“Minha história com a EEAR é inédita”, começa João Pedro Rocha, de 18 anos, classificado em 18o lugar na prova do Concurso EEAR 2024.1. Natural do Rio de Janeiro, o rapaz é aluno do Estratégia Militares e nos deu o seu relato sobre os seus anos de estudo e seus sonhos para o futuro. Vamos conhecê-lo?
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“Achei um caminho para chegar no meu objetivo”
João conta que a ideia de seguir carreira militar apareceu pela primeira vez numa época ruim de sua vida. Ele estava em seu oitavo ano do ensino fundamental, estudava numa escola no bairro Padre Miguel e, segundo ele, vivia a “estupidência” da vida. Era um verdadeiro bagunceiro na escola: “Sempre fui meio aloprado, mas tirava nota boa”, confessa.
Foi então que seu padrasto se aproximou e perguntou: “Por que você não faz prova de militar? Tu é inteligente”. João lembra que ele até lhe apresentou a EsPCEx. Na época, apenas achou a ideia “maneira”, mas foi no nono ano que o rapaz amadureceu a possibilidade.
“Não, cara. Não dá pra ficar aqui fora assim, tá ruim”, foi o que pensou na época e decidiu que seu sonho era ser um policial federal ou um policial rodoviário federal – e que para alcançá-lo precisava embarcar na vida militar. “Achei um caminho para chegar no meu objetivo, que foi através da carreira militar. Por quê? Primeiramente, porque vou ter uma vida estabilizada”, conta.
Ele explica que quando não se tem um curso técnico, trabalhar e estudar para o que quer não é um caminho viável. “Às vezes, você só ganha um salário mínimo, os 20 anos de idade batendo na porta, a mãe já querendo que você saia de casa…a cabeça não aguenta.” Por isso, João optou por seguir a carreira militar.
“Vou me formar rápido, é relativamente célere. Com 20 anos, eu já vou estar formado. E com a vida estável, eu vou conseguir estudar para os meus outros objetivos”, explica. Foi assim que João, com 14 anos, embarcou na jornada de concurseiro.
Suas tentativas iniciais foram os seletivos do Colégio Naval e da EPCAR. Seu primeiro contato com o Estratégia Militares foi pelo YouTube, durante seu segundo ano de estudos para a EPCAR. Por mudanças de idade, João não conseguiu entrar nos seletivos militares que eram sua primeira escolha. Foi então que o rapaz escolheu a EEAR como foco!
“A EEAR, para mim, é um passo que eu quero dar para começar a vida e tentar outras coisas no futuro. Tanto que o curso de formação é mais sério e mais rápido. Eu consigo atingir outras coisas por meio dele”, afirma.
“É o feijão com arroz”
Conversando sobre métodos de estudo, João é direto: “Não tem o que inventar, né? É o feijão com arroz. Acorda, toma aquele banho, come café e cai nos estudos. Almoça, toma banho, descansa, e caí dentro dos estudos de novo”.
Ele relembra que no início, tentava cronometrar seu tempo de estudo em cada matéria, mas logo percebeu que esse modelo não o ajudava. Se percebia uma maior dificuldade em algum assunto, apenas aumentava a frequência de estudo daquela matéria na semana.
“Se tô mal em física, estudo mais física – três vezes por semana. Ah, tô com tempo livre? Então vou fazer uma questão ou assistir um vídeo de física. Não precisa cronometrar, não. É só aumentar a densidade de estudo. Bota mais concentração. Estuda duas, três vezes por semana”, afirma.
João também conta que uma de suas dificuldades foi o inglês: “Sempre tive facilidade em exatas, mas em inglês eu quebrava a cabeça”. Foi quando uma professora do Ensino Médio perguntou se ele estava praticando textos em casa. “Eu não entendi a pergunta muito bem, ainda estava batendo a cabeça ali, aprendendo como estudar”.
Então, a professora sugeriu que João lesse textos em casa, anotasse as palavras que não soubesse numa agendinha e as lesse todos os dias. “No mesmo dia, eu saí da aula – estudava em Campo Grande – fui no calçadão, comprei uma agenda pequena e aí, todo dia, sem falta, eu acordava e antes do estudo eu pegava essa agendinha, onde tinha as palavras em inglês traduzidas para o português, e lia”, ele conta.
Depois de qualquer simulado da EEAR ou da AFA, João pegava a agendinha e anotava as palavras que não conhecia dos textos em inglês. Ele avançou na língua e, depois de algum tempo, nem precisava checar mais a agendinha todos os dias.
Outra prática que desenvolveu foi de sempre estudar um nível acima da prova que tinha escolhido como objetivo. No caso de João, seu objetivo era a EEAR, mas costumava treinar com o material e as provas da AFA também, que é um exame para oficial.
“Não tem igual ao Banco de Questões!”
João também enfatiza a importância de treinar seu conhecimento com questões. No caso da teoria, ele é fã de estudar pelos PDFs por achar um método mais rápido de ver o conteúdo. Seu hábito é cobrir a teoria e em seguida se dedicar às questões.
“Quando eu peguei o material do Estratégia, ainda não tinha o Banco de Questões. Só dava para fazer as questões pelo PDF. Mas depois que veio o Banco de Questões… é sensacional! Para mim não tem outra coisa melhor”, ele conta.
