No dia 11 de novembro de 1918 foi assinado o Armistício de Compiègne, documento que oficializou a rendição alemã e pôs fim à Grande Guerra. Nesse post, você saberá quais fatores levaram o confronto a esse episódio e quais foram as consequências da assinatura deste acordo.
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O que foi a Primeira Guerra Mundial?
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) representou o maior conflito bélico que a humanidade tinha visto até então. O confronto entre as principais potências da época foi motivado por diversos fatores originados no século XIX.
Dentre eles, temos a rivalidade criada entre as potências imperialistas europeias. Inglaterra, França e Alemanha eram os países que mais tinham colônias no mundo e, como não havia nenhum acordo internacional que regulamentasse a exploração de colônias, criou-se muita disputa entre essas nações.
Vale ressaltar que, a recém-unificada Alemanha era o país que tinha menos colônias, no entanto, figurava entre as potências europeias por ser a maior produtora de aço e de armas no mundo, o que colocava em risco a hegemonia inglesa no velho continente.
Além da ameaça à Inglaterra, os alemães também não eram bem vistos pela França, contra quem já tinham batalhado diversas vezes – com vitória da Alemanha. Das derrotas francesas surgiu o movimento que ficou conhecido como Revanchismo Francês.
Outro fator que intensificou a rivalidade entre os países e, de certa forma, legitimou a guerra, foi o nacionalismo exagerado que contaminou a Europa. No início da guerra, a população comprou a ideia, já que confiavam no seu potencial e acreditavam que seria um confronto que se resolveria rapidamente.
Ademais, nesse contexto de tensão no início do século XX, muitos dos impérios europeus almejavam anexar outros territórios que julgavam ser importantes e semelhantes etnico-culturamente. Claramente, muitos desses foram motivo de disputa entre as potências já citadas.
A Paz Armada e o início da Guerra
Muitos historiadores chamam esse período de tensão pré-guerra de “Paz Armada”. Nesse cenário de rivalidade crescente, todos os países envolvidos em disputas e tensões na Europa sabiam que possivelmente um grande conflito armado poderia acontecer.
Diante disso, a década de 1900 foi marcada por uma grande corrida armamentista, na qual os países buscaram, sobretudo, aumentar suas indústrias bélicas e alavancar seu efetivo militar.
Além disso, o momento marcou o fechamento de alianças entre nações que lutariam no mesmo lado na Primeira Grande Guerra.
A princípio, a Alemanha se juntou ao Império Austro-Húngaro e à Itália, formando a Tríplice Aliança. Posteriormente, Inglaterra, França e Rússia uniram-se formando a oposição, chamada de Tríplice Entente.
Em meio a diversas disputas e muita tensão, os historiadores apontam a morte de Francisco Ferdinando, herdeiro do Império Austro-Húngaro como o principal fator para o início da batalha.
Logo após a morte, o Império Austro-Húngaro declarou guerra à Sérvia. Assim, iniciou-se uma série de episódios encadeados, impulsionados pelo sistema de alianças firmado anos antes pelas potências europeias.
Unindo-se à Sérvia, a Rússia colocou seus exércitos contra o Império Austro-Húngaro. Dias depois, a Alemanha declarou guerra à Rússia e à França. Para tanto, os alemães invadiram a Bélgica que, até então, era um país neutro. A invasão ao território belga enfureceu a Inglaterra que declarou guerra à Alemanha.
Principais acontecimentos da Primeira Guerra Mundial
Logo no início do conflito, a Itália deixou a Tríplice Aliança e se uniu à Entente, visto que jamais apoiaria um ataque à Inglaterra.
O sentimento de euforia da população motivava as tropas que se lançavam aos campos de batalha em uma guerra marcada pela pouca movimentação dos exércitos, algo que pode ser observado, pouco depois, nas conhecidas “guerras de trincheiras”.
Entretanto, pouco depois, graças à fome, à destruição e às doenças, o povo clamava por paz. A ação mais expressiva do povo pôde ser vista na Rússia, onde a população contrária à guerra iniciou um movimento que ficou conhecido como Revolução Russa, o que fez o país deixar o conflito em 1917.
Também em 1917, outro fator mudou os rumos da guerra. A entrada dos EUA no combate ao lado da Tríplice Entente desequilibrou o conflito e fez com que os países opostos ao grupo começassem a se entregar.
O Armistício da Primeira Guerra Mundial
O povo alemão, assim como o Russo, não suportava mais a guerra e, por isso, iniciou a Revolução Popular Alemã, fazendo com que o governo do Kaiser Guilherme II caísse. A partir daí, começou-se a arquitetar como se daria o fim da Guerra.
Finalmente, no dia 11 de novembro, às 5h da manhã, foi assinado o Armistício de Compiègne, que acordava o cessar fogo do conflito.
Assim como em qualquer guerra, o saldo foi extremamente negativo. Além da destruição física da Europa, da fome, das epidemias, o número de mortes foi assustador: quase 10 milhões de militares.
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