Você sabia que existe a possibilidade de se tornar aviador do Exército Brasileiro por meio do concurso EsPCEx? Nesse post, o Estratégia Militares explica como funciona o processo de admissão, além de abordar os principais aspectos do Curso de Pilotos de Aeronaves (CPA).
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Como funciona o concurso EsPCEx?
O primeiro passo a ser dado por quem deseja se tornar aviador do Exército Brasileiro é ingressar na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx). O ingresso ocorre exclusivamente por meio de concurso público.
O certame oferta anualmente mais de 400 vagas. Podem se inscrever homens e mulheres que se enquadrem nos requisitos impostos pelo edital. Seguem os principais:
- Ser brasileiro nato ou naturalizado e possuir CPF;
- Ter concluído o Ensino Médio no ano da matrícula;
- Possuir, no mínimo, 17 e, no máximo, 22 anos no ano da matrícula; e
- Ter altura mínima de 1,60 metros para os homens e 1,57 metros para as mulheres.
A etapa mais importante do rigoroso processo de seleção é, sem dúvidas, o exame intelectual. No caso da EsPCEx, ele é aplicado em dois dias consecutivos, obedecendo à seguinte distribuição:
- 1o dia: Português, Física, Química e Redação; e
- 2o dia: Matemática, História, Geografia e Inglês.
Os candidatos melhores classificados nessa etapa avançam para as demais, cujo caráter é apenas eliminatório. Dentre elas, as que demandam maior atenção são o teste de aptidão física e a inspeção de saúde.
Como acontece a formação do Oficial de carreira do Exército?
Concluído o rigoroso processo de seleção, os candidatos se tornam alunos e ingressam na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), em Campinas (SP), onde será ministrado o primeiro ano do Curso de Formação de Oficiais (CFO). Nele, acontece a formação básica desses militares, cujas disciplinas estudadas são:
- Língua Portuguesa;
- Língua Inglesa;
- Língua Espanhola;
- História;
- Física Aplicada;
- Química Aplicada;
- Cálculo;
- Cibernética;
- Introdução às Técnicas Militares;
- Técnicas Militares; e
- Treinamento Físico Militar.
Os alunos que concluírem com aproveitamento, avançam para o segundo ano de formação, que acontece na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), localizada na cidade de Resende (RJ). É nesse momento que os alunos passam a ser chamados de Cadetes.
No segundo ano na AMAN, os Cadetes optam pela Arma, Quadro ou Serviço que irão seguir. As opções oferecidas são:
Concluídos os quatro anos de formação, o Cadete é promovido ao posto de Aspirante a Oficial, no qual permanecerá por 8 meses, fazendo jus a um soldo no valor de R$ 7.315,00.
O plano de carreira desse militar, assim como de todos os militares das Forças Armadas, é bem definido. Seguem os postos e respectivos tempos de permanência em cada posto de sua carreira.
- 2° Tenente: 2 anos;
- 1° Tenente: 4 anos;
- Capitão: 8 anos, dos quais dois são destinados ao Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais;
- Major: 6 anos;
- Tenente-Coronel: 4 anos;
- Coronel: 5 a 9 anos.
Como se tornar aviador do Exército Brasileiro?
Para se tornar aviador do Exército Brasileiro é necessário ser militar oriundo da EsPCEx. Após sua intensa formação, o Oficial pode concorrer às vagas que são constantemente abertas para o Curso de Piloto de Aeronaves (CAP). Para ingressar, são aferidos quesitos físicos, psicológicos e médicos.
O curso acontece integralmente no Centro de Instrução de Aviação do Exército (CIAvEx), localizado em Taubaté (SP). Ele tem a duração prevista de 63 semanas divididas em disciplinas teóricas e práticas.
Na parte teórica, podemos destacar as matérias de Aerodinâmica, Teoria do Voo do Helicóptero, Conhecimentos Básicos de Aviação, Manobras de Pilotagem e Navegação Aérea, Teoria do Voo Tático, Armamento, Munição e Tiro.
Após a teoria, os militares que obtiverem êxito nos exercícios no simulador de voo avançam para a prática. A fase prática do curso é dividida em dois módulos principais.
- 1º Módulo Prático de Voo: momento inicial em que são ensinadas manobras básicas como o pouso, à decolagem, o tráfego e o voo estabilizado; e
- 2º Módulo Prático de Voo: etapa em que os militares aprendem manobras táticas-operacionais de alto grau de especificidade.
Concluídas as 63 semanas, os novos pilotos da Força, além de poderem desempenhar essa nobre função, passam a receber um adicional de 20 % no seu soldo.
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