Você tem o sonho de ingressar no curso de engenharia do Exército Brasileiro, mas não conhece ou tem dúvidas sobre a arma? Então, confira esse artigo que o Estratégia Militares preparou para você!
A engenharia do Exército é a arma da mobilidade, contramobilidade e proteção. A arma se subdivide nas atividades:
- Operacionais – como nas patrulhas, explosivos e mergulhos; e
- Técnica – que engloba todo o serviço de construção.
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O que é a engenharia militar?
A engenharia militar é uma das armas de apoio ao combate do Exército Brasileiro. Os militares que a integram complementam a missão daqueles que são das armas-base (infantaria e cavalaria), provendo a mobilidade das tropas aliadas e a contramobilidade dos inimigos.
Quais são os tipos de engenharia militar da AMAN e da ESA?
Os militares integrantes da arma de engenharia formados na AMAN e na ESA podem escolher entre duas áreas para trabalharem: a engenharia de combate e a engenharia de construção.
Engenharia de combate
A engenharia de combate é destinada a apoiar as armas-base, provendo meios que facilitem o deslocamento das tropas do Exército. Suas missões são:
- Reparação de estradas e pontes;
- Eliminação de obstáculos; e
- Impedimento do deslocamento inimigo.
Os militares integrantes de unidades dedicadas à engenharia de combate são especialistas nas suas atribuições. Principalmente nas missões que envolvem a construção de pontes e na transposição de cursos d’água.
Engenharia de construção
Contudo, em tempos de paz, os militares da engenharia de combate participam de missões que contribuem para o desenvolvimento da infraestrutura nacional. Dentre elas, se destacam a construção de
- Estradas de rodagem;
- Ferrovias;
- Pontes;
- Açudes;
- Barragens; e
- Poços artesianos.
Quem é o patrono da arma de engenharia do Exército?
O patrono da arma de engenharia é João Carlos de Villagran Cabrita, nascido em Montevidéu, no dia 30 de dezembro de 1820.
Para conferir a biografia completa de Villagran Cabrita, você pode acessar o Portal do Estratégia Militares.
O que é preciso para ser Engenheiro Militar?
Se você tem o sonho de ser um engenheiro militar, você deve prestar os concursos para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), para o ingresso na carreira militar como oficial ou para a Escola de Sargento das Armas (ESA), para o ingresso na carreira militar como sargento.
Qual a diferença entre os engenheiros da AMAN e do IME?
O curso de engenharia oferecido na AMAN é para a arma de Engenharia, ou seja, a Academia forma militares combatentes que possuem conhecimentos especializados em engenharia militar.
Os cadetes da AMAN, ao se formarem, recebem o certificado em ciências militares, porém não são formados como engenheiros civis. Logo, não recebem título de engenheiros, além de não serem licenciados pelo CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia.
Já no Instituto Militar de Engenharia (IME) os alunos se formam como engenheiros, habilitados pelo CREA, além de serem aceitos no mercado de trabalho civil de engenharia.
Junto a isso, a carreira militar do oficial formado pelo IME é mais técnica, voltada para sua área de formação. Já o oficial formado pela AMAN tem uma carreira militar mais voltada para a tropa.
Caso você tenha o sonho de, após o período de formação militar, ter habilitação para trabalhar no mercado civil, sua escolha deve ser o IME. Entretanto, caso tenha aptidão e deseja trabalhar diretamente com a tropa, você deve optar pela AMAN.
Cabe lembrar que, se você fizer vestibular para se tornar militar da reserva do IME, após o curso de formação, o aluno é desligado do Exército. Você se forma como civil e é encaminhado para o mercado civil. Caso faça o vestibular para militar da ativa, o aluno se forma como oficial do exército e tem garantida sua carreira militar.
Como é o curso de engenharia na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) ?
Na AMAN, os cadetes passam por duas vertentes de ensino: o acadêmico e as instruções militares. O ensino acadêmico oferecido pela AMAN se dá por meio de aulas ministradas por militares da ativa, da reserva e civis, todos altamente qualificados.
As instruções militares compõem o currículo de formação dos cadetes e visam capacitá-los para liderarem as tropas. Elas têm ainda o objetivo de oferecer a oportunidade de aplicação das táticas e das técnicas aprendidas ao longo do curso acadêmico.
Durante os cinco anos de formação na AMAN, o cadete estudará diversos assuntos, tendo destaque:
1º ano
- Idiomas (Inglês e Espanhol);
- Economia;
- Estatística;
- Filosofia;
- Introdução à Pesquisa Científica (IPC);
- Informática;
- Língua portuguesa;
- Técnicas militares;
- Química;
- Tiro; e
- Treinamento físico militar (TFM).
Durante o primeiro ano, o cadete frequenta o curso básico, que visa a formação essencial do combatente. Também ocorre a solenidade de entrega dos espadins, que representa o símbolo da honra militar.
