O que é a Heteroidentificação Complementar nos seletivos militares?

O que é a Heteroidentificação Complementar nos seletivos militares?

Você conhece as fases dos seletivos das Forças Armadas? Se você tem interesse em entrar nas escolas militares, entenda quais são e como se preparar para as várias etapas desses concursos. Neste artigo explicamos para você o que é a etapa de Heteroidentificação Complementar e quem deve passar por ela. 

Cotas e os seletivos militares 

Sabia que os seletivos das Forças Armadas oferecem cotas de vagas para negros? Como são concursos públicos, eles são obrigados, por lei, a reservar uma quantidade de vagas a esses candidatos. A autodeclaração de cor e o interesse nas vagas reservadas são assinalados no momento da inscrição. 

A lei que regulamenta essa questão é a de no 12.990/2014 e, segundo ela, 20% das vagas oferecidas devem ser destinadas àqueles que se declaram pretos ou pardos, segundo o quesito cor ou raça utilizado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

O que é a heteroidentificação complementar?

No entanto, se as inscrições nos seletivos são feitas de maneira on-line, como garantir que, realmente, apenas candidatos negros estão concorrendo às cotas? É para sanar essa questão que a etapa de heteroidentificação complementar existe. 

Para evitar fraudes, os concursos das Forças Armadas contam com essa etapa exclusiva para aqueles que estão concorrendo às vagas reservadas. A fase de heteroidentificação complementar tem o objetivo de garantir a autenticidade da autodeclaração de cor feita na inscrição. 

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Como é feita a heteroidentificação 

Na etapa de heteroidentificação, o candidato deve comparecer presencialmente diante de um painel de avaliadores em um local a ser informado pela organização do seletivo. Dependendo do concurso, são solicitados alguns documentos e formulários com a autodeclaração de cor do candidato. 

O painel de avaliadores é composto de várias pessoas de fenótipos diferentes. Alguns seletivos até mesmo apresentam uma tabela com as informações sobre essas pessoas. Os candidatos devem comparecer presencialmente diante deles para serem avaliados e terem sua autodeclaração de cor confirmada. 

O exame também é registrado em vídeo de forma que, se o candidato for reprovado e pedir recurso, a filmagem sirva como material para a avaliação do fenótipo por outra junta de avaliadores.  

Reprovado na heteroidentificação, e agora? 

Se, mesmo após o pedido de recurso, o resultado da heteroidentificação não comprovar a autodeclaração de cor, o candidato será reprovado nesta etapa. No entanto, isso não significa que ele é automaticamente eliminado do concurso. 

Alguns seletivos, como o do Colégio Naval e da EAM, permitem que os reprovados na etapa de heteroidentificação concorram às vagas de ampla concorrência, desde que tenham nota suficiente para serem aprovados nessa modalidade. Outros, porém, eliminam o candidato se ele for reprovado. 

Verifique o que o edital do seu seletivo diz sobre essa questão antes de escolher para qual vaga quer concorrer no momento de inscrição. 

Atenção! O candidato será eliminado do exame se os avaliadores perceberem que ele se inscreveu de propósito nas vagas de cota sem ser negro – ou seja, se virem que a atitude foi de má-fé. Isso é válido para todos os seletivos das Forças Armadas. 

E aí, guerreiro? Gostou de saber mais sobre as etapas dos concursos para as Forças Armadas? Acompanhe nossas publicações e fique por dentro das principais notícias do mundo militar e seus concursos.

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