No dia 4 de novembro é comemorado o Dia do Oficial da Reserva R/2, fazendo alusão à data de nascimento do Patrono dos Oficiais da Reserva do Exército Brasileiro, o Tenente Coronel Luís de Araújo Correia Lima.
Nesse post, você vai conhecer um pouco da história do Tenente Coronel Correia Lima e como ela se relaciona com a criação dos Órgãos de Formação de Oficiais da Reserva (OFOR).
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Quem foi o Tenente Coronel Correia Lima?
Luís de Araújo Correia Lima nasceu na cidade de Porto Alegre (RS), no dia 4 de novembro de 1891. Seu pai, Gonçalo Correia Lima, era General-de-Divisão e grande fonte de inspiração para o jovem, que, desde cedo, figurava entre os melhores alunos nos colégios militares pelos quais passou.
Sua carreira militar teve como principal feito a idealização dos Órgãos de Formação de Oficiais da Reserva (OFOR). Após a Primeira Guerra Mundial, Correia Lima percebeu que havia carência de Tenentes no Exército Brasileiro e enxergou uma grande lacuna no recrutamento de militares.
Ele era um grande estudioso de doutrinas militares. A partir daí, Correia Lima teve a grande ideia de recrutar Oficiais Temporários, inspirado-se em métodos de exércitos europeus.
No início de seu projeto, o jovem militar sofreu muita resistência por parte de civis e militares, sendo acusado inclusive, de estar projetando uma nova Guarda Nacional.
Com muita garra, Correia Lima conseguiu dar corpo ao seu projeto e, no dia 22 de abril de 1927, foi criado o primeiro Centro de Preparação de Oficiais da Reserva brasileiro, na cidade do Rio de Janeiro. Nesse momento, Correia Lima passou a desempenhar a função de comandante da Instituição.
A partir disso, várias instituições do Exército com o mesmo modelo foram criadas em outros estados brasileiros a fim de atender à demanda das diversas armas, quadros e serviços da Força.
Infelizmente, Correia Lima não pôde acompanhar o sucesso de sua criação. No dia 5 de setembro de 1930, em plena Revolução, ele foi atacado de surpresa por tropas inimigas e não resistiu.
Seu legado
Após sua morte, no dia 13 de outubro de 1930, Correia Lima foi promovido ao posto de Tenente-Coronel por ato de bravura.
Além disso, anos depois ele foi escolhido como o Patrono dos Oficiais da Reserva do Exército Brasileiro e a data de seu nascimento foi escolhida, por meio da Portaria nº 429, de 18 de julho de 2006, como o Dia do Oficial da Reserva R/2.
A evolução dos Oficiais R/2
A eficiência do projeto de Correia Lima foi colocada à prova com a chegada da Segunda Guerra Mundial. No conflito, o efetivo de tenentes da FEB foi composto por 433 militares temporários.
A partir daí, o número de militares temporários cresceu ano a ano, ao ponto de, no ano de 2022, 75,3% do efetivo da Força Terrestre ser formado por militares temporários. No universo de Tenentes da Força o número também é impressionante – cerca de 60% desses militares são temporários.
Os Oficiais temporários são graduados em entidades civis de nível superior e, posteriormente, participam da formação militar na área de combate que preferirem. A formação acontece nos Centros de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) espalhados pelo Brasil.
O dia a dia dos Oficiais R/2 é composto por rotinas administrativas em diversas áreas de interesse da Força. Dentre as profissões comuns dentro do Exército, temos: médicos, farmacêuticos, dentistas, veterinários temporários etc.
Canção do CPOR/RJ
Nós somos a reserva atenta e forte,
Em guarda à egrégia Pátria Brasileira;
Dispostos a lutar até morte,
Unidos em defesa da bandeira.
Reforçando os da ativa na batalha
Com glória, com orgulho excelso e ledo,
Iremos ao encontro da metralha,
Com viva fé, sem mácula e sem medo.
Eia, avante, com alma ungida e pura!
Em defesa da nossa Pátria amada,
Na honradez, no civismo e na bravura,
Afiemos nossa espada!
Honremos a memória de alto nível
Do nosso fundador, patrono e guia,
Padrão de militar inconfundível
Espírito de nobre hierarquia.
Imitemos com religiosa estima,
Com fibra, com heróica devoção,
O bravo Coronel Correia Lima,
Exemplo de soldado e cidadão!
Eia, avante, com alma ungida e pura!
Em defesa da nossa Pátria amada,
Na honradez, no civismo e na bravura,
Afiemos nossa espada!
Composição: Coronel José Ventilei Sobrinho.
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