Apesar de ser um país pacífico, o Brasil já participou de alguns conflitos durante sua história. Confira o artigo que o Estratégia Militares preparou sobre as Guerra em que o Exército Brasileiro se envolveu.
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Guerra da Cisplatina
A Guerra da Cisplatina ocorreu de 1825 a 1828. Nela, Brasil e Argentina lutaram pela posse da Província de Cisplatina, atual Uruguai.
A Cisplatina foi fundada em 1680 pelos portugueses, mas havia passado para o domínio espanhol em 1777.
No período da independência, Dom João VI investiu na região, tentando conquistar o território para Portugal. Com esse movimento, foi fundada a Província da Cisplatina que, embora pertencesse aos portugueses, tinha a cultura marcada pelas práticas espanholas.
A disputa entre Brasil e Argentina foi mediada pela Inglaterra, que possuía diversos interesses na América do Sul. Este processo acabou gerando a independência da província e originando a República Oriental do Uruguai.
Guerra do Paraguai
A Guerra do Paraguai, também conhecida como Guerra da Tríplice Aliança, ocorreu entre 1864 e 1870. Ela marcou o começo do fim do império do Brasil. O conflito foi marcado pela disputa entre Brasil, Argentina e Uruguai de um lado e o Paraguai de outro.
Em novembro de 1864, o foco do Paraguai era dominar as rotas de navegação através do Rio Paraguai. Nessa tentativa, os paraguaios aprisionaram uma embarcação brasileira, rompendo de vez as relações internacionais entre os países.
Em 1865, Argentina e Uruguai se juntaram ao Brasil e no dia primeiro de maio deste ano foi assinado o Tratado da Tríplice Aliança. Mesmo unindo os exércitos das três nações, o Paraguai ainda era um inimigo forte.
No Brasil houve recrutamento forçado para compor as fileiras do Exército, da Guarda Nacional e dos Voluntários da Pátria, cujas tropas eram enviadas ao Paraguai para lutar.
A guerra foi extremamente violenta. Ela gerou muitas mortes e desestabilizou a popularidade do império brasileiro. O fim da Guerra do Paraguai só aconteceu em 1870, com a morte do marechal Solano López, segundo presidente da república paraguaia.
Embora tenha vencido a guerra, o Império Brasileiro ficou enfraquecido, pois, muitas vidas foram perdidas e muito dinheiro foi gasto. Foi nesse período que as ideias republicanas começaram a se tornar mais fortes no país.
Primeira Guerra Mundial
A Primeira Guerra Mundial ocorreu entre 1914 e 1918. Ela foi um conflito entre dois lados:
- a Tríplice Entente, formada por França, Império Britânico, Rússia, Itália, Estados Unidos e diversos países que acabaram se envolvendo militarmente no conflito, incluindo o Brasil; e
- Tríplice Aliança, formada por Alemanha, Áustria-Hungria, Império Otomano e Bulgária.
A participação do Brasil na guerra ocorreu por conta de ataques a embarcações brasileiras na Europa, principalmente por parte dos alemães. Isso fez com que as autoridades brasileiras respondessem, colocando-se ao lado da Tríplice Entente.
O governo brasileiro enviou navios e médicos para atuar no conflito armado na Europa. Além disso, o país enviou ainda alimentos para as suas tropas aliadas.
A Primeira Guerra acabou com a vitória da Tríplice Entente, lado pelo qual o Brasil lutou.
Porém, nosso país quase não teve participação efetiva na guerra. No entanto, os efeitos do conflito geraram muitas consequências. A Gripe Espanhola, as Greves Operárias e a Grande Guerra são marcas da crise que o Brasil teve que enfrentar no período.
Segunda Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial ocorreu entre 1939 e 1945, e novamente foi um conflito de dois grupos:
- Os Aliados, grupo formado pelos Estados Unidos, Reino Unido, União Soviética e China; e
- Eixo, que era formado por Alemanha, Itália e Japão.
O Brasil demorou para se posicionar nesta guerra. Isso ocorreu pelo fato de que o presidente da República Getúlio Vargas tinha uma certa inspiração e admiração pelos governos autoritários e nacionalistas europeus. No entanto, adotava uma política de boa vizinhança com os Estados Unidos.
Ao final da Segunda Guerra Mundial, em 1944, Vargas decidiu se unir aos Aliados.
Vale lembrar que, o presidente Vargas rompeu as relações diplomáticas com a Alemanha em 1942, que respondeu bombardeando cinco embarcações brasileiras. Os ataques fizeram com que ele declarasse guerra à Alemanha e enviasse soldados para lutarem ao lado dos Aliados.
Em 1943, foi criada a Força Expedicionária Brasileira (FEB) e mais de 20 mil militares foram enviados para a guerra, no norte da Itália.
Com a vitória dos Aliados no final da Segunda Guerra, o terceiro Reich alemão, o Império Japonês e o Império Italiano chegaram ao final. Além disso, foi criada a Organização das Nações Unidas (ONU).
O fim da Segunda Guerra aconteceu no mesmo ano do fim do Estado Novo no Brasil, gerando um novo tempo democrático no país.
Participação do Brasil em Operações de Manutenção de Paz
Além dos conflitos aqui abordados, vale lembrar que o Brasil já atuou em diversas missões de paz junto à ONU.
Essas missões procuram ajudar países devastados por conflitos a criar condições de paz. A prioridade é participar de operações em nações com as quais o Brasil mantém laços históricos e culturais de amizade.
Os militares basileiros realizam diversas funções nestes locais, como a distribuição de água e comida, resgate de reféns e proteção a civis.
O Brasil fez o primeiro envio de tropas a um país estrangeiro em 1956, para uma operação de manutenção da paz. Três militares foram enviados para participar da missão da Força de Emergência das Nações Unidas (UNEF), criada para pôr fim à Crise de Suez e evitar conflitos entre egípcios e israelenses.
Entre 1957 e 1967, o Brasil mandou um batalhão de Infantaria com cerca de 600 homens para a região do Sinai e da Faixa de Gaza. Houve um envio em rodízio de militares, chegando a um total de 6.300 homens.
As Forças Armadas brasileiras participaram de 72 missões de manutenção da paz, empregando cerca de 55 mil militares.
Durante 13 anos, o Brasil comandou a missão Minustah, no Haiti. Suas tropas estiveram presentes no país de 2004 a 2017. No total, participaram 30.378 homens e mulheres.
As forças de paz ajudaram na transição do Haiti para uma democracia e apoiaram os esforços de reconstrução e estabilidade daquele país após o terremoto de janeiro de 2010.
Estima-se que 220.000 haitianos morreram com o terremoto. Os militares brasileiros realizaram um trabalho excelente, distribuindo moradia temporária para pessoas que perderam suas casas na capital Porto Príncipe.
Atualmente, o país participa do comando das tropas da Missão da ONU para a Estabilização da República Democrática do Congo (Mousco). Os militares brasileiros estão no país Africano desde 2013.
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