Rússia invadiu a Ucrânia! Entenda o motivo
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Rússia invadiu a Ucrânia! Entenda o motivo

A guerra está declarada! Tropas da Rússia invadiram a Ucrânia realizando ataques aéreos e bombardeios. No dia 24 de fevereiro de 2022, às 23h do horário de Brasília, a Rússia declarou guerra contra os ucranianos. 

A guerra entre os dois países já está fazendo parte do nosso dia a dia. O conflito envolve questões militares, econômicas, humanitárias e até mesmo nucleares. A história está sendo feita e o Estratégia Militares quer te ajudar a entender tudo.

Invasão da Crimeia

A rivalidade entre ucranianos e russos não vem de hoje. Entre os anos de 2013 e 2014 a população ucraniana realizou muitos protestos em oposição ao governo central de seu país, que era pró- Rússia. Os ucranianos queriam fazer parte da União Europeia, mas o presidente Viktor Yanukovich não quis assinar o acordo. 

Os protestos acabaram derrubando o governo, o que desagradou à Rússia. Assim, o presidente Vladimir Putin decidiu agir e tomar a Crimeia, que fazia parte da Ucrânia

Ele usou como desculpa que a maioria da população da região tem origem étnica russa. Assim, a Rússia ocupou militarmente a região com a suposta intenção de proteger os seus cidadãos.

As tropas russas dominaram cautelosamente pontos estratégicos da Crimeia,  encontrando pouca solidez dos militares ucranianos.

A invasão deu origem a um plebiscito onde, segundo as fontes russas, o povo da Crimeia era favorável à unificação de seu  território à Rússia. Esse procedimento foi realizado de maneira extremamente ágil e autoritária, simultaneamente ao forte domínio russo na região. 

Vale lembrar que países como os Estados Unidos e a própria Ucrânia foram totalmente contra o posicionamento russo.

A Crimeia tem uma alta importância econômica e militar. Isso por conta da sua localização, já que ela é uma península envolvida pelos mares Negro e Azov. Além de oferecer uma grande importância militar, especialmente para a proteção da parte sul do território russo, ela é responsável por uma zona de passagem entre rotas comerciais.

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Criação da OTAN

Durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos e a União Soviética foram aliados para derrotar a Alemanha nazista. Porém, com o fim do conflito, ambas se tornaram grandes potências mundiais e acabaram desencadeando uma grande rivalidade. Foi o período denominado Guerra Fria (12 de março de 1947 a 3 de dezembro de 1989).

As diferenças ideológicas dos países eram extremamente adversas. No ano de 1947, o presidente americano Harry Truman deixou claro que era totalmente contra o comunismo soviético. Algo que era recíproco, já que o líder da União Soviética, Josef Stalin, também repudiava qualquer iniciativa norte-americana.

No mesmo ano, entrava em ação o Plano Marshall. Ele foi um projeto que visava a reedificação da Europa Ocidental após a Segunda Guerra e almejava barrar o avanço do comunismo do leste para o oeste europeu. 

Pensando em obter sucesso com o Plano Marshall e ganhar mais apoio do Ocidente europeu, no dia 4 de abril de 1949 foi criada a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). 

Os objetivos do tratado eram impedir o avanço do bloco socialista na Europa e fornecer ajuda militar mútua a todos os membros em caso de invasão de seus territórios. Ou seja: ao atacarem um país da OTAN, estará atacando a todos! 

O tratado na época foi assinado por 12 países, sendo eles:

  • Estados Unidos;
  • Bélgica;
  • França;
  • Itália;
  • Canadá;
  • Noruega;
  • Islândia;
  • Holanda;
  • Dinamarca; 
  • Portugal;
  • Países Baixos
  • Luxemburgo; e
  • Reino Unido.

Atualmente (2022), a OTAN conta com 30 países

  • Albânia; 
  • Alemanha; 
  • Bélgica; 
  • Bulgária; 
  • Canadá; 
  • Croácia; 
  • Dinamarca; 
  • Eslováquia; 
  • Eslovênia; 
  • Espanha; 
  • Estados Unidos; 
  • Estônia; 
  • França; 
  • Grécia; 
  • Hungria; 
  • Islândia; 
  • Itália; 
  • Letônia; 
  • Lituânia; 
  • Luxemburgo; 
  • Montenegro; 
  • Macedônia do Norte; 
  • Noruega; 
  • Holanda; 
  • Polônia; 
  • Portugal; 
  • Reino Unido; 
  • Romênia; 
  • República Tcheca; e 
  • Turquia.

