Você tem vontade de ser um militar das Forças Armadas que participa de operações em aeronaves? Leia esse artigo que o Estratégia Militares preparou e descubra como fazer parte das operações aeromóveis!
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O que são as operações aeromóveis?
As operações aeromóveis são as atividades que envolvem a aviação de asas rotativas (helicópteros) e as tropas combatentes. A utilização das aeronaves nas operações permite à força terrestre multiplicar o seu poder de combate e de apoio.
A utilização, principalmente, de helicópteros é estratégica, pois permite às Forças Armadas inserir e extrair rapidamente militares, tanto de combate quanto de apoio. Isso oferece grande mobilidade e mudança de formação das tropas no terreno.
As operações aeromóveis são diferentes das operações aeroterrestres. As aeromóveis, também chamadas de assalto aéreo, tem a finalidade de transportar militares para a tomada de pontos chaves no terreno de combate e a destruição das forças inimigas. Já as operações aeroterrestres visam apenas o transporte de paraquedistas.
Quais são as operações aeromóveis?
Também denominadas de missões, elas se dividem em quatro grandes tipos de missões:
- Missões de combate;
- Missões de apoio ao combate;
- Missões de apoio logístico; e
- Missões no ambiente amazônico.
Missões de combate
As missões de combate são caracterizadas pela:
- Mobilidade;
- Potência de fogo;
- Surpresa;
- Flexibilidade;
- Manobra;
- Alta velocidade nos deslocamentos; e
- Ultrapassagem de obstáculos terrestres.
A finalidade das missões de combate são o ataque, o reconhecimento, a segurança, a infiltração e exfiltração das tropas, dentre outras. As operações que exigem a utilização de aeronaves são extremamente caras e exigem uma enorme infraestrutura, além da grande mobilização de pessoas e de materiais.
Porém existem algumas exigências que devem ser cumpridas antes do emprego das aeronaves. Elas fazem parte do Manual de Campanha C100-5, protocolo interno das Forças Armadas .
Missões de apoio ao combate
As missões de apoio ao combate visam aumentar a eficiência da Força Terrestre, por meio do apoio aéreo ao movimento, à coordenação das tropas, ao controle e à outras situações. Isso resulta positivamente na diminuição do tempo gasto nas decisões e logística pelo comando das tropas.
As missões de apoio ao combate que podem ser cumpridas durante uma operação aeromóvel, são:
- Comando e controle;
- Guerra eletrônica;
- Observação aérea;
- Observação de tiro; e
- Monitoração química, biológica e nuclear.
Missões de apoio logístico
As missões de apoio logístico realizadas durante uma operação aeromóvel objetivam preparar e garantir a continuidade do combate. Elas são atenciosamente planejadas, não só pelo alto custo da utilização dos helicópteros, bem como para garantir a segurança de todos os militares envolvidos.
As missões de apoio logístico são de:
- Suprimento aeromóvel;
- Transporte aeromóvel;
- Lançamento aéreo;
- Busca e salvamento (SAR);
- Controle de danos; e
- Evacuação aeromédica.
Para que essas missões sejam realizadas, são analisados vários fatores, como:
- Local de aterragem;
- Autonomia da aeronave;
- Adestramento da tropa para o tipo de missão a ser realizada;
- Disponibilidade de carga útil da aeronave;
- Capacidade dos equipamentos da aeronave para transportar cargas; e
- Coordenação e controle do uso do espaço aéreo.
Missões no ambiente amazônico
Pelas características do ambiente amazônico, como a falta de vias de comunicações terrestres, a vasta cobertura vegetal e a extensa rede hidrográfica – fatores que se apresentam como obstáculos para qualquer tropa -, o helicóptero, na maioria das oportunidades, torna-se o único meio eficaz para atender às operações terrestres.
Na Amazônia, são encontrados terrenos muito elevados ao sul e ao norte, definidos pelo Planalto Brasileiro e pelo Planalto Guianense. Neste último existem terrenos que coincidem com as fronteiras entre a Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.
Estes terrenos altos expõem as aeronaves de asa rotativa a voos sob condições desfavoráveis, que afetam o desempenho de seus motores e a visibilidade.
