Curso de cavalaria: importância, cursos e mais!

Você tem o sonho de ingressar no curso de cavalaria do Exército Brasileiro, mas não conhece ou tem dúvidas sobre a arma de cavalaria? Então, confira esse artigo que o Estratégia Militares preparou para você!

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O que é a cavalaria?

A cavalaria é uma das armas-base do Exército Brasileiro (EB). Ou seja: ela é um dos pilares que sustentam a Força no combate. Atualmente, é composta pelos blindados, que são os tanques de guerra destinados à longa permanência no campo de batalha, em missões externas ou internas e de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

O cavalo também faz parte da arma. Porém é menos utilizado no campo de batalha, devido à evolução dos carros de combate e ao avanço tecnológico.

Origem do termo cavalaria

O termo cavalaria é originado do sânscrito “akva”, que significa “combater em vantagem de posição”. A história relata que os primeiros animais utilizados nos campos de batalhas foram os elefantes. Porém, a baixa velocidade desenvolvida pelo animal o tornou obsoleto.

Assim, o cavalo foi uma das primeiras evoluções dos exércitos nas guerras, por ser um animal mais veloz e proporcionar o deslocamento rápido, além de ser mais fácil de se manter. Mas, assim como os elefantes, o cavalo tornou-se obsoleto e foi substituído pelos blindados. Contudo, a arma ainda é muito associada a eles.

Atualmente, os veículos blindados são os que fornecem a vantagem de posição nos terrenos. Eles desenvolvem maiores velocidades e dão maior proteção à tropa e aos militares operadores por meio da blindagem e dos armamentos que carregam.

Qual a importância do cavalo na cavalaria?

O cavalo representa as tradições da cavalaria. Ele é um meio de desenvolvimento da personalidade e das qualidades que o militar desta arma deve ter. Todos os militares de cavalaria tem a oportunidade de praticar a equitação, a fim de que seja desenvolvido diversos atributos, como:

Iniciativa;
Coragem; e
Determinação.

Como é o curso de cavalaria na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) ?

Na AMAN, os cadetes passam por duas vertentes de ensino: o acadêmico e as instruções militares. O ensino acadêmico oferecido pela AMAN se dá por meio de aulas ministradas por militares da ativa, da reserva e civis, todos altamente qualificados.

As instruções militares compõem o currículo de formação dos cadetes e visam capacitá-los para liderarem as tropas. Elas têm ainda o objetivo de oferecer a oportunidade de aplicação das táticas e das técnicas aprendidas ao longo do curso acadêmico.

Durante os cinco anos de formação na AMAN, o cadete estudará diversos assuntos, tendo destaque:

1º ano

Idiomas (Inglês e Espanhol);
Economia;
Estatística;
Filosofia;
Introdução à Pesquisa Científica (IPC);
Informática;
Língua portuguesa;
Técnicas militares;
Química;
Tiro; e
Treinamento físico militar (TFM).

Durante o primeiro ano, o cadete frequenta o curso básico, que visa a formação essencial do combatente. Também ocorre a solenidade de entrega dos espadins, que representa o símbolo da honra militar.

Ao fim do ano letivo, o cadete é encaminhado para a Arma, o Quadro ou o Serviço de sua preferência, de acordo com a classificação obtida no acumulado das notas das avaliações aplicadas ao longo do ano.

2º ano

Direito;
Psicologia;
Idiomas (Inglês e Espanhol);
História Militar do Brasil;
História Militar Geral;
Técnicas militares;
Emprego tático;
Tiro; e
Treinamento físico militar.

No segundo ano de Academia, o cadete é integrado à Arma de Cavalaria e passa a cumprir toda a grade acadêmica e de instruções militares como cavalariano.

3º ano

Metodologia do Ensino Superior;
Direito Penal Militar;
Idiomas (Inglês e Espanhol);
Técnicas militares;
Emprego tático;
Tiro; e
Treinamento físico militar.

O terceiro ano é marcado pelo aprofundamento dos estudos, principalmente por abordar o direito penal militar e as técnicas militares. Também é o ano em que os cadetes começam a se preparar para a Manobra Escolar, o maior exercício militar da AMAN, que acontece no último ano de formação.

