As civilizações clássicas: Esparta, política e a organização social!

As civilizações clássicas: Esparta, política e a organização social!

Esparta era muito além das contribuições políticas, artísticas, científicas e filosóficas. Os espartanos carregavam consigo valores inerentes as civilizações orientais, como a Mesopotâmica, Egípcia, Persa, Assíria, entre outras, as quais também integraram, de maneira indireta, a composição cultural do Ocidente.

Confira nesse artigo, que o Estratégia Militares preparou para você, mais informações sobre a sociedade de Esparta.

Os gregos não formaram um governo unificado, ou seja, um único Estado, mas se organizavam em várias cidades-estados, que ficaram conhecidas como polis. A polis representava cada pequena região do território, com sua população, e possuía autonomia política com um governo independente. 

Esparta

Localizada na Grécia Peninsular, a cidade de Esparta desenvolveu um modelo militarista de organização. Esse tipo de formação se deu devido às constantes guerras de conquista e de expansão do território espartano. 

Numericamente inferiores aos habitantes nativos das regiões conquistadas, os chamados esparcistas foram obrigados a impor uma organização social rígida, por meio da qual poderiam manter seus privilégios.

A sociedade espartana era constituída de três categorias altamente rígidas, sem grandes possibilidades de mudanças entre elas. Os esparciatas compunham a nobreza e exerciam absoluto controle sobre as demais camadas da população por meio de um rigoroso domínio das instituições políticas e econômicas. 

Para tanto, os esparciatas moldavam, desde cedo, seus filhos para a atividade militar e para a defesa dos interesses do grupo e da polis. Cada esparciata era um excelente guerreiro, uma vez que eram preparados desde os sete anos para as funções militares por meio de uma intensiva e extenuante educação, implementada pelo Estado.

Suas vidas eram dedicadas à comunidade espartana, participando das assembleias ou exercendo as magistraturas.

Esparciatas

Aos sete anos de idade, os esparciatas eram enviados para a caserna – local de treinamento – onde eram adestrados às atividades militares. Aos 18 anos de idade, passavam pela Cripteia – espécie de teste para atestar a capacidade adquirida nos anos da caserna. Já aos 30 anos, os esparciatas recebiam a autorização de migrarem para a cidade de Esparta e contrair casamento.

Periecos

Os periecos, que viviam nos arredores da polis, região periférica denominada perioikis, eram homens livres sem qualquer direito político. Entretanto, possuíam o direito à propriedade e destacavam-se na vida econômica espartana, dedicando-se, sobretudo, às atividades comerciais e artesanais.

Hilotas

Os hilotas eram descendentes das populações nativas dominadas pelos esparciatas a partir das guerras de expansão do território espartano. A situação social desse grupo constitui um exemplo da diversidade do escravismo antigo, pois eles eram considerados servos do Estado espartano.

Embora não estivessem vinculados direta ou pessoalmente a um senhor, os hilotas serviam ao Estado por meio das terras nas quais trabalhavam em benefício do senhor. Os hilotas não possuíam cidadania e só podiam ser libertados pelo Estado, ou seja, os esparciatas não podiam vendê-los ou tirá-los da terra que ocupavam.

Organização política de Esparta

O poder na polis era reservado aos esparciatas, ou seja, uma minoria de aristocratas. Os atenienses criaram uma palavra para designar um governo como o de esparta exercido pela minoria da população, denominado de oligarquia, que quer dizer “governo de poucos”.

A palavra foi pensada para se opor ao regime de Atenas, que era exercido pela maioria daqueles considerados como povo – demos: a democracia. A estrutura política espartana se caracterizava pela seguinte forma:

Eforado

O eforado era um conselho constituído de cinco membros eleitos anualmente pela Assembleia (Apella). O Eforado era o que de fato detinha o poder, exercendo-o sobre as finanças públicas, a convocação e presidência da Apella e sobre a ordem interna das reuniões.

Diarquia

A diarquia era exercida por dois reis espartanos, e esses eram os representantes oficiais da cidade junto aos deuses, encarregando-se de oferecer os sacrifícios e de mediar as consultas aos oráculos. 

Durante as guerras, eles adquiriam poderes governamentais que não possuíam em tempos de paz, sendo considerados, portanto, chefes supremos do Exército. Por isso, eles exerciam o direito de decidir sobre a vida e morte de todos os habitantes da polis.

Gerúsia

A gerúsia, também chamada de Conselho dos Anciões, era composta por 28 membros com idade superior a 60 anos – incluindo os reis, que exerciam a presidência. A principal atribuição dos gerontes era exercer a política exterior da polis. 

Além disso, elaboravam os projetos de lei que seriam submetidos à apreciação da Assembleia geral dos cidadãos e atuavam como juízes no julgamento de crimes graves, como homicídios, alta traição, e nos processos de atimia – perda dos direitos políticos.

Apella

A apella era composta por todos os esparciatas maiores de trinta anos, que exerciam uma função consultiva. 

Convocada pelos éforos, a apella limitava-se a ouvir a exposição que eles faziam, externando depois, por aclamação, sua opinião a respeito dos assuntos em pauta. Essa opinião, contudo, não tinha qualquer caráter legislativo, podendo ser acatada ou não pelos éforos.

Deve-se destacar também que a organização militar de Esparta tornou-se a mais poderosa da Grécia. A infantaria espartana era conhecida por ser invencível e poucos exércitos conseguiam impedir seus ataques. No fim do século VI a.C., todo o Peloponeso foi dominado pelos espartanos.

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