2 de Julho: Fim da Guerra da Independência na Bahia
Antônio Parreiras: O Primeiro Passo para a Independência na Bahia, Palácio do Rio Branco, Salvador (BA).

2 de Julho: Fim da Guerra da Independência na Bahia

Apesar do dia 7 de setembro de 1822 ser conhecido como o dia da Independência do Brasil, ela só foi conquistada totalmente no dia 2 de julho de 1823, com o Fim da Guerra de Independência na Bahia. 

Pela tamanha importância desse episódio, tanto para o povo baiano, como para a história brasileira, o Estratégia Militares preparou um artigo que conta como aconteceu todo o processo de Independência do Brasil na Bahia. 

7 de setembro: a Independência do Brasil

A Independência do Brasil, diferentemente dos outros países da América do Sul, não foi marcada por grandes revoluções nacionais, e sim por guerras locais responsáveis por desenvolverem o nacionalismo e o patriotismo brasileiro. 

Como principais exemplos dessas manifestações, temos: Inconfidência Mineira (1789), Conjuração Baiana (1798) e Revolução Pernambucana (1817) 

O processo de independência brasileiro começou de fato com a vinda da Família Real para o Brasil, em 1808. Alguns anos após a chegada da corte, em 1815, o Brasil deixou de ser colônia portuguesa e passou a ter status de Reino Unido de Portugal e Algarves.

A ascensão à categoria de Império propiciou diversos avanços ao país, sobretudo nos aspectos financeiros, culturais e de infraestrutura. 

Em 1820, a Revolução Liberal do Porto fez com que Dom João VI tivesse que regressar ao território português, deixando seu filho, Dom Pedro I, como regente. 

Além da volta de Dom João à Europa, a Revolução Liberal do Porto também tinha como principais objetivos a recolonização do Brasil e a volta de Dom Pedro a Portugal. 

O medo da recolonização brasileira uniu latifundiários, comerciantes e até mesmo alguns portugueses que moravam no Brasil. Juntos, eles formaram o Partido Brasileiro a fim de buscar a Independência do país. 

Dentre as lideranças da organização estavam José Bonifácio, Cipriano Barata e Januário da Cunha Barbosa. O primeiro grande ato deles foi levar um abaixo assinado com mais de 8 mil assinaturas a Dom Pedro. 

O documento solicitava que o regente permanecesse no Brasil e enfrentasse a Corte e suas ordens. Ao ler o documento, Dom Pedro disse: “como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto: diga ao povo que fico”. Pela sua emblemática frase, o episódio ficou conhecido como o Dia do Fico.

A pressão da corte portuguesa era cada vez maior, mas Dom Pedro mantinha-se firme na postura de buscar a autonomia do país. Enquanto ele estava viajando em São Paulo, na busca de apoiadores, recebeu a informação de que a corte anulou suas decisões e ordenou sua volta a Portugal. 

Mediante a isso, no dia 7 de setembro de 1822, Dom Pedro, às margens do rio Ipiranga, proclamou a Independência do Brasil. Ao chegar no Rio de Janeiro, foi coroado como o primeiro Imperador do Brasil. 

A Guerra da Independência na Bahia

Apesar da declaração de Independência de Dom Pedro, houve muita resistência de portugueses em várias partes do país. O processo de Independência dependia, sobretudo, da expulsão das tropas portuguesas. 

Na Bahia, o processo de resistência portuguesa já existia antes mesmo da eminente declaração de Independência de Dom Pedro. As tropas lusas que se encontravam na Bahia estavam sob o comando do Brigadeiro Inácio Luís Madeira de Melo.

Em fevereiro de 1822, já temendo reações populares contra sua tropa, ele decidiu reafirmar sua presença na região, atacando tropas de militares nativos e invadindo casas de moradores. 

Guerra de Independência na Bahia

Apesar da vantagem lusa no momento inicial, o número de pessoas que lutava contra as tropas portuguesas na região crescia cada vez mais. Grande parte da população se mobilizou, inclusive Maria Quitéria de Jesus, que viria a se tornar Patrono do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro.

Ela se disfarçou de homem, sendo descoberta logo em seguida. No entanto, devido às suas habilidades e aptidão à vida militar, foi incorporada às tropas nativistas. 

Os confrontos tomaram as regiões da Cachoeira, cidades do Recôncavo Baiano e, até mesmo, Salvador. 

Somente no dia 2 de julho de 1823, as tropas portuguesas foram derrotadas. Diante de toda luta ocorrida no local, a data se tornou feriado baiano, em que é comemorado o “Dia de Independência da Bahia”.

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