O Dia da Esquadra é uma das mais importantes datas da força naval. Se você tem o sonho de ingressar nas escolas de preparação e formação da Marinha, confira esse artigo que o Estratégia Militares preparou para você!
A criação da esquadra brasileira ocorreu oficialmente no dia 10 de novembro de 1822, mesmo ano da Independência do país. Sua função era combater as forças navais portuguesas que se opunham ao movimento. O Capitão de Mar e Guerra Luís da Cunha Moreira, Visconde de Cabo Frio, foi o primeiro brasileiro nato a ser nomeado como Ministro da Marinha do Brasil Independente.
Nesse mesmo dia, o pavilhão nacional foi içado pela primeira vez em um navio de guerra brasileiro, a Nau “Martim de Freitas”. Ela foi posteriormente rebatizada de Nau “Pedro I”, o primeiro navio Capitânia da Esquadra.
A Marinha do Brasil é o órgão do Ministério da Defesa responsável pela defesa da soberania brasileira e do nosso litoral marítimo e fluvial. O poder marítimo está totalmente ligado ao desenvolvimento socioeconômico do país, por meio dos elementos representativos desse poder, como:
- A Marinha Mercante;
- A infraestrutura hidroviária;
- Indústria naval e bélica;
- A indústria de pesca;
- Os setores de pesquisa e produção de tecnologia;
- O efetivo humano; e
- O poder naval.
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O que significa Esquadra na Marinha?
Na Marinha do Brasil, o termo Esquadra é utilizado para designar todo o conjunto de instrumentos e meios de operações disponíveis à força naval. Estão incluídos as embarcações e os vetores aéreos e terrestres que permitem a mobilidade e o cumprimento de sua missão principal.
Para um melhor controle e operacionalidade, a Esquadra é dividida em forças que operam de acordo com as unidades designadas. Dentre elas destacam-se:
- Comando de Força de Superfície (ComForSup);
- Comando de Força de Submarinos (ComForS);
- Comando de Força Aeronaval (ComForAerNav);
- Comando em Chefe de Esquadra (ComemCh);
- Comando da Primeira Divisão da Esquadra (ComDiv-1);
- Comando da Segunda Divisão da Esquadra (ComDiv-2); entre outros.
O poder naval compreende os meios navais, aeronavais e os fuzileiros navais, além de suas bases e posições de apoio, com suas estruturas de comando e controle, logística e administração. A Esquadra da Marinha busca a efetividade de suas operações por meio da execução de algumas características, como:
- A mobilidade de deslocamentos rápidos e a grandes distâncias;
- A permanência em operações contínuas em regiões remotas;
- A versatilidade, que possibilita a execução de muitas tarefas; e
- A flexibilidade, a qual é a capacidade de organização de operações de diferentes particularidades.
Quem comanda a esquadra?
A Esquadra na Marinha do Brasil pode ser comandada por um oficial-general, seja ele almirante de esquadra, vice-almirante ou contra-almirante. Esse nível de comando depende do tipo de operação a ser realizada.
Além disso, a Esquadra pode ser dividida também em divisões. Cada uma delas tem um propósito específico, de acordo com os equipamentos que serão operados. Atualmente, a Marinha do Brasil possui diversas embarcações disponíveis para realizar suas missões, sendo elas:
Navio-Aeródromo Multipropósito
- A140 – “Atlântico”;
Fragatas
Classe Niterói
- F41 – “Defensora”;
- F42 – “Constituição”;
- F43 – “Liberal”;
- F44 – “Independência”; e
- F45 – “União”.
Classe Greenhalgh
- F49 – “Rademaker”.
Corveta
Classe Inhaúma
- V32 – “Júlio de Noronha”; e
Classe Barroso
- V34 – “Barroso”.
Submarinos
Classe Tupi
- S30 – “Tupi”;
- S31 – “Tamoio”;
- S32 – “Timbira”;
- S33 – “Tapajó”;
Classe Tikuna
- S34 – “Tikuna”;
Navio de Socorro Submarino
- K120 – “Guillobel”;
Navio de Desembarque de Carros de Combate
- G25 – “Almirante Saboia”;
- G28 – “Mattoso Maia”;
Navio Doca Multipropósito
- G40 – “Bahia”;
Navio Tanque
- G23 – “Almirante Gastão Motta”
Como a Marinha foi criada?
A história do dia da Esquadra da Marinha inicia-se com a transferência da corte portuguesa para o Brasil. No dia 11 de março de 1808, foi instalado no Brasil o Ministério dos negócios da Marinha e Ultramar, o qual contava com diversos órgãos, como o Quartel-General da Armada, a Intendência e Controladoria, o Hospital da Marinha, dentre outros.
Enquanto ainda estava sob o controle da corte portuguesa no Brasil, a Marinha participou de dois grandes conflitos: a invasão da Guiana Francesa, em 1808, e a tomada do Rio da Prata, em 1816.
Criação oficial da Marinha do Brasil
A Independência do Brasil trouxe consigo inúmeras mudanças. O domínio do mar se tornou importante para garantir a unidade territorial e a independência em si. Assim, a Marinha teve que ser formada “às pressas” e sua criação foi oficializada no dia 10 de novembro de 1822.
Nesse processo, os navios deixados pelos portugueses foram incorporados, formando-se assim a primeira esquadra efetivamente brasileira.
Após a Independência, houve dois momentos em que a Esquadra da Marinha teve protagonismo. Um deles foi durante a tentativa de emancipação de Pernambuco, na Confederação do Equador.
Participação da Marinha na Confederação do Equador
Para conter os rebeldes no Nordeste, o governo enviou a esquadra, comandada pelo Lorde Cochrane, juntamente com a Brigada do Exército Imperial. As tropas desembarcaram em Alagoas e seguiram por terra, enquanto a esquadra impôs um bloqueio naval à cidade de Recife. Os rebeldes foram derrotados em setembro de 1824.
Participação da Marinha na Guerra da Cisplatina
Outro conflito no qual a Marinha teve grande participação foi na Guerra da Cisplatina, entre 1825 e 1828. O Brasil foi derrotado nesse embate por uma confluência de fatores. Entre eles estava o fato dos argentinos conhecerem melhor a área das operações, o Rio do Prata.
Além disso, a principal base de operações do Brasil era o Rio de Janeiro, muito distante do local do conflito.
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