A circulação de ar na atmosfera é dividida entre a primária, secundária e terciária. Neste artigo, que o Estratégia Militares preparou pra você, iremos tratar sobre as brisas litorâneas e as monções, que fazem parte da circulação secundária da atmosfera.
Os efeitos da circulação da atmosfera são intensamente estudados pelos cientistas climáticos. Essa circulação é dividida em duas modalidades para que as previsões possam ser mais exatas e possibilitarem que as populações se previnam de possíveis eventos climáticos.
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Circulação primária da atmosfera
A circulação primária trata-se do estudo sobre como o calor influencia o clima, não só em locais específicos, mas também em todo o planeta.
A circulação primária é composta pelos estudos sobre:
- Células de Hadley;
- Células de Ferrel;
- Células polares, entre outras.
Esses componentes são estudados a fim de que a comunidade científica possa entender como ocorrem fenômenos como o El Niño e La niña, os quais ainda não são possíveis de prever sua ocorrência.
Circulação secundária da atmosfera
A circulação secundária é composta por ventos periódicos, formados devido à diferença de temperatura entre o continente e o oceano. Os exemplos mais significativos de circulações secundárias são as brisas marítimas, as terrestres e as monções.
O que são as brisas litorâneas?
As brisas litorâneas são formadas por eventos diários que alteram sua direção em um período de 24 horas, determinados pelos diferentes comportamentos térmicos entre as superfícies oceânicas e continentais.
Durante o dia, o oceano está mais frio e tem maior pressão que o continente, gerando brisas marítimas. Durante a noite, a situação se inverte, causando as brisas continentais.
Na circulação do ar em pequena escala – ou seja, em caráter local – é possível dar um exemplo de como diferenças de temperatura podem gerar um gradiente de pressão e, por isso, gerar também ventos, que são as brisas marítimas.
Após o nascer do sol, as taxas desiguais de aquecimento do planeta fazem com que a terra e o ar sobre ela se aqueçam bem mais que o oceano e o ar sobre ele.
À medida que o ar sobre a terra se aquece, ele se expande, fazendo com que as superfícies isóbaras se desloquem para cima. Embora esse aquecimento não produza por si só uma variação da pressão da superfície, a pressão acima se torna mais alta sobre a terra que na mesma altitude sobre o oceano.
O gradiente de pressão resultante faz o ar se mover da terra para o oceano criando uma alta pressão na superfície do oceano, onde o ar é coletado, e uma baixa na superfície do continente. A circulação superficial que se desenvolve, a partir dessa redistribuição de massa em cima, é do mar para a terra.
O que são as monções?
O termo é de origem árabe significa “vento da estação “. As monções são periódicas, típicas do Sudeste Asiático e estão associadas com a alternâncias de pressão atmosférica que ocorrem durante o inverno e o verão. Por isso, elas sopram do continente para o oceano no inverno – no período seco – e do oceano para o continente, no período chuvoso do verão.
Circulação terciária da atmosfera
A circulação terciária da atmosfera é composta de ventos que sopram regularmente em determinadas regiões do planeta e que possuem causas muito particulares. Alguns exemplos são:
- Vento Bora – sopra do Ártico para a Europa, sendo frio e seco;
- Vento Simum – sopra do sul do Saara para o norte do deserto, sendo quente e seco; e
- Vento Minuano – sopra da Patagônia, chegando ao Uruguai e ao sul do Brasil, sendo quente e seco.
Zona de Convergência Intertropical
As regiões de baixa latitude apresentam baixa pressão devido a suas temperaturas mais altas. Nessa região, está localizada a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).
Para essa área, convergem massas de ar formadas nos trópicos, que transportam umidade, gerando chuvas convectivas com os maiores índices de precipitação do planeta Terra.
A ZCIT acompanha o Equador Térmico, em seus deslocamentos sazonais, alcançando sua posição mais ao norte durante o verão, e sua posição mais ao sul, durante o mês de abril, no hemisfério norte. Sua posição varia, também, em função de outros fatores, como a maritimidade, a vegetação e o relevo.
A Zona de Convergência Intertropical é um dos mais importantes sistemas meteorológicos tropicais. Ela caracteriza-se por ser uma área de baixa pressão e convergência dos ventos alísios, gerados pela rotação da Terra, em regiões próximas à superfície, ao longo da faixa equatorial.
Além da influência da ZCIT no tempo e no clima das áreas tropicais, ela também está envolvida na manutenção do balanço térmico global. Na escala planetária, atua no sentido de transferir calor e umidade dos níveis inferiores da atmosfera das regiões tropicais para os níveis superiores da troposfera e para as médias e altas latitudes.
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