Fatores Climáticos

Fatores Climáticos

Vai participar dos concursos e quer saber um pouquinho mais de geografia? Vem com a gente! Confira esse artigo que o Estratégia Militares preparou para você sobre os Fatores Climáticos.

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Os fatores climáticos influenciam um tipo de clima. Por exemplo: o Brasil é um país tropical, certo? Sim. 

Porém, em regiões de topografia mais elevada, como Campos do Jordão, em São Paulo,, Monte Verde, em Minas Gerais, e Teresópolis, no Rio de Janeiro, temos clima tropical de altitude, caracterizado pelas temperaturas mais baixas quando comparadas ao clima tropical. 

Então, podemos concluir que a altitude é um fator climático? Sim. Conhecer os fatores climáticos é essencial para a sua prova e saber associá-los é mais importante ainda. Vamos conhecê-los a seguir!

Fatores Climáticos: Latitude

Devido ao formato praticamente esférico da Terra, além do eixo de inclinação e da translação, a radiação incide distintamente, variando conforme a região e a época do ano. Sendo assim, quanto mais afastado da Linha do Equador, menor a temperatura. 

Por exemplo: Salvador, na Bahia, e Miraflores, que é um distrito da capital do Peru, ficam praticamente na mesma latitude. No entanto, a média térmica em Lima é menor que na capital baiana. Por quê? 

Porque o Peru recebe a influência de uma corrente marítima fria e o Brasil, de corrente marítima quente. Portanto, apesar de estarem praticamente na mesma latitude, isso não significa que a temperatura será a mesma nas duas cidades. Por isso é fundamental saber associar os fatores climáticos.

Fatores Climáticos: Altitude

Os gases retém pouco calor. Quanto mais elevada for a topografia, menos superfície sólida para absorver a radiação solar. Além disso, há diminuição da pressão atmosférica, afastando as moléculas gasosas e tornando o ar rarefeito. Resumindo, quanto mais alto um local, menor a temperatura. 

Tanto é que as montanhas elevadas, como o Evereste, o Aconcágua, o Kilimanjaro, o Monte Fuji etc., possuem neve no topo, não importando a localização. Isso vale apenas para a camada da atmosfera chamada Troposfera. Nas outras, a temperatura pode aumentar ou diminuir conforme a altitude.

Fatores Climáticos: Relevo

A geomorfologia determina a direção dos ventos e das massas de ar, facilitando ou dificultando a passagem de umidade de um local para outro. Por exemplo: a Cidade do México é rodeada por topografia elevada. Considerando que a capital mexicana possui uma atmosfera muito poluída, o ar circula com dificuldade, fazendo com que muitas pessoas tenham problemas respiratórios. 

Outro exemplo: os Estados Unidos são conhecidos pelos tornados. Esse fenômeno ocorre com mais frequência por lá, porque as Montanhas Rochosas, a Oeste do país, e os Montes Apalaches, a Leste, dificultam a circulação de ar para outras áreas, formando o “corredor dos tornados”.

A massa de ar úmida e mais densa colide com a topografia mais elevada (barlavento). Então, o vapor d’água se condensa, provocando a chuva de relevo ou orográfica. Depois, a massa de ar menos densa consegue passar para o outro lado da encosta (relevo), continuado seu curso sem umidade (sotavento).

Massa de ar

É o fluxo de ar e água na atmosfera responsável pela variação térmica e de umidade, sendo quente, fria, úmida ou seca. Pode ser classificada conforme a latitude que se encontra, sendo Polar, Tropical ou Equatorial. Quanto menor a temperatura, maior a pressão atmosférica, pois o ar é mais denso e inversamente proporcional. A movimentação das massas de ar formam as nuvens dos seguintes tipos:

  • Nuvens altas: cirrus, cirrocumulus e cirrostratus formadas por água e/ou cristais de gelo. Normalmente, elas indicam tempo ensolarado;
  • Nuvens médias: altocumulus e altostratus provocam garoas;
  • Nuvens baixas: stratus e stratocumulus provocam chuvas mais volumosas que as nuvens médias;
  • Nuvens verticais: cumulonimbus, cumulus e nimbostratus são responsáveis por chuvas, granizos e trovoadas. 

Vale lembrar, que a coloração da nuvem depende da quantidade de água armazenada, da incidência do raio solar e do ângulo que ela está sendo observada.

