Os bombeiros militares são considerados verdadeiros heróis pela sociedade. Tamanha admiração pode ser explicada pelo principal lema das corporações espalhadas pelo país: “Vidas alheias e riquezas salvar”.
Essa frase faz parte da história e da rotina dos bombeiros militares brasileiros que, diariamente, salvam vidas em cenários desafiadores – acidentes automotivos, desabamentos, incêndios etc.
Nesse post, o Estratégia Militares conta como surgiram e se desenvolveram os bombeiros militares no Brasil.
Como surgiram os bombeiros militares no Brasil?
As primeiras tropas com características e atribuições semelhantes às dos bombeiros, surgiram na Marinha do Brasil, no final do século XVIII. Os constantes incêndios nas antigas embarcações de madeira fizeram com que a Força capacitasse profissionais voltados ao combate de incêndios.
Nessa época, o serviço de extinção de incêndio na cidade do Rio de Janeiro – então capital do Brasil – ficava a cargo dos funcionários da repartição de obras públicas que, ao ouvirem os sinais de fogo, corriam com baldes de lona cheios de água para tentar conter as chamas.
Esses momentos eram marcados pela participação da população que, muitas vezes, ajudava a combater as chamas. No entanto, muitos indivíduos também se aproveitavam da situação para furtar pertences das vítimas, algo que fazia a presença policial ser uma necessidade nas operações.
Com o crescimento da cidade, fez-se necessário a regulamentação de profissionais treinados e preparados para agir em situações de emergência.
O alvará de 12 de agosto de 1797
A partir da assinatura do alvará de 12 de agosto de 1797 pela Rainha Dona Maria I, o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), localizado na baía de Guanabara, ficou responsável pelo serviço de extinção de incêndios.
Abaixo, você pode conferir a íntegra do artigo XII do referido alvará. Nele, estão descritas as atribuições dos marinheiros responsáveis pela extinção de incêndios na cidade.
“Terão sempre promptas bombas, e todos os mais instrumentos necessários para se acudir promptamente não só aos incendios da Cidade, mas tambem aos do mar ”.
Esse documento é considerado um importante marco na história dos bombeiros militares brasileiros, visto que foi o primeiro documento que regulamentou e colocou sob responsabilidade do poder público a extinção de incêndios.
A participação de Dom Pedro II na história dos bombeiros
Anos mais tarde, em 02 de julho de 1856, Dom Pedro II, através do Decreto no 1.775, criou o Corpo Provisório de Bombeiros da Corte. Em homenagem a esse marco, no dia de 02 de julho é comemorado nacionalmente o Dia do Bombeiro, instituído pelo Decreto Federal nº 35.309, de 02 de abril de 1954.
Além disso, pela grande colaboração à institucionalização da corporação, D. Pedro II é reconhecido como Patrono dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil.
A partir desse momento, a extinção de incêndio na cidade do Rio de Janeiro ficou sob responsabilidade dos arsenais de Marinha, da Repartição das Obras Públicas e pelos africanos livres da Casa de Correção.
Sob o comando do Corpo Provisório de Bombeiros da Corte estava o Oficial Superior do Corpo de Engenheiros do Exército, Major João Baptista de Castro Moraes Antas. Ele foi o responsável por toda estruturação da recém criada corporação.
A principal fonte de inspiração para a construção do Corpo de Bombeiros Brasileiro foi o modelo francês. Tomando-o como base e adaptando-se à realidade brasileira, o Major Moraes Antas organizou o Corpo Provisório de Bombeiros da Corte em incríveis nove meses.
Ao final do período, a corporação contava com o efetivo de 130 homens, além do material de extinção de incêndios formado por:
- 15 bombas manuais;
- 240 palmos de mangueira de couro;
- 23 mangotes;
- 190 baldes de couro;
- 13 escadas diversas; e
- 02 sacos de salvação.
Estruturado, o Corpo Provisório de Bombeiros da Corte deixou de ser provisório no dia 30 de abril de 1860, por meio do Decreto Imperial nº 2.587.
Outro grande passo para o Corpo de Bombeiros da Corte foi dado em 1880, quando a Corporação passou a ser uma organização militar de fato. A partir daí, seus militares passaram a ser reconhecidos pelas suas graduações e respectivas insígnias. Antes disso, todos os Bombeiros eram tratados como soldados pelos outros militares.
Atualmente, os 26 estados e o Distrito Federal contam com Corpo de Bombeiros Militares próprios. Todas essas corporações representam uma grande oportunidade aos jovens que sonham em se tornar bombeiros militares.
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