Ao fim do ano letivo, o cadete é encaminhado para a Arma, o Quadro ou o Serviço de sua preferência, de acordo com a classificação obtida no acumulado das notas das avaliações aplicadas ao longo do ano.
2º ano
- Direito;
- Psicologia;
- Idiomas (Inglês e Espanhol);
- História Militar do Brasil;
- História Militar Geral;
- Técnicas militares;
- Emprego tático;
- Tiro; e
- Treinamento físico militar.
No fim do segundo ano de Academia, o cadete é integrado à arma de engenharia e passa a cumprir toda a grade acadêmica e de instruções militares.
3º ano
- Metodologia do Ensino Superior;
- Direito Penal Militar;
- Idiomas (Inglês e Espanhol);
- Técnicas militares;
- Emprego tático;
- Tiro; e
- Treinamento físico militar.
O terceiro ano é marcado pelo aprofundamento dos estudos, principalmente por abordar o direito penal militar e as técnicas militares. Também é o ano em que os cadetes começam a se preparar para a Manobra Escolar, o maior exercício militar da AMAN, que acontece no último ano de formação.
4º ano
- Estágio prático supervisionado;
- Práticas militares;
- Direito administrativo;
- Administração;
- Direito penal militar;
- Relações internacionais;
- Emprego tático;
- Tiro; e
- Treinamento físico militar.
O quarto ano é o mais esperado pelo cadete, afinal é o ano de conclusão do curso. O último ano é marcado pela realização de exercícios conjuntos com as outras armas da Academia e pelo Estágio de Preparação Específica (EPE), onde o cadete participa do cotidiano de uma unidade da arma de engenharia.
Também são realizados diversos intercâmbios com outras academias militares de nações amigas, como os Estados Unidos, a Argentina, o Uruguai, entre outros, a fim de promover o enriquecimento cultural do cadete.
Ao final do quarto ano, o cadete é declarado aspirante a oficial, devolvendo o Espadim e empunhando definitivamente a Espada de oficial do Exército Brasileiro na formatura de conclusão de curso.
Após os cinco anos de formação, o Aspirante a oficial da arma de engenharia recebe o diploma de graduação de bacharel em Ciências Militares e é encaminhado às unidades de engenharia do Exército no território nacional.
O aspirante que se forma na AMAN em primeiro lugar geral de sua turma recebe como recompensa uma viagem, com duração de seis meses, a bordo do navio-escola Brasil, da Marinha do Brasil. Assim, o aspirante visita diversos países amigos da nação brasileira, além de receber premiações em dinheiro de empresas colaboradoras do Exército.
Como é o curso de engenharia na Escola de Sargentos das Armas (ESA) ?
O curso de engenharia na ESA é iniciado após o término do período básico, no qual são apresentadas ao aluno as possibilidades de escolha das Armas, Quadros ou Serviços que ele poderá integrar-se de acordo com sua classificação no período básico.
O período de qualificação ocorre nas instalações da ESA, em Três Corações, em Minas Gerais, e dura cerca de 43 semanas.
Durante o curso, os alunos da arma de engenharia têm instruções de tiro e de sobrevivência por meio dos cursos e estágios operacionais – selva, montanha, caatinga, pantanal, cerrado, paraquedista militar – entre outros.
Ao fim das 43 semanas do curso, o aluno recebe o diploma de ensino superior tecnológico e é declarado terceiro-sargento do Exército Brasileiro, sendo distribuído para as unidades do Exército em território nacional de acordo com a sua classificação geral.
Militar temporário em engenharia do Exército
Na área de engenharia também é possível servir como militar temporário. O EB tem buscado cada vez mais na sociedade civil pessoas qualificadas, com experiência para ingressarem na força terrestre por meio da análise curricular.
Quanto é o soldo do oficial engenheiro? E do sargento do Exército?
Atualmente, o soldo-base varia de R$3.825,00 a R$6.169,00, para os sargentos. Já para os oficiais o soldo-base varia de R$7.490,00 a R$11.451,00. A remuneração varia, visto que o valor depende da graduação ou do posto do militar. Vale ressaltar que o soldo é apenas a base do salário do militar.
Junto ao soldo são pagos diversos valores adicionais pela função desempenhada, mas também existem alguns descontos referentes aos serviços hospitalares, pensão militar, entre outros.
Você pode conferir o que é o soldo militar e os valores atualizados no Portal do Estratégia Militares.
Se você se interessou pelo curso de engenharia nas carreira como oficial ou sargento, se prepare para os concursos do Exército com o Estratégia Militares! Clique no banner abaixo e veja todos os cursos preparatórios e as vantagens que o Estratégia Militares tem para você! Vem ser coruja!
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Referência
- https://www.eb.mil.br/web/ingresso/militar-temporario
- https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1960-1969/decreto-47709-27-janeiro-1960-387122-publicacaooriginal-1-pe.html
- https://www.mihemfabgov.org/aman
- http://www.eb.mil.br/armas-quadros-e-servicos/-/asset_publisher/W4kQlILo3SEa/content/arma-de-engenharia?inheritRedirect=false