagens. Após o recolhimento das informações, cabe ao sargento especialista em Fotointeligência interpretar as imagens e elaborar os relatórios referentes à missão de reconhecimento aéreo.
Junto com a operação dos equipamentos, o especialista em Fotointeligência é responsável pela manutenção dos sensores de reconhecimento aéreo, dos equipamentos de processamento, além de supervisionar a atividade de interpretação de fotos de reconhecimento aéreo e a utilização do laboratório fotográfico da FAB.
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Histórico da atividade de Fotointeligência no Brasil
No Brasil, o reconhecimento aéreo começou com os balões utilizados na Guerra do Paraguai, onde os olhos eram os únicos sensores.
O reconhecimento aéreo é a ação que consiste em empregar meios para coletar dados específicos sobre as forças inimigas e áreas de interesse. O que difere o reconhecimento aéreo da inteligência operacional, ramos ligados à Fotointeligência, é que a última serve para produzir conhecimento sobre o oponente.
O sargento especialista em Fotointeligência é aeronavegante. Ou seja: ele pode realizar missões a bordo de aeronaves, como o R-99 e o E-99, as quais recentemente receberam atualizações nos equipamentos de bordo.
Aeronaves de reconhecimento aéreo
O Hermes RQ-450 é uma das aeronaves não-tripuladas operadas pela FAB. Ele dispõe de um sensor eletro-ótico que permite obter imagens no espectro óptico e infravermelho. É capaz de voar por até 18 horas seguidas a até 350 km da central de controle.
O Hermes RQ-900 é um VANT – Veículo Aéreo Não Tripulado – de maior capacidade. Ele possui uma autonomia de até 30 horas de operação. O destaque dessa aeronave é o sistema Skyeye, no qual conta com 16 câmeras eletro-ópticas de excelente resolução espacial para detecção de alvos da inteligência.
Ambas as aeronaves são de origem israelense e são operados pelo Esquadrão Hórus, localizado em Santa Maria (RS).
O R-99 é baseado na aeronave Embraer 145, que possui diversos sensores de reconhecimento eletrônico para monitorar a superfície terrestre. Um deles é o OIS (Optical IR System), um sensor óptico infravermelho que possui câmeras especiais do espectro visível e do infravermelho.
O radar de abertura sintética localizado no radome, logo abaixo da fuselagem da aeronave, é capaz de captar imagens de alta resolução em grandes distâncias e em qualquer condição climática. Com esses equipamentos é possível monitorar áreas de desmatamento, por exemplo.
Além disso, o R-99 possui diversas antenas e equipamentos para missões de inteligência de sinais na faixa de comunicações e não-comunicações, como o radar, por exemplo.
A aeronave surgiu da necessidade de monitoramento e sensoriamento da Floresta Amazônica. Mas ela não se limita a isso. O R-99 pode detectar a grandes distâncias, por exemplo, unidades blindadas, comboios, tropas, unidades de artilharia pesada, acampamentos, entre outras.
O E-99 é a aeronave destinada a emitir alertas aero-antecipados de alguma invasão ou irregularidade no espaço aéreo à FAB. A aeronave possui equipamentos semelhantes ao R-99, porém ele se difere na sua missão final, que é o monitoramento do espaço aéreo.
A aeronave RA-1 é baseada na estrutura do caça AMX-1 e é destinada ao reconhecimento tático. O destaque são o REC Light e o Lightning, que são os sensores de detecção infravermelho utilizados pelas principais forças Aéreas do mundo. Essa aeronave é operada pelo Esquadrão Poker, baseado em Santa Maria (RS).
O que o aluno de Fotointeligência estuda na EEAR?