João aconselha que candidatos se engajem nas questões após o estudo da teoria “Se não vai ficar quadrado e não vai ter a sacada que precisa nas questões. Pra mim, o melhor mecanismo hoje do Estratégia é o Banco de Questões. Não tem igual, de verdade”.
João destaca também a importância de fazer os simulados do Estratégia Militares, aplicados aos fins de semana. Ele conta que, por causa de uma dificuldade com a matéria de física, ficou um pouco atrás nos estudos e acabou não fazendo os simulados até quase dois meses antes das provas.
“Eu acho que se não tivesse esse problema com a física, eu faria, sim, simulados toda semana. Eu acho muito importante para se testar. Você tem que ver como está, tem que se conhecer! Galera, se conheçam. Saibam onde está errando, não postergue a matéria que não entende”, ele aconselha.
“Esquece! Tem que fazer Redação”
Quando questionado sobre erros que cometeu no estudo, João afirma que negligenciou a redação. “Teve alguns erros que cometi que não me deixaram ter um resultado melhor nas provas passadas e nessas provas inclusive deste ano”, confessa e explica: “Eu deixava muito passar redação. Eu dizia: ‘É mole!’. Até estudava a estrutura, mas não ia muito atrás do Repertório”.
Ele conta que no último ano que estudou para a EPCAR, conseguiu ser aprovado na prova objetiva, mas tirou 7 na Redação, o que impossibilitou sua convocação. João destaca que a competição é ainda mais acirrada no caso de quem estuda para ser oficial: “Galera que estuda para AFA, EFOMM, mete a cara no repertório! Vê jornal, se atualiza. São essas coisas que vão acrescentar no conhecimento”.
E João trás o bizu: “Inclusive, no Estratégia tem aula de repertório também, galera. Muito boa, com a Profa Celina! Aula de repertório, com alguns filósofos e sociólogos. E precisa estudar para ter a estrutura do texto”.
Em seu caso, o rapaz conta que passou a fazer pelo menos uma por semana e enviar para a correção ilimitada de redações que o Estratégia Militares oferece. “ Uma vez por semana já está bom para ver uma evolução e melhorar na próxima”, afirma.
“Encontrei o padrão da EEAR”
Por vezes, os candidatos relatam a prática de mudar o estilo de estudo algum tempo antes da prova – por exemplo, trocar o estudo de PDF por videoaula. João, no entanto, discorda dessa técnica: “Não acho que precise mudar drasticamente seu jeito de estudar antes das provas. Não faz isso! Vai dar ruim. Continua no que estava dando certo. Minha dica é: está chegando perto da prova? Vai conhecer a prova, entender o padrão, ver o que ela cobra”.
João conta que pegou o tempo que usava para estudar teoria e começou a investi-lo em provas antigas da EEAR. “Um ou dois meses antes das provas, eu comecei a fazer umas provas antigas. E, aí, consegui notar o padrão da EEAR”, afirma.
“Fiquei triste. Fiquei satisfeito”
Depois de muito esforço e anos de estudo, chegou o dia da prova da EEAR. Quando chegou em casa, depois da avaliação, João pegou o gabarito preliminar e contou seus acertos – e ficou decepcionado. “Eu fiquei meio triste. Eu estava em um nível muito bom e a minha meta era mais de 80 pontos. Mas, pelo gabarito, eu fiquei travado em 80. Eu sabia que já estava classificado, mas eu queria mais”, revela.
Frustrado, João imediatamente voltou a estudar. Dias depois, saiu o gabarito oficial e ele resolveu refazer a contagem de pontos. “Corrigindo, eu vi que acertei 21 em cada – foi até engraçado. Eu fiquei com 84 pontos no total. Aí, eu gostei. Fiquei mais tranquilo. Com 84, eu estava entre os 20 primeiros, fiquei feliz ao ver que estava em 18o”, conta.
“Não para, não!”
Agora, João está na espera pelas próximas etapas do seletivo e deixa uma mensagem para aqueles que estão estudando para alcançar a sua carreira dos sonhos: “Para a galera que está começando, eu tinha muito medo de fazer questões, tinha medo de errar. Eu via aquelas questões com expressões numéricas, aquela parada gigante, e ficava ‘como eu vou fazer isso?’ Fiquei uns 4 ou 5 meses com medo da prova”, ele confessa.
João, então continua: “Então, vi os professores resolvendo e vi que não era tão difícil ou amedrontador. Então, galera: faça! Faz, que com o tempo vai amadurecendo, você encontra o seu jeito de fazer e vai dar certo. Não tem como não dar certo!”, ele incentiva.
Já para aqueles que estão já há um tempo na busca pela vaga de sargento ou até de oficial, ele diz: “Não para, não! Uma hora vai dar certo, uma hora tu vai colher os frutos. Me estressei hoje, não consigo nem mais estudar? Deita a cabeça no travesseiro, amanhã tu acorda e estuda. Tá com raiva? Estuda com raiva. Tá triste? Estuda triste. Não pode parar”!
Quer ver a entrevista do aluno João Pedro Rocha na íntegra? Veja a seguir!
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