Além disso, os elevados índices térmicos anuais, com temperaturas oscilando entre 26ºC e 32ºC durante todo ano, exigem a adaptação das tripulações. E ainda ocasionam perdas consideráveis na performance dos motores das aeronaves.
As missões de apoio no ambiente amazônico são planejadas levando-se em conta os fatores abaixo:
- Escassez de locais de aterragem;
- Autonomia da aeronave;
- Capacidade para manutenção do vôo pairado no destino, visto que pode haver grande variação na temperatura e na altitude, em função dos longos deslocamentos e da variedade altimétrica do terreno;
- Capacidade do guincho e do gancho da aeronave; e
- Capacidade de carga útil a ser transportada.
Aeronaves utilizadas nas operações aeromóveis
As operações podem ser executadas pelo Comando de Aviação do Exército (CiAvEx), pela Força Aérea Brasileira (FAB) ou pelo Comando da Força Aeronaval (CFA). Atualmente, as Forças Armadas brasileiras possuem uma grande variedade de aeronaves para realizarem os mais diversos tipos de operações.
Exército Brasileiro
Nome | Fabricante | Autonomia | Capacidade de transporte | Armamento |
---|---|---|---|---|
HA-1 “Esquilo”(Instrução) | Eurocopter – França. | 600 Km | 03 (três) combatentes com 20 Kg de equipamento cada, ou 300 Kg de carga | Não possui |
“Fennec” (Reconhecimento e ataque) | Eurocopter – França. | 600 Km | 03 (três) combatentes com 20 Kg de equipamento cada, ou 300 Kg de carga | Metralhadora calibre 50 |
HM-1 Pantera | Eurocopter – França | até 870 Km | 09 (nove) combatentes, com 20 Kg de equipamento cada, ou 900 Kg de carga | Metralhadora calibre 50 |
HM-2 “Black HawK | Sikorsky Aircraft – EUA | até 575 km | 14 combatentes ou 4500 Kg de carga | Metralhadora calibre 50 e foguete S BAT – 70 mm |
Força Aérea Brasileira
Nome | Fabricante | Autonomia | Capacidade de transporte | Armamento |
---|---|---|---|---|
H-36 Caracal | Helibras – Airbus | 1.038 km | até 29 pessoas | Metralhadora calibre 7,62mm, flare e chaff |
H-50 “Esquilo” | Eurocopter – França. | 600 Km | 3 combatentes com 20 Kg de equipamento cada, ou 300 Kg de carga | Browming 7,62 e metralhadora . 50 |
Marinha do Brasil
Nome | Fabricante | Autonomia | Capacidade de transporte | Armamento |
---|---|---|---|---|
Bell Jet Ranger III | Bell Helicopter Corporation – Estados Unidos | 450 Km | 3 pessoas | Não possui |
UH-12 Esquilo-mono | Eurocopter – França | 470 Km | 4 pessoas | Metralhadora calibre 50 |
UH-13 Esquilo-Bi | Eurocopter – França | 470 Km | 4 pessoas | Metralhadora calibre 50 |
HU-2 Super Cougar | Helibras – Airbus | 1.038 km | até 29 pessoas | Metralhadora calibre 7,62mm, flare e chaff |
Quem pode participar das operações aeromóveis?
As operações são destinadas a militares que possuam o curso de operações aeromóveis, ministrado pelo Exército Brasileiro para as operações de combate. No caso de operações de busca e resgate, é necessário possuir o curso ou estágio em busca e salvamento (SAR).
A formação dos SAR é feita pelo Exército no Centro de Instrução de Aviação do Exército (CiAvEx), em Taubaté – SP, ou pela Força Aérea Brasileira na Ala 5, em Campo Grande – MS.
Algumas das atribuições específicas dos SAR são:
- Executar tarefas de tripulante operacional em voo; e
- Realizar Busca e Salvamento de tripulantes, passageiros e aeronaves;
- Participar no apoio a outras Forças Armadas ou Auxiliares brasileiras em calamidades públicas; e
- Estar apto a atuar nos diversos tipos de terrenos do Brasil e até mesmo em nações amigas ou inimigas.
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- Concurso Público de Admissão às Escolas de Aprendizes-Marinheiros (CPAEAM); e
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