4º ano

Estágio prático supervisionado;
Práticas militares;
Direito administrativo;
Administração;
Direito penal militar;
Relações internacionais;
Emprego tático;
Tiro; e
Treinamento físico militar.

O quarto ano é o mais esperado pelo cadete. Afinal é o de conclusão do curso. O último ano é marcado pela realização de exercícios conjuntos com as outras armas da Academia e pelo Estágio de Preparação Específica (EPE), onde o cadete participa do cotidiano de uma unidade da arma de cavalaria.

Também são realizados diversos intercâmbios com outras academias militares de nações amigas, como os Estados Unidos, a Argentina, o Uruguai, entre outros, a fim de promover o enriquecimento cultural do cadete.

Ao final do quarto ano, o cadete é declarado aspirante a oficial, devolvendo o Espadim e empunhando definitivamente a Espada de oficial do Exército Brasileiro, na formatura de conclusão de curso.

Após os cinco anos de formação, o Aspirante a oficial da Arma de Cavalaria recebe o diploma de graduação de bacharel em Ciências Militares e é encaminhado às unidades de cavalaria do Exército no território nacional.

O aspirante que se forma na AMAN em primeiro lugar geral de sua turma recebe como recompensa uma viagem, com duração de seis meses, a bordo do navio-escola Brasil, da Marinha do Brasil. Assim, o aspirante visita diversos países amigos da nação brasileira, além de receber premiações em dinheiro de empresas colaboradoras do Exército.

Como é o curso de cavalaria na Escola de Sargentos das Armas (ESA) ?

O curso de cavalaria na ESA é iniciado após o término do período básico, no qual são apresentadas ao aluno as possibilidades de escolha das Armas, Quadros ou Serviços que ele poderá integrar-se de acordo com sua classificação no período básico.

O período de qualificação ocorre nas instalações da ESA, em Três Corações, em Minas Gerais, e dura cerca de 43 semanas. Durante o período de formação, o aluno é capacitado à:

Dirigir, no nível tático, operações militares em situações de paz, crise e guerra em qualquer ambiente terrestre;
Supervisionar a guarda, a segurança e a defesa de instalações militares, proteção de instalações de infraestruturas críticas, operações de reconhecimento, de proteção e de inteligência, bem como a busca, o resgate e o salvamento de pessoas e equipamentos;
Planejar a execução e coordenar grupo de pessoas em operações de combate, em manutenção da ordem e em apoio à Defesa Civil;
Diagnosticar situações de riscos de segurança;
Implantar, fiscalizar e supervisionar planos de segurança e prevenção de acidentes;
Gerenciar pessoas; e
Vistoriar, realizar perícia, avaliar, emitir laudo e parecer técnico.

Durante o curso, os alunos da Arma de Cavalaria têm a oportunidade de praticar a equitação, bem como ter instruções teóricas e práticas nos carros blindados. Além disso, eles têm instruções de tiro e de sobrevivência por meio dos cursos e estágios operacionais – selva, montanha, caatinga, pantanal, cerrado, paraquedista militar – entre outros.

Ao fim das 43 semanas do curso, o aluno recebe o diploma de ensino superior tecnológico e é declarado terceiro-sargento do Exército Brasileiro, sendo distribuído para as unidades do Exército em território nacional de acordo com a sua classificação geral.

Quem é o patrono da cavalaria?

O patrono da Cavalaria é o Marechal Luís Osório, nascido na Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arroio. Atualmente, ela corresponde às cidades de Osório e de Tramandaí, localizadas a leste de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Você pode conferir a biografia completa do Marechal Luís Osório aqui no blog do Estratégia Militares.

Agora que você já sabe sobre o curso de Cavalaria do Exército Brasileiro, confira as aulas preparatórias para as carreiras do Exército do Estratégia Militares! Não deixe de conferir também o blog do Estratégia Militares! Assim você fica por dentro dos assuntos militares e garante a sua aprovação! Vem ser coruja!

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