O Marechal Francisco Solano López morreu no dia 1° de março do ano de 1870. Sua morte representou o fim do conflito mais sangrento da história da América Latina: a Guerra do Paraguai. Nesse post, o Estratégia Militares te conta um pouco mais sobre esse episódio marcante não só na história do Paraguai, mas também do Brasil.
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Quem foi Solano López?
Francisco Solano López nasceu no dia 24 de julho de 1827, na cidade de Cerro Corá, capital do Paraguai. Filho de Carlos Antônio López, presidente do país, Solano ingressou muito jovem no Exército Paraguaio. Seu perfil de determinação fez com que ele fosse o protagonista em confrontos importantes contra a Argentina, nos anos de 1846 e 1849.
A fim de se aperfeiçoar cada vez mais como militar, Solano foi à Europa para conhecer o que havia de mais moderno e os pensamentos de grandes guerreiros europeus. Trouxe consigo, além de diversas ideias a serem implementadas, várias armas de fogo e munição.
Logo após sua volta, foi nomeado Ministro da Guerra, cargo que ocupou até a morte de seu pai, em 1862, quando mudou de função e passou a ser o presidente do país.
O que foi a Guerra do Paraguai?
A Guerra do Paraguai (12/10/1864 a 01/03/1870) foi um conflito travado por quatro países: Brasil, Argentina, Uruguai e o próprio Paraguai.
A princípio, é importante entendermos o contexto de cada país naquele momento. O Brasil já se encontrava independente de Portugal e era liderado pelo monarca Dom Pedro II. Entretanto, ainda era um país rural, analfabeto, escravocrata e com um Exército bastante limitado.
O Paraguai de Solano López encontrava-se em uma situação limitante para os ideias de expansionismo e crescimento do seu presidente. O país não possuía saída para o mar, algo fundamental tanto para o escoamento de mercadorias, quanto para a circulação de pessoas.
A saída para o mar do Paraguai dependia da travessia do Rio do Prata, que fica localizado justamente próximo da Argentina, do Uruguai e do sul do Brasil. Portanto, Solano dependia de uma certa harmonia na região para que não tivesse problemas com sua principal rota de comércio.
No período, o Uruguai era governado pelo partido dos Blancos. Eles possuíam uma parceria importantíssima com o Paraguai, já que, além de apoiadores do governo ditador presidido por Solano, eles permitiam a livre navegação do Uruguai por suas águas.
Como começou a Guerra do Paraguai?
O pontapé inicial para a Guerra do Paraguai foi dado por Solano López, devido a alguns motivos que desagradaram o ditador paraguaio.
Primeiramente, é importante saber que o partido de oposição ao governo no Uruguai, os Colorados, chegaram ao poder com a ajuda da Argentina e do Brasil. Tal fato desapontou Solano, já que além de retirar seu parceiro do poder, ele achava que assim como invadiram o Uruguai também podiam invadir seu território.
Esse cenário gerou uma certa instabilidade. Na busca por estabelecer uma certa estabilidade na região e a fim de firmar sua presença perante aos países vizinhos, Solano López deu o pontapé inicial à Guerra do Paraguai.
Sua primeira atitude foi confrontar o Brasil. Ele sequestrou o presidente da província de Mato Grosso e, posteriormente, a invadiu. Tendo em vista que o Mato Grosso era muito longe da sede administrativa do Brasil, Dom Pedro II não conseguiu reagir ao ataque.
Após o Brasil, as tropas de Solano também invadiu a Argentina, por não liberar a passagem do Exército Paraguaio, e o Uruguai, na tentativa de recolocar os Blancos no poder.
Para reagir aos ataques de Solano, Argentina, Brasil e Uruguai criaram a Tríplice Aliança no dia 1° de maio de 1865. A parceria tinha como principal objetivo derrotar o Paraguai.
A partir daí, várias batalhas foram travadas entre as nações, dentre as quais podemos destacar:
- A Batalha Naval do Riachuelo; e
- A Batalha do Tuiuti.
O desfecho da Guerra do Paraguai
Nos últimos meses da guerra, o exército paraguaio já se encontrava destruído. Crianças e idosos faziam a linha de frente das tropas de Solano, a fim de frear o avanço das tropas brasileiras.
Contudo, no dia 1° de março de 1870, Solano foi encontrado pelas tropas brasileiras e morto a tiro, dado por um Cabo que ficou conhecido como Chico Diabo.
A morte de Solano representou o fim da Guerra do Paraguai, a mais sangrenta da história da América Latina. Ela dizimou a população paraguaia e deixou muitas baixas na dos países que compunham a Tríplice Aliança.
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