Os três primeiros submarinos da Marinha do Brasil começaram a funcionar oficialmente no dia 17 de julho de 1914. Fazendo alusão a esse episódio, a data foi escolhida como o Dia do Submarinista.
Nesse post, o Estratégia Militares conta um pouco da história dos submarinos da Força Naval, além de abordar qual a situação atual do Projeto de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB).
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O que é um submarino?
Os submarinos são embarcações que possuem a capacidade de navegar de forma totalmente submersa em profundidades bem superiores às alcançadas por mergulhadores, podendo ficar abaixo do nível do mar por meses.
Esse tipo de embarcação é muito utilizada tanto no meio militar como no civil. Por navegarem de forma oculta, os submarinos representam muita vantagem e impõe respeito no cenário militar.
Além das situações de conflito armado, os submarinos são fundamentais em pesquisas científicas marinhas devido à dificuldade encontrada no acesso a esses locais.
Há vários tipos de submarinos destinados às mais diversas finalidades. Podemos observar desde embarcações simples que comportam duas pessoas a embarcações super equipadas que comportam mais de 100 tripulantes.
Além disso, podemos classificá-los observando o combustível usado para o seu funcionamento. Atualmente, existem submarinos de propulsão diesel-elétrica e submarinos de propulsão nuclear.
Submarinos de propulsão diesel-elétrica
Os submarinos de propulsão diesel-elétrica, também conhecidos como submarinos convencionais, foram usados pela primeira vez em situação de conflito armado, na Primeira Guerra Mundial.
O motor a diesel é o responsável por fazer a embarcação funcionar, visto que gera toda a energia elétrica usada na locomoção do submarino. Contudo, vale ressaltar que ele possui uma desvantagem, em comparação ao outro modelo que veremos: a sua autonomia.
Isso porque o motor a diesel só consegue carregar as baterias quando está na superfície, pois precisa de oxigênio.
Essa dependência obriga o submarino a vir à superfície constantemente a fim conseguir oxigênio para recarregar suas baterias, o que gera a perda de uma de suas principais vantagens em situações de conflito: a discrição.
Tal fato faz com que essas embarcações sejam usadas sobretudo em áreas litorâneas e outros lugares onde não é necessário se manter oculto por muito tempo.
Submarinos de propulsão nuclear
Os submarinos de propulsão nuclear são verdadeiros avanços em relação aos submarinos convencionais.
A primeira e principal vantagem é a geração de energia, já que, nesse caso, não é necessário a captação de oxigênio no processo. Nos submarinos de propulsão nuclear, a energia é gerada por meio da quebra de núcleos atômicos.
A elevada autonomia dessa embarcação faz com que ela consiga manter sua discrição por muito mais tempo. Além disso, a velocidade alcançada pelos submarinos de propulsão nuclear é superior, bem como a profundidade alcançada.
É importante dizer que não há só vantagens nos submarinos de propulsão nuclear. A embarcação tem como característica fazer muito barulho no seu processo de produção de energia, o que, em situações de guerra, pode acabar denunciando a sua posição.
Todas essas características fazem do submarino com tecnologia nuclear um projeto muito mais caro e complexo do que um submarino convencional, tomando como base não só os equipamentos, mas também a mão de obra extremamente qualificada.
Os primeiros submarinos da Marinha do Brasil
A Marinha do Brasil iniciou o planejamento para ter seus próprios submarinos no final do século XIX, quando lançou o Programa de Construção Naval. O projeto foi criado e liderado pelo então Ministro da Marinha, o Almirante Alexandrino Faria de Alencar.
No ano de 1910, a Força Naval brasileira encomendou três submarinos de propulsão diesel-elétrica à Itália. Os submarinos foram entregues entre os anos de 1913 e 1914, quando receberam seus nomes: F1, F2 e F3. Juntos, eles formavam a classe “Foca”.
O dia 17 de julho de 1914 representa o dia em que os primeiros submarinos da Força iniciaram suas atividades. A importância desse episódio fez com que a Marinha escolhesse justamente essa data para celebrar o Dia do Submarinista.
Esses submarinos ajudaram a Força Naval brasileira durante 20 anos. Em 1938, os cascos das embarcações foram usados nos alicerces e pilares da ponte de escalares da Escola Naval.
Projeto de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil
O Projeto de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) é um programa da Marinha do Brasil em parceria com a França que tem se desenvolvido principalmente na unidade da Força localizada na cidade de Itaguaí (RJ). Ele visa o desenvolvimento e construção de submarinos convencionais e nucleares.
O programa começou em 2008 e já conta com projetos concluídos e outros bem encaminhados. O primeiro a ser concluído foi o submarino Riachuelo, lançado ao mar em 2018.
Em seguida, foi finalizada a construção do submarino Humaitá e iniciada sua bateria de testes. Os dois projetos concluídos até então são submarinos de propulsão diesel-elétrica.
O Álvaro Alberto, primeiro submarino nuclear brasileiro, ainda está em fase de desenvolvimento. Seu nome homenageia o Almirante responsável pela implementação do programa nuclear brasileiro.
Ele representará um significativo avanço em relação aos convencionais construídos pelo programa, visto que será mais veloz, terá mais autonomia e conseguirá comportar cerca de 100 tripulantes.
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