Durante o curso na EEAR, o aluno estuda:
- 1ª Série: Língua Portuguesa I. Língua Inglesa I. Conhecimentos Gerais de Aviação. Princípios de Ondulatória e Radiopropagação. Física Aplicada à fotointeligência. Noções de informática para fotointeligência;
- 2ª Série: Editor de Imagens. Percepção Visual de Objetivos. Noções de Sensoriamento Remoto. Sensores imageadores eletro-ópticos. Sensores da aviação de reconhecimento. Sensores da aviação de patrulha;
- 3ª Série: Língua Portuguesa II. Noções de Navegação Aérea. Manuais de Inteligência I. Manuais de Inteligência II. Manuais de Inteligência III. Planejamento e Execução de Missão de Reconhecimento. Princípio de Fotointerpretação. Relatório de Missão de Reconhecimento;
- 4ª Série: Comunicação oral e escrita. Geoprocessamento. Guerra Eletrônica Aplicada à Inteligência. Crítica. Inglês Técnico para BFT.
Qual a remuneração do aluno do curso de Fotointeligência da EEAR?
O aluno do curso de fotointeligência da EEAR recebe o soldo, que é regulamentado pelo Estatuto dos Militares. Atualmente, ele é de R$ 1.066,00 e é depositado na conta bancária do aluno no primeiro dia útil de cada mês.
Quanto ganha um sargento especialista em Fotointeligência na FAB?
A remuneração referente à função de sargento especialista em Fotointeligência varia, visto que o valor depende da graduação e do posto do integrante da Força Aérea. Vale ressaltar que o soldo é apenas a base do salário do militar.
Junto ao soldo são pagos diversos valores adicionais pela função desempenhada. No entanto, existem alguns descontos referentes aos serviços hospitalares, pensão militar, entre outros. Atualmente, o soldo-base varia de R$ 3.825,00 à R$ 6.169,00, para os graduados. Você pode acessar a tabela dos soldos militares aqui.
Bônus de localidade especial
Além do valor adicional pago pela habilitação como militar da ativa, em localidades especiais, como o norte do país (Manaus, Boa Vista), existe ainda o adicional de 20%. Os bônus de habilitação como o militar e o de localidade especial são cumulativos, podendo chegar aos 40% de adição ao salário.
O que é o CFOE?
Uma grande oportunidade que a especialidade oferece ao militar após dez anos de formado é o CFOE – Curso de Formação de Oficiais Especialistas. Nele, o militar tem a chance de concorrer somente com os companheiros de sua especialidade a uma vaga para se tornar um oficial de carreira. Se for aprovado pode chegar até à patente de Coronel especialista em Fotointeligência.
O concurso para o CFOE – Curso de Formação de Oficiais Especialistas é um exame interno da Aeronáutica, destinado aos sargentos de carreira de especialidades básicas. O curso é muito concorrido por ser de nível nacional, ter poucas vagas e porque a prova tem alto grau de dificuldade.
Para chegar ao oficialato, o candidato vai para Lagoa Santa, em Minas Gerais, onde fica dois anos internado no CIAAR – Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica. Ao final desse período, ele é habilitado como oficial especialista em Fotointeligência.
O que é o EAOF?
Caso o sargento não seja aprovado ou não tenha interesse em ingressar no CFOE, ele pode, ao final da sua carreira como primeiro sargento ou suboficial, ingressar no EAOF – Estágio de Adaptação ao Oficialato. Nele, será julgado por uma comissão que avaliará toda a carreira do militar a fim de aprová-lo para ingresso no oficialato ou não.
O EAOF é realizado no CIAAR – Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica – em Lagoa Santa (MG). No local, por 90 dias o militar recebe instruções sobre a vida de oficial. Ele poderá chegar até a patente de capitão especialista.
Escola de Especialistas da Aeronáutica – EEAR
Atualmente a EEAR está localizada no interior do estado de São Paulo, na cidade de Guaratinguetá. Ocupa um espaço de aproximadamente 10 milhões de metros quadrados, com uma área construída superior a 119 mil metros quadrados.
O local conta com 93 prédios administrativos e 416 residências, sendo uma das maiores instituições de ensino da América Latina. O primeiro exame de seleção na EEAR é datado de 1951.
Agora que você sabe sobre o sargento especialista em Fotointeligência da FAB, acesse os nossos cursos e se prepare para a EEAR com o Estratégia Militares. Clique no banner abaixo e saia na frente, rumo a sua aprovação! Vem ser Coruja!
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