Guerra Israel X Irã: veja os motivos e as origens do conflito!

Guerra Israel X Irã: veja os motivos e as origens do conflito!

Acompanhe este conteúdo que preparamos para você. Mantenha-se informado sobre o evento que pode ser cobrado em alguma prova.

Na madrugada do dia 13 de junho, o mundo foi impactado pela notícia de que Israel havia atacado alvos militares importantes no Irã. O objetivo era frear o avanço do programa nuclear iraniano, que estaria próximo de conseguir enriquecer urânio para produzir bombas atômicas. 

Desde então, o conflito entre os dois países tem escalado com muita rapidez, envolvendo diferentes nações se posicionando em lados opostos do tabuleiro. Especialistas consideram que este é o momento mais grave na relação entre Irã e Israel. 

Neste artigo, o Estratégia Militares vai te ajudar a entender as origens e os motivos do conflito entre as duas nações do Oriente Médio. Saiba mais a seguir!

Inscreva-se em nossa newsletter!

Receba notícias sobre os mais importantes concursos para as Forças Armadas brasileiras e informações sobre o mundo militar!

O confronto

Desde o dia 13 de junho, Israel e Irã travam um intenso conflito, promovendo ataques mútuos, utilizando armas de longo alcance. A população sofre as consequências dessas operações militares. As perdas já contam centenas de pessoas dos dois lados, conforme dados das autoridades destes países.

Israel afirma que os ataques ao Irã miram instalações militares e nucleares, tendo eliminado grande parte do alto comando militar iraniano. Já o Irã classificou os ataques de Israel como “crimes de guerra”, retaliando com mísseis lançados contra importantes cidades israelenses como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém.

Desde os atentados do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, o Oriente Médio tem sido palco de conflitos entre a nação judaica e diversos grupos armados em países como Líbano, Síria, além do Irã. Este último é apontado pela comunidade internacional como grande financiador de muitos destes grupos, que trazem em seus estatutos o objetivo de exterminar Israel do mapa.

Origens históricas

Antes de entrarmos nas origens do conflito entre Israel e Irã, um dado se faz necessário: ambas as nações têm origens distintas das demais que formam o Oriente Médio, majoritariamente composto por árabes. Israel é judeu, enquanto o Irã é persa. Isto traz ainda mais complexidade para os conflitos na região.

No passado, os dois países desfrutavam de uma relação amistosa. O Irã foi o segundo país de maioria muçulmana a reconhecer Israel como estado soberano. Ambos compartilhavam de valores mais próximos aos ocidentais, em detrimento das nações árabes, mais voltadas aos ideais islâmicos. Tanto que quando houve as primeiras guerras árabes-israelenses (1947-1949), o Irã não tomou parte. Mas isto mudaria radicalmente a partir da Revolução Islâmica de 1979.

O Irã e a Revolução Islâmica

O governo pré-revolução tinha o Xá Reza Pahlavi como figura central de poder. Ele promoveu um processo radical de ocidentalização do Irã até o início da década de 1970. Porém, nem todos os setores da população iraniana estavam de acordo com esta imposição. 

O monarca Pahlavi instaurou a chamada Revolução Branca, restringindo a manifestação religiosa. Proibiu, por exemplo, o uso do véu muçulmano (hijab) pelas mulheres, bem como limitou o uso do calendário muçulmano. Estas e outras medidas incomodaram as autoridades religiosas. 

Além do sufocamento do livre exercício da fé, questões de ordem econômica também ajudaram a criar as condições para a derrubada da monarquia do Xá Reza Pahlavi, em 1979.

Neste contexto, em que a população sofria as consequências impostas pelo Xá, os líderes religiosos conseguiram o protagonismo dos eventos e assumiram o poder no Irã, pregando um discurso antiocidental.

Figura central na revolução, o Aiatolá Ruhollah Khomeini foi alçado a líder supremo do país. Ele derrubou a monarquia, promoveu mudanças profundas no estado e instaurou uma teocracia islâmica, dando origem à nova república islâmica no Oriente Médio. 

O início das desavenças com Israel

Gradativamente a teocracia iraniana passa a desenvolver uma retórica severa e de hostilidade contra Israel.

Agora regido pelas leis islâmicas, o regime passou a se posicionar contra a ocupação dos territórios palestinos por Israel, considerando-o um estado ilegítimo. Para o Irã, Israel havia usurpado terras muçulmanas e árabes, expulsando o povo da palestina de sua terra natal.

Neste contexto, a ala religiosa que tomou o poder rompeu a aliança e todos os acordos estabelecidos anteriormente com Israel. Um dos objetivos do Irã era ganhar apoio dos estados árabes.

Guerra com o Iraque e a radicalização do regime

No curso dessas transformações, ainda em 1979, os Estados Unidos romperam relações com o Irã. O motivo foi a invasão da embaixada americana em Teerã por militantes islâmicos, que fizeram reféns diplomatas americanos por 444 dias. Desde então, a relação entre os dois países nunca mais foi a mesma, deixando o Irã em uma situação de isolamento perante o Ocidente. 

Logo após este período, o país foi invadido pelo Iraque de Saddam Hussein, que, apoiado pelos Estados Unidos, visava expandir seu território anexando partes do Irã. Após quase uma década de guerra (1980-1988), o conflito não deixou vencedores. Em verdade, o Irã conseguiu resistir às investidas de Saddam e retomou os territórios anexados pelo Iraque.

