Atualmente a maioria dos concursos militares abre vagas para as mulheres, porém, elas nem sempre puderam fazer parte das Forças Armadas. Nesse post, o Estratégia Militares te conta como foi a luta das mulheres até conseguirem integrar as Forças Armadas e quais são as oportunidades para o sexo feminino hoje em dia.
Nos séculos passados algumas mulheres, que possuíam um forte sentimento nacionalista, tentaram fazer parte do efetivo militar se passando por homem. Isso porque não era permitido que elas integrassem as tropas.
A seguir, vamos conhecer algumas dessas mulheres que ficaram muito conhecidas por terem lutado nas guerras pelo Exército Brasileiro, se passando por homens, além daquelas que foram as primeiras a integrar oficialmente as tropas e tiveram papel de destaque.
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Maria Quitéria
Maria Quitéria de Jesus é considerada a primeira mulher a participar de um combate junto ao Exército no Brasil. Ela compôs as tropas que lutaram em 1823 pela Independência do Brasil.
Nascida no ano de 1792, no local onde hoje conhecemos como Feira de Santana, na Bahia, Maria Quitéria sempre se mostrou muito independente. Ela perdeu sua mãe muito cedo e ficou responsável pelos cuidados de seus outros irmãos.
Maria Quitéria era bem diferente das outras meninas da época e até a estranhavam por isso. Ela sabia caçar, pescar, lidar com armas entre várias outras coisas.
No contexto da Independência do Brasil, o Exército estava recrutando soldados e Maria Quitéria queria muito se candidatar, apesar de seu pai não ter gostado da ideia e ela ser uma mulher.
Para conseguir seu intento, ela pediu ajuda a seu cunhado para se passar por ele na seletiva. Pegou sua farda, cortou os cabelos e ingressou no Batalhão “Voluntários do Príncipe” como o Soldado Medeiros.
Seu pai descobriu toda a farsa e foi até o Batalhão para buscá-la. Mesmo descobrindo que se tratava de uma mulher, o Exército não quis abrir mão de Maria Quitéria por conta de todas as suas habilidades. Ela trocou a farda masculina pela saia e passou a integrar a tropa como mulher.
A partir daí, outras mulheres também quiseram entrar no Batalhão. Maria Quitéria passou a ser a responsável por elas e comandou a tropa feminina nas batalhas.
Todo seu esforço e dedicação foi reconhecido pelo Exército e por Dom Pedro I, que fez uma carta parabenizando a jovem e pedindo que seu pai a perdoasse pela fuga de casa.
Além disso, Maria Quitéria foi declarada Patrono do Quadro Complementar de Oficiais, no ano de 1996.
Jovita Feitosa
Antônia Alves Feitosa, apelidada de Jovita, é outra mulher que ficou muito conhecida por tentar entrar no Exército se passando por homem. A cearense, nascida em 1848, tornou-se um dos grandes símbolos da Guerra do Paraguai.
Aos 17 anos, Jovita se candidatou para ir à Guerra do Paraguai. Seu disfarce foi descoberto mesmo antes da tropa seguir para o Rio de Janeiro. Mas ela foi mantida, a fim de representar todo o nacionalismo envolvido na batalha e incentivar mais gente a se voluntariar.
Rapidamente Jovita ganhou as manchetes da época, mas mesmo sendo uma figura importante no momento, foi impedida de ir lutar.
Jovita morreu muito jovem. Logo após sair do Exército, ela se apaixonou por um homem que meses depois a abandonou. Depressiva, Jovita atentou contra a própria vida e morreu aos 19 anos.
Participação feminina na 2ª Guerra Mundial
As primeiras mulheres a ingressarem no Exército Brasileiro de forma oficial, o fizeram no contexto da 2ª Guerra Mundial, quando 73 enfermeiras se juntaram voluntariamente à Força Expedicionária Brasileira (FEB) e atuaram nos hospitais de campanha. Quando voltaram ao Brasil, receberam todas as condecorações junto à tropa.
Anos mais tarde, o Exército, Marinha e a Força Aérea institucionalizaram a entrada das mulheres em seus efetivos. A Marinha do Brasil foi a primeira, em 1980. Ano a ano, apesar de ainda mínimos, o número do efetivo feminino vem crescendo nas Forças Armadas.
Essas mulheres são só algumas das várias que lutaram contra a desigualdade de gênero no ingresso nas Forças Armadas.
O ingresso das mulheres nas Forças Armadas atualmente
Após muita luta por igualdade, as mulheres passaram a ter mais chances de ingresso nas Forças Armadas. As oportunidades vêm crescendo constantemente e o Estratégia Militares selecionou quais são as oportunidades para as mulheres atualmente.
Exército Brasileiro
As mulheres, que têm o sonho de vestir a farda verde oliva e se tornarem militares de carreira, possuem várias possibilidades de realizá-lo. Elas podem fazer os seguintes concursos públicos, que costumam ter recorrência anual:
- Concurso ESA;
- Concurso EsPCEx;
- Concurso EsSex;
- Concurso EsFCEx; e
- Concurso IME.
Além disso, ainda há a possibilidade de participar dos processos seletivos das regiões militares da Força.
Marinha do Brasil
Assim como o Exército Brasileiro, a Marinha também abre vagas para as mulheres em seus concursos, porém, ainda conta com alguns certames exclusivos para o sexo masculino. Seguem alguns dos concursos que o sexo feminino pode fazer na Marinha:
- Concurso Escola Naval;
- Concurso EFOMM;
- Concurso EAM;
- Concurso CN;
- Concurso Soldado Fuzileiro Naval;
- Concurso Sargento Fuzileiro Naval Músico;
- Concurso para o Quadro Complementar (nível superior); e
- Concurso para Corpo Auxiliar de Praças (nível técnico).
Força Aérea
A Força Aérea também possui muitas oportunidades de concurso para o sexo feminino, com recorrência anual. Seguem os concursos para ambos os sexos da Força:
- Concurso AFA;
- Concurso ITA;
- Concurso EEAR;
- Concurso EAGS; e
- Concurso EPCAR.
E aí, guerreira? Se você se inspirou na superação dessas grandes mulheres e quer prestar algum dos concursos acima, conte com o Estratégia Militares na sua preparação. Clique no banner abaixo e conheça nosso Banco de Questões!