Porque a Rússia invadiu a Ucrânia?

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Há 9 anos (2013), a OTAN informou que Ucrânia e Geórgia futuramente teriam a oportunidade de ingressar na organização. Porém, não houve maiores detalhes de quando e como isso poderia acontecer. Na época, o presidente Putin entendeu que o comunicado foi uma forma de ameaça aos russos.

Em 2021, ele escreveu um artigo classificando russos e ucranianos como “uma nação”. Além disso, tratou o fim da União Soviética como a “desintegração da Rússia histórica” e interpretou que os atuais líderes ucranianos estavam arquitetando um “projeto anti-Rússia”.

Putin afirmou ainda que se a Ucrânia entrasse na OTAN, a organização iria tentar recapturar a Crimeia.

O presidente russo trata a guerra na Ucrânia como uma “operação militar especial”. Segundo Putin, ela tem como objetivo “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho. Ele classifica que há muitos grupos neonazistas na Ucrânia e que eles ameaçam a população russa que vive no país. E que existem províncias separatistas ucranianas (Donetsk e Lugansk) onde a população pró-Rússia também sofre ameaças. 

Mas, no fundo, o objetivo da invasão é notório: não permitir que uma aliança liderada pelos Estados Unidos fique próxima ao seu território, com fácil acesso à sua capital.

Vale ressaltar que no dia da invasão russa Vladimir Putin disse:

“Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”…

O Estratégia Militares separou para você alguns filmes, séries e documentários importantes para entender a guerra entre os dois países do Leste Europeu.

Confira: Filmes, documentários e séries para entender o conflito Rússia X Ucrânia

Ucrânia x Rússia

Confira o levantamento da Global Firepower, IISS, Military Balance sobre a diferença do poder militar entre Rússia e Ucrânia nos últimos 5 anos:

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O papel do Brasil na guerra

O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) onde o governo federal planeja trazer de volta ao país parte dos brasileiros que deixaram a Ucrânia para escapar das consequências da invasão militar russa decolou da Base Aérea de Brasília com destino a Varsóvia, na Polônia.

O KC-390 Millennium está carregando por volta de 11,5 toneladas de suprimentos como:  medicamentos, alimentos e itens de primeira necessidade, que serão doados para auxílio humanitário às vítimas da guerra.

A meta da FAB é conseguir trazer no mínimo 40 brasileiros, 23 cidadãos ucranianos, seis cães e um polonês que está sob os cuidados do corpo diplomático brasileiro.

Desde o nascimento do conflito, o Governo Federal, por meio do MRE (Ministério das Relações Exteriores) e de suas Embaixadas em Kiev e em outros países do Leste Europeu, já auxiliou na saída de mais de 100 brasileiros da Ucrânia

Esses brasileiros caminharam até as fronteiras da Ucrânia, principalmente para a Polônia e Romênia. O Itamaraty declara que continua a proporcionar ajuda aos brasileiros que estão na região.

A Embaixada do Brasil na Romênia instalou um posto avançado na cidade de Siret, na fronteira com a Ucrânia, para potencializar o acolhimento dos brasileiros refugiados. Até o momento, mais de 130 brasileiros ingressaram em território romeno.

A comunidade brasileira na Ucrânia, antes do conflito, era estimada em aproximadamente 500 pessoas.

A guerra vai acabar?

A verdade é que ninguém sabe! Diversos desfechos podem acontecer com esse conflito. Ao mesmo tempo em que a guerra pode acabar daqui a semanas, ela também pode ter fim daqui há anos. Todas as negociações estão muito complicadas no momento.

Volodymyr Zelensky, atual presidente ucraniano, diz ter intenção de negociar com Putin para buscar uma saída menos violenta. Mas estabeleceu também que a invasão russa é um ataque da Segunda Guerra se repetindo e que a Europa pode neutralizar a situação, se agirem rapidamente.

As principais exigências de Vladimir Putin para reinar a paz são: o reconhecimento da soberania russa sobre a Crimeia e a desmilitarização e “desnazificação” da Ucrânia.

O Estratégia Militares está trazendo diversos conteúdos sobre o conflito que está acontecendo no leste europeu. Esta guerra pode ser tema de questões de prova ou redações nos Concursos Militares deste ano. Por isso, não deixe de acompanhar e, principalmente, estudar para as provas das Forças Armadas brasileiras! Prepare-se com nosso banco de questões clicando abaixo!

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