Correntes marítimas marinhas ou oceânicas

São rios dentro do oceano. As águas não se misturam, pois há diferença entre salinidade, temperatura e densidade. As correntes marítimas podem ser:  

  • Quentes: existem 12 correntes marítimas deste tipo;  
  • Frias: existem 9 correntes marítimas destas. 

As correntes frias possuem elevado grau de oxigênio, condições necessárias aos plânctons do tipo zooplânctons, especialmente um crustáceo chamado krill, e os fitoplânctons, que são as algas, que atraem os peixes, formando uma cadeia alimentar. 

Isto ocorre porque as correntes frias se deslocam para o fundo do mar e quando afloram, trazem consigo muitos microrganismos. A corrente quente favorece a reprodução marinha e a evaporação. Entre as correntes marítimas, podemos destacar:

  • Humboldt: corrente fria localizada na costa Oeste da América do Sul. Se a temperatura é mais baixa, a evaporação e a precipitação são menores, possibilitando a formação de desertos. Nesse caso, o Deserto do Atacama no Chile e no Peru;
  • Golfo: corrente quente que se origina no México e se desloca para Europa. Assim sendo, ela faz a temperatura subir na costa Oeste europeia, impedindo que o Mar do Norte se congele; e
  • Brasil: corrente quente que atua na costa brasileira, contribuindo com a temperatura e a pluviosidade mais elevadas.

Maritimidade

Quando estamos na praia pela manhã, percebemos que a areia está quente e a água está fria. Durante a noite, notamos que a areia está fria e a água está morna. Por que isso acontece? Porque a água é um elemento da natureza que demora para esquentar, mas também demora para esfriar, pois tem o calor específico mais elevado do que o da areia. 

Assim, em tese, nas áreas litorâneas, a diferença de temperatura entre o dia e a noite é pequena, ou seja: há uma baixa amplitude térmica. Porém, se existir atuação de corrente marítima fria, essa diferença será maior. As nuvens conseguem reter o calor, evitando grandes perdas durante a noite e a madrugada.

Continentalidade

Se estivermos em um deserto de areia pela manhã, a temperatura pode ultrapassar os
40 °C. Durante a noite, pode cair para 5º. Por que tanta diferença? A areia é um elemento da natureza que aquece rapidamente, mas esfria rapidamente também, tendo calor específico mais baixo do que o da água. Isto provoca elevada amplitude térmica entre o dia e a noite. Quase não há nuvens por causa da baixíssima evaporação, fazendo com que o calor se dissipe rapidamente, pois a ausência de nuvens impede que o calor seja retido.

Ser Humano

Apesar de alguns cientistas negarem a influência antrópica (humana) no clima, não dá para negar que existe mudança microclimática graças a sua atuação. São elas:

  • Ilha de Calor: a zona urbana possui muitos elementos que fazem a temperatura ficar maior comparada à zona rural, tais como: o asfalto (baixo albedo) que absorve muita luminosidade, os poluentes liberados pelos transportes e indústrias, menor quantidade de árvores, vidraças que retém o calor por muito tempo, etc;
  • Inversão térmica: durante o outono ou inverno na zona urbana, o ar frio que é mais denso faz pressão sobre o ar quente, dificultando a circulação do ar quente poluído, o que faz com que se agravem os problemas respiratórios;
  • Desmatamento: ao derrubar uma grande quantidade de árvore, a evapotranspiração é comprometida, fazendo com que o índice pluviométrico seja reduzido;
  • Queimada: o resultado da queima é o gás carbônico, contribuindo com o agravamento do efeito estufa e com a redução do pH da chuva ácida;
  • Hidrelétrica: para se construir uma, é necessário um reservatório de água, a barragem. Nesse sentido, a área aquática exposta (espelho d’água) aumenta a evaporação e, consequentemente, a chuva na região;
  • Desertificação: é a perda do potencial produtivo do solo, podendo ser causado por mau uso e/ou mudanças climáticas, deixando o ambiente mais árido;

Aquecimento global: também chamado de agravamento do efeito estufa, o aquecimento global é caracterizado pelo aumento da temperatura do planeta. Entre os responsáveis por isso, podemos citar o gás metano, o gás carbônico e os óxidos nitrosos. Quanto às consequências, temos: derretimento das geleiras, aumento do nível dos oceanos e maior ou menor quantidade de chuva.

Texto escrito com base nos conteúdos do professor Saulo Teruo Takami

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