A partir do século XX, a ciência e a tecnologia adentraram os portões das fábricas ao redor do mundo a fim de sistematizar o processo de produção, buscando aumentar a produtividade e, consequentemente, o lucro.
O Estratégia Militares trouxe um artigo que apresenta as principais características do Taylorismo, do Toyotismo e do Fordismo, além de abordar quais mudanças práticas ocorreram nas indústrias em que cada modelo de produção foi implementado.
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Taylorismo
O norte americano Frederick Winslow Taylor é considerado o pai da administração científica, pois foi o primeiro homem a implementar ideias de sistematização na produção industrial.
Taylor era engenheiro mecânico e desempenhou funções de chefia em algumas fábricas. Nelas, ele começou a observar que o processo de produção era realizado de forma intuitiva por parte dos funcionários, sem nenhuma organização do trabalho pré-definida.
A partir daí, ele dedicou seu tempo à elaboração de métodos que melhorariam o sistema de produção desorganizado da época. Sua intenção era fazer com que as indústrias conseguissem produzir mais em um menor tempo, aumentando a produtividade.
A princípio, Taylor percebeu que a escolha e o treinamento dos funcionários era algo fundamental. Cada trabalhador deveria ser contratado e treinado para realizar uma única tarefa, levando-o a se tornar um especialista nela e, consequentemente, diminuir suas chances de errar.
Além disso, Taylor também defendia o aumento da remuneração do funcionário e a redução da jornada de trabalho, para que ele se mantivesse sempre motivado e com o máximo de energia possível.
Outro aspecto importante da ideia defendida pelo modelo é que todo o processo deve ser supervisionado por gerentes, criando assim, uma hierarquia no sistema de produção.
Todas as ideias de Taylor encontram-se no livro “Os princípios da administração científica”, publicado em 1911. Nele são descritos os fundamentos básicos para um bom administrador: planejamento, controle, execução e preparo.
Fordismo
O Fordismo foi um modelo de produção muito utilizado nos Estados Unidos a partir da década de 1910. Seu idealizador, Henry Ford, tomou como base o sistema criado por Taylor e fez algumas adaptações para que a produtividade aumentasse ainda mais.
Henry Ford implantou o sistema na sua indústria, a Ford Motor Company. A principal mudança feita por Ford em relação ao modelo Taylorista foi a inserção de esteiras rolantes na linha de montagem de seus automóveis, de forma que os funcionários não precisassem sair das suas posições.
Com isso, o tempo de produção, que no Taylorismo era determinado pelo trabalhador, passou a ser determinado pelas esteiras.
Outra característica importante do Fordismo foi a produção em massa de uma única mercadoria, que buscava ter o melhor custo benefício possível. No início do século XX, nas indústrias Ford, esse produto era o Ford T preto.
Ele se tornou um sucesso de vendas, sendo comprado, inclusive, pelos operários da Ford, devido ao seu preço acessível. Sua cor era preta, pois essa era a que secava mais rápido, aumentando ainda mais o número de carros produzidos a cada dia.
A distribuição também era um aspecto de grande importância para Henry Ford. Ele montava seus centros de distribuição em pontos estratégicos, para que sua grande produção chegasse o mais rápido possível às lojas.
Problemas relacionados ao Fordismo
Com o passar dos anos, a produção em massa se tornou um problema do Fordismo, visto que, em momentos de crise, o consumo não acompanhava a velocidade da produção, o que resultou em grandes estoques nas indústrias da época.
A crise na Europa no momento de reconstrução após a Primeira Guerra Mundial é um bom exemplo para explicar a queda no número de vendas do Ford T na década de 1920. A Europa era o maior importador de produtos norte-americanos e, no momento de dificuldade, não manteve o padrão de importação dos anos anteriores.
Apesar disso, o Fordismo foi considerado um sucesso e, por isso, foi implementado em várias outras indústrias além da Ford, e é utilizado por elas até os dias de hoje.
Toyotismo: o modelo de produção japonês
O Toyotismo surgiu no Japão, na década de 1970. Ele foi idealizado pelo engenheiro Taiichi Ohno e implementado na montadora Toyota. O modelo de produção apresentou uma verdadeira revolução comparado ao Fordismo e ao Taylorismo.
Naquela época, o Japão ainda enfrentava muitas dificuldades econômicas ocasionadas pela Segunda Guerra Mundial. Isso fez com que a indústria se preocupasse muito em diminuir os gastos com aquisição de matéria prima, além de minimizar desperdícios.
O grande diferencial do Toyotismo foi a aplicação do conceito “just in time”, que consiste basicamente em produzir de acordo com a demanda, de forma que as mercadorias não fiquem estocadas.
Além da inserção da robótica e da alta tecnologia nas fábricas, o Toyotismo também deixou o trabalho dos funcionários mais dinâmico, já que eles são preparados para trabalhar em todas as etapas da produção.
A principal vantagem desse tipo de treinamento é que as falhas passam a ser identificadas em qualquer etapa, não só no final da linha de montagem, como ocorre no Fordismo e no Taylorismo.
A Toyota também se preocupou em observar as necessidades do mercado para produzir modelos com características desejadas pelos clientes do setor automotivo.
O sistema toyotista foi tão bem sucedido que, em 2007, a Toyota se tornou a maior montadora do mundo.
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