BRICS: o que é e quais são os novos membros!

BRICS: o que é e quais são os novos membros!

A 15a cúpula do BRICS neste ano acontece em Joanesburgo, na África do Sul, e nesta quinta-feira, dia 24 de agosto, foram anunciados os novos países convidados a participarem do grupo. O BRICS tem crescido em relevância no cenário internacional e é um assunto que pode cair na sua prova dos concursos militares. 

Entenda o que é o BRICS, como ele surgiu, sua relevância no mundo e quem são os novos membros anunciados! 

O que é o BRICS? 

O BRICS é um grupo de cooperação econômica formado por países considerados emergentes. A denominação é um acrônimo para o nome dos cinco países que compõem o grupo atualmente: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (South Africa, em inglês). 

Juntos, os países do BRICS somam 23% do PIB global e 18% do comércio internacional, segundo informado pela página do governo brasileiro.  

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Como o BRICS surgiu? 

Em 2001, Jim O’Neil, analista da Goldman Sachs, escreveu um artigo sobre as economias emergentes do mundo e usou o termo BRIC para se referir a elas. Diante disso, esses países resolveram se reunir formalmente – o primeiro encontro aconteceu entre o Brasil, Rússia, Índia e China em 2006, durante a Assembleia Geral da ONU. 

Poucos anos depois, a primeira cúpula oficial do BRIC teve lugar em 2009, na cidade de Ecaterimburgo, na Rússia. A África do Sul se juntou ao grupo pouco depois, em 2011, o que o levou a ser renomeado como BRICS. 

Como o BRICS funciona? 

O BRICS trabalha para incentivar o crescimento econômico das nações emergentes e fortalecê-las. Para isso, seus encontros giram em torno da cooperação política, financeira e cultural. Eles atuam juntos em prol do desenvolvimento mútuo e para aumentar sua influência nas discussões geopolíticas mundiais. 

Uma das ações concretas do BRICS foi a criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) – ou, como é popularmente conhecido, o Banco do BRICS. 

Novo Banco de Desenvolvimento

Criado em 2014, o Novo Banco de Desenvolvimento tem sua sede na cidade de Xangai, na China. Ele serve como alternativa ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial. 

Seus recursos são direcionados a projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países do BRICS e outros países em desenvolvimento. O NBD foi fundado com o capital inicial de US$50 bilhões – com a contribuição de US$10 bilhões de cada membro fundador. 

Novos países do BRICS 

Nesta semana, o BRICS anunciou que outros seis países foram convidados a participar do grupo: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Argentina, Egito, Etiópia e Irã. Eles podem participar como membros plenos a partir de 1o de janeiro de 2024. 

Algumas similaridades entre os convidados chamam a atenção. A Arábia Saudita, os Emirados Árabes e o Irã são países com rendas baseadas na atividade petrolífera. Além disso, dentre todos os seis, o único país a ser considerado “livre”, segundo o relatório da ONG Freedom House, é a Argentina. 

A ONG mede o nível de liberdade dos países do mundo, numa escala de 0 a 100 – e todos os demais convidados pontuam igual ou menos de 20 pontos. 

Brasil e o BRICS

A princípio, o Brasil não foi a favor da expansão acelerada do grupo e insistia na adoção de critérios para avaliar os pedidos de adesão. No entanto, a posição mudou ao longo da cúpula e nosso país chegou a apoiar a entrada da Argentina no BRICS. 

A política do Brasil com relação a questões como direitos humanos difere da maioria dos novos membros e até de alguns países membros – como China e Rússia – que estão sob governos autoritários. Isso pode impactar a posição do Brasil e do BRICS nas discussões internacionais no futuro. 

Por outro lado, nossos diplomatas conseguiram que a pretensão brasileira de ingressar no Conselho de Segurança da ONU como membro permanente fosse mencionada na declaração final da cúpula. Isso é considerado uma vitória, já que anteriormente a China era contra a entrada do Brasil. 

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