O dia 5 de maio é uma data especial para o Exército Brasileiro: celebra-se o Dia das Comunicações, uma homenagem à importância estratégica das comunicações militares e ao nascimento do marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, patrono das Armas de Comunicações do Exército.
A data não apenas reconhece o papel vital das tecnologias de informação e transmissão nos cenários de defesa nacional, mas também reverencia a figura histórica de Rondon — símbolo de dedicação à pátria, integração nacional e respeito aos povos indígenas.
Neste artigo, você vai conhecer a trajetória da Arma de Comunicações no Exército, a vida e o legado do Marechal Rondon e as modernas aplicações da tecnologia militar no Brasil contemporâneo. Saiba tudo a seguir!
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A Arma de Comunicações do Exército Brasileiro
Origens e evolução
As comunicações sempre foram parte essencial das operações militares. Desde os tempos coloniais, a transmissão de ordens, informações e relatórios definia o sucesso ou fracasso de uma missão.
No Brasil, a Arma de Comunicações surgiu formalmente no século XX, mas suas raízes remontam ao século XIX, com os serviços de telegrafia e sinais visuais utilizados por tropas em campanhas militares.
Em 1907, com a criação da Comissão Rondon, o Brasil deu um grande salto em infraestrutura de comunicações, conectando regiões remotas do território por meio de linhas telegráficas.
Já no século XX, a Arma de Comunicações se consolidou com a evolução dos meios tecnológicos — do telégrafo ao rádio; do rádio à transmissão digital.
Missão e importância estratégica
A missão da Arma de Comunicações é garantir a integridade, a segurança e a eficiência no fluxo de informações militares em todos os níveis operacionais. Isso envolve a instalação de redes de dados, rádios de campanha, comunicação satelital, guerra eletrônica e sistemas de comando e controle (C²).
As unidades de comunicações estão presentes em todo o território nacional, assegurando que tropas, comandos e autoridades tenham contato direto mesmo em ambientes adversos ou isolados. Durante operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), desastres naturais ou missões internacionais, o papel das comunicações é decisivo.
Centro de Instrução de Guerra Eletrônica (CIGE)
Um dos grandes centros de excelência do Exército é o CIGE, localizado em Brasília (DF). Ele oferece capacitação em guerra eletrônica, defesa cibernética e comunicações seguras, formando especialistas capazes de operar e desenvolver sistemas avançados, indispensáveis para a soberania digital do país.
A vida e o legado do Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon
Infância e formação
Nascido em 5 de maio de 1865, no estado de Mato Grosso, Cândido Mariano da Silva Rondon veio de uma origem humilde, com raízes indígenas e mestiças. Desde cedo, destacou-se pela inteligência e dedicação aos estudos, ingressando no Exército e, posteriormente, cursando a Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro.
Rondon formou-se engenheiro militar e foi um dos primeiros a defender o uso da ciência e da tecnologia como ferramentas para o progresso nacional e integração do território.
A Comissão Rondon e os povos indígenas
Entre os feitos mais notáveis do marechal está a famosa Comissão Rondon, criada para instalar linhas telegráficas que ligassem o interior do país ao restante do território nacional. Rondon percorreu milhares de quilômetros pelas matas e rios do Brasil, desbravando regiões inexploradas e fazendo contato pacífico com diversas etnias indígenas.
Sua postura de respeito e proteção aos povos originários ficou famosa com o lema: “Morrer se preciso for, matar nunca.” Rondon é considerado um dos fundadores do indigenismo brasileiro e símbolo da conciliação entre progresso e dignidade humana.
Reconhecimento e legado histórico
Rondon foi promovido a marechal em 1955, tornando-se o primeiro brasileiro de origem indígena a atingir tal posto. Faleceu em 1958, aos 92 anos, deixando um legado que transcende a carreira militar. Sua atuação como cientista, sertanista, engenheiro e defensor dos direitos humanos ainda inspira gerações.
Em sua homenagem, o Exército o proclamou Patrono das Comunicações em 1958. Seu nome batiza instituições civis e militares, rodovias, municípios e o próprio Estado de Rondônia. Também foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz.
Comunicações no Século XXI e o Futuro das Operações Militares
Modernização tecnológica e defesa cibernética
No século XXI, a Arma de Comunicações do Exército Brasileiro se adaptou às novas realidades da guerra cibernética, da inteligência artificial e da criptografia. As comunicações seguras são prioridade em um mundo onde a informação é o principal ativo estratégico.
Os centros de defesa cibernética do Exército integram operações contra ataques virtuais, espionagem digital e sabotagem de infraestrutura crítica. A interoperabilidade entre as três Forças Armadas é outro foco importante, com plataformas integradas de comando e controle.
Exercícios conjuntos e participação internacional
As tropas de comunicações participam ativamente de exercícios militares nacionais e internacionais, como a Operação Amazônia, a Operação Panamax e treinamentos da OTAN. Nessas operações, os especialistas brasileiros testam e aprimoram sistemas de comunicação de alta complexidade, sob diferentes cenários de combate e apoio logístico.
Formação e oportunidades de carreira
A Arma de Comunicações oferece uma carreira sólida e desafiadora para aqueles que desejam atuar na interseção entre tecnologia e defesa. A formação pode se iniciar em escolas militares como a EsPCEx ou a Escola de Sargentos, passando por centros de especialização e formação continuada.
Profissionais das comunicações são essenciais para todas as missões do Exército — da logística à inteligência, da cibersegurança às ações humanitárias. A excelência técnica e o espírito de corpo são valores cultivados diariamente.
O Dia das Comunicações
O Dia das Comunicações, celebrado em 5 de maio, é uma data que representa o elo entre o passado e o futuro do Exército Brasileiro. Ao homenagear o nascimento do marechal Rondon, reverenciamos um herói nacional que soube unir ciência, humanidade e patriotismo.
Ao reconhecer a importância das comunicações militares, exaltamos os profissionais que garantem a soberania digital e a integração nacional, mesmo nos contextos mais desafiadores.
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