A partir daí, começa a escalada de tensões contra Israel. Com o objetivo de se auto afirmar como uma grande nação e tornar-se uma potência no Oriente Médio, o Irã passa a financiar grupos de radicais islâmicos, como o Hezbollah e o Hamas, no que ficou conhecido como “Eixo da Resistência”. Estes grupos eram vistos como ameaças ao estado de Israel, pois pregavam o seu fim, objetivo que estava em linha com o Irã.

Veja a situação histórica e geopolítica do conflito entre Israel e Irã assistindo à live do canal do YouTube do Estratégia Vestibulares

Situação atual

Desde os atentados terroristas do Hamas, sofridos por Israel em 7 de outubro de 2023, a política externa do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tem sido mais agressiva contra países e grupos que ofereçam ameaça a seu território.

O combate ao Hamas, na região de Gaza, e ao Hezbollah, no Líbano, elevaram a tensão no Oriente Médio, sobretudo no eixo formado por países que abrigam estes grupos, cujo maior financiador é o Irã.

A invasão de Israel pelo Hamas em 2023 chamou a atenção pela sua ousadia, extensão e força, fato até então inédito no histórico das guerras árabes e israelenses. Com o apoio logístico e financeiro do Irã, os ataques do Hamas impuseram as maiores perdas israelenses desde o Holocausto na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Governo Netanyahu

A resposta enérgica de Natanyahu em Gaza vem dividindo opiniões em Israel desde o início das operações naquele território, à medida que estas já se prolongam por quase dois anos.

No dia 12 de junho, houve uma votação muito importante no parlamento israelense: uma moção para decidir se o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, seria mantido em seu cargo.

A base governista saiu vitoriosa, dando a ele mais seis meses de poder. Com isso, garantiu uma estabilidade interna maior para dar continuidade ao trabalho que já vinha sendo executado.

“Leão em ascensão”: Israel ataca o Irã

Fortalecido, no dia 13 de junho de 2025, o governo de Netanyahu lançou a mais ambiciosa operação executada pelas Forças de Defesa de Israel: “Leão em ascensão”. Tratava-se de um ataque direto ao Irã, mirando alvos estratégicos daquele país. Foram escolhidos dois grandes núcleos: 

  • Programa nuclear iraniano; e
  • Autoridades iranianas.

Ao atacar o programa nuclear iraniano, Israel teve como foco as usinas de enriquecimento de urânio, principal elemento para a produção da bomba atômica. Órgãos de inteligência alertaram que o Irã estava prestes a produzir a sua primeira bomba atômica, o que motivou os ataques de Israel àquele país.

A Força Aérea israelense destruiu, sem dificuldades, o sistema de defesa antiaéreo do Irã, evidenciando a sua superioridade militar. Vulnerável, o Irã viu seu espaço aéreo dominado pelos caças israelenses, que passaram a cumprir suas missões sem perdas.

As investidas israelense eliminaram os cientistas à frente do programa nuclear iraniano. Em relação às autoridades daquele país, Israel exterminou lideranças do Exército e da Guarda Revolucionária Iraniana.

“A verdadeira promessa III”: O Irã contra-ataca

A resposta do Irã veio por meio da operação “A verdadeira promessa III”. A estratégia foi usar força máxima contra o Domo de Ferro, o famoso sistema de defesa de Israel usado para neutralizar mísseis e bombas lançados contra seu território. Contudo, esse sistema não é intransponível. Com o ataque maciço do Irã, alguns mísseis conseguiram alcançar cidades de Israel. 

Os israelenses afirmam que estão se defendendo, por um tipo de guerra preventiva. O que chama atenção no confronto atual entre Israel e Irã é o ataque mútuo aos seus territórios, algo incomum. 

“Martelo da Meia-Noite”: Os EUA entram na guerra

O conflito entre os dois países pode estar apenas começando. Em 21 de junho os Estados Unidos entraram na guerra ao lado de Israel, reforçando os ataques às instalações nucleares do Irã. Executando a operação “Martelo da Meia-Noite”, os americanos atingiram os centros de enriquecimento de urânio de Fordow, Natanz e Esfahan.

O bombardeiro B-2 Spirit Stealth executou a missão de destruir as instalações de Fordow, consideradas as mais importantes e bem guardadas do Irã, localizadas abaixo de uma montanha a centenas de metros de profundidade. Para atingi-las, foram lançadas bombas MOP (Massive Ordnance Penetrator, na sigla em inglês), conhecidas como “destruidoras de bunkers”.

De acordo com o chefe de Departamento de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, “a missão foi um tremendo sucesso e o programa nuclear iraniano foi obliterado.” Com a entrada dos Estados Unidos na guerra, a tensão escalou significativamente na região.

Agora que você viu o contexto do conflito entre Irã e Israel, tenha em mente que a situação não se esgota aqui. Dada a complexidade estratégica e econômica daquela região, outros países, como Rússia e Estados Unidos, movem suas peças no tabuleiro de xadrez do Oriente Médio. Acompanhe sempre as notícias e mantenha-se informado sobre a situação, que pode ser cobrada em alguma prova. 

Se você sonha em se tornar um militar das Forças Armadas Brasileiras, clique no banner abaixo e conheça os cursos do Estratégia Militares!

CTA - Militares

Fontes

Truth Social (Donald Trump – @RealDonaldTrump)

Casa Branca (The White House)

Departamento de Defesa dos EUA (US Department of Defense)

Israel Defense Forces (@IDF)

Israeli Airforce (@IAFsite)

DOD Rapid Response (@DODResponse)

Jerusalém Post

IRNA

Estratégia Vestibulares (canal do YouTube)

G1

CNN Brasil

UOL

Newsline Magazine

Mundo Educação

Wikipedia

Você pode gostar também