As civilizações clássicas: Grécia, origem, características e mais!

As civilizações clássicas: Grécia, origem, características e mais!

A Grécia é o berço do modo como a sociedade atual raciocina. As associações de ideias e expressões, bem como a lógica que norteia as atitudes e comportamentos diante da vida, tem suas raízes na chamada cultura ocidental clássica, também conhecida como cultura greco-romana.

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Um dos valores que caracterizou a sociedade grega foi sua dedicação à causa da liberdade. Além disso, a crença  na nobreza das realizações humanas também se apresenta como importante característica dessa sociedade, que, essencialmente racionalista, exaltava o espírito de livre-exame.

Devido a esse espírito, ainda hoje o pensamento filosófico baseia-se nos ensinamentos deixados por grandes pensadores gregos como Platão e Aristóteles. 

A democracia ateniense, o teatro grego – que é a semente da dramaturgia atual – e os jogos olímpicos são outros três exemplos da influência dos gregos no mundo contemporâneo.

A civilização da Grécia Antiga

Para melhor compreensão dos períodos referentes à Grécia Antiga, a história dessa civilização é dividida em cinco períodos:

  • Pré-homérico;
  • Homérico;
  • Arcaico;
  • Clássico; e 
  • Helenístico.

Pré-homérico

Período entre os séculos XX a.C. e XII a.C., foi o momento de formação das sociedades cretenses e micênicas, que alcançaram notável desenvolvimento. Também foi o período de invasões dos povos aqueus, eólios e jônios.

Homérico

Período entre os séculos XII a.C. e VIII a.C., foi o momento de invasão dos dórios. Foi nesse período que ocorreu a guerra de Troia, narrada por Homero pelos poemas épicos Ilíada e Odisseia. Por esse motivo, esse período é conhecido como Período Homérico.

Arcaico

Período entre os séculos VIII a.C. e VI a.C., foi o momento do desenvolvimento das cidades-estados, entre as quais se destacaram Esparta, no Peloponeso, e Atenas, na Ática. Também ocorreu a emigração e fundação de colônias gregas em regiões distantes.

Clássico

Período entre os séculos VI a.C. e IV a.C. , foi quando ocorreu o apogeu da civilização grega e a formação do Império Ateniense, sob o governo democrático de Péricles. Destacaram-se as Guerras Greco-Pérsicas, entre 490 a 449 a.C., e a Guerra do Peloponeso, entre 431 e 404 a.C..

Helenístico

Período entre os séculos IV a.C. e I a.C., foi quando ocorreu o enfraquecimento das cidades-estados gregas. As cidades-estados foram conquistadas pelo Império Macedônio, que, por sua vez, foi derrotado pelos romanos.

Localização, características e origem do povo grego

O território grego está localizado a sudeste da Europa, na bacia oriental do Mar Mediterrâneo, entre os mares Egeu e Jônico. O relevo da Grécia é acidentado e cheio de montanhas, o que dificulta a comunicação interna e facilita o isolamento das partes mais baixas do território.

É possível imaginar que a Grécia tem seu território de maneira semelhante a uma mão aberta espalmada em cima da água, com profundos golfos e pontas representadas pelos dedos. Ela também possui um litoral recortado e repleto de ilhas e portos que facilitam a comunicação marítima.

O povo grego tem origem europeia e não possui parentesco com os povos do Oriente. Por volta de 2000 a.C., quando as civilizações egípcia e mesopotâmica estavam em seu apogeu, povos, vindos da Europa Central, emigraram para a península que hoje é conhecida como Grécia, bem como para o litoral do planalto da Anatólia, que hoje constitui a Turquia.

Durante aproximadamente 800 anos, esses povos ocuparam o território continental e as inúmeras ilhas que existem no Mar Egeu – Creta, Samos, Rodes, Quios, entre outras – estabelecendo colônias na costa da Ásia Menor e no sul da Península Itálica.

Dos povos indo-europeus que invadiram a Grécia, destacam-se os aqueus, os eólios e os Jônios, os quais tiveram uma integração mais pacífica com os habitantes locais. Os dórios, último povo indo-europeu a invadir a Grécia, eram essencialmente guerreiros e possuíam o domínio do ferro – e, portanto, as melhores armas.

Os dórios empreenderam conquistas tão violentas que arrasaram cidades até então poderosas, como Micenas. Provocaram, também, o deslocamento populacional do continente para diversas ilhas do Mar Egeu e para a costa da Ásia Menor.

Os gregos tiveram o mar como grande fator de desenvolvimento econômico, pois o solo da Grécia era árido e o clima,seco. Por isso, as terras férteis eram limitadas. A possibilidade de produção agrícola era reduzida e se restringia ao cultivo de alguns cereais, a vinha e a oliveira, que serviam para a fabricação de vinho e de azeites, produtos de exportação.

O interesse em criar um forte comércio e a necessidade de encontrar terras férteis foram poderosos estímulos à criação de colônias em todo o litoral meditterâneo. 

A oeste, ocuparam o sul da Itália e da Sicília, formando a chamada Magna Grécia, onde se depararam com a concorrência fenícia da cidade de Cartago. Ao sul, ocuparam pontos do litoral africano, como Náucratis e Cirene. Ao norte, ocuparam áreas no litoral do Mar Negro.

As poucas regiões do território grego nas quais as terras eram férteis concentravam-se nas mãos das famílias nobres, que constituíam a menor parcela da população. Assim, a maior parte da população era marginalizada e ficava sem recursos para obter a própria subsistência.

Por isso, a colonização pôde ser considerada, de modo geral, como um meio de conseguir, em outros lugares, as terras necessárias para o sustento da parte da população marginalizada social e economicamente na metrópole.

Por outro lado, a existência de uma população sem recursos para sobreviver era fator para a eclosão de distúrbios sociais e políticos. A colonização representava, nesse caso, uma oportunidade para afastar das cidades os grupos ou indivíduos que representassem ameaça à ordem instituída e/ou ao poder organizado.

Em suas zonas de colonização, as poleis buscaram reproduzir o seu próprio tipo de organização sociopolítica, difundindo, assim, a cultura grega. O principal resultado da colonização foi, porém, de natureza econômica, uma vez que o comércio inter-regional se desenvolveu em virtude do maior contato entre o Mediterrâneo e o Oriente, favorecido pela expansão grega. 

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