O dia 30 de setembro representa a data de nascimento e de morte do Padre Redomark Fernandes de Sousa, homem de enorme prestígio na Capelania Naval. Reconhecendo todos os seus feitos, a Marinha do Brasil escolheu esse dia como o Dia dos Capelães da Marinha.
Neste post, você vai entender o que é a Capelania, além de conhecer a sua importância na história da Marinha. Caso seu sonho seja se tornar um Capelão da Marinha do Brasil, vamos lhe mostrar como alcançar esse posto!
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O que é a Capelania Naval?
A Capelania Naval pôde ser vista pela primeira vez no contexto das Grandes Navegações, quando Portugal e Espanha, países católicos, exploraram os oceanos em busca de novas rotas marítimas para a Índia e para procurar terras com metais preciosos e outras riquezas cobiçadas na época.
O lançamento ao mar de embarcações portuguesas e espanholas também era visto como uma grande oportunidade para a expansão da fé cristã nas terras que seriam colonizadas por esses países.
A figura responsável por levar a doutrina cristã aos povos recém-encontrados foi a do Capelão, representado por padres da Igreja Católica.
Na época, as embarcações não eram sofisticadas como as de hoje e, por isso, os capelães enfrentavam grandes desafios. Dentre eles estavam: o congelante frio noturno, água contaminada, comida estragada, falta de higiene, entre outros apuros oriundos das viagens da época.
Os capelães marcaram presença nos principais períodos históricos do Brasil, da Colônia à República. Atualmente, eles são os militares responsáveis por realizar atendimentos não só dos militares, mas também dos seus dependentes e dos civis que trabalham nas organizações militares.
Além disso, os Capelães militares também fazem visitas a hospitais, presídios e a outros lugares que necessitem da ajuda desse militar.
O Patrono do Quadro de Capelães Navais
No dia 30 de setembro de 1905, nasceu o Pe. Redomark Fernandes de Sousa, na cidade de Nova Iguaçu (RJ). Ele foi o primeiro Capelão Naval da era republicana e serviu, durante a maior parte de sua carreira, na Escola Naval.
Por todos os seus exemplos de dedicação, empenho e entrega ao serviço de Capelão Naval, no ano de 1988, o Pe. Redomark Fernandes de Sousa foi escolhido como o Patrono do Quadro de Capelães Navais e a data de sua morte – dia 30 de setembro – como o Dia dos Capelães da Marinha.
Como se tornar um Capelão Naval?
Se você é Sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana, Pastor da Igreja Assembléia de Deus ou da Igreja Batista e sonha em ingressar no Quadro de Capelães Navais do Corpo Auxiliar da Marinha, saiba que a sua entrada na Força se dará mediante concurso público. A seguir vamos te deixar por dentro de todos os requisitos e fases deste certame.
O concurso tem recorrência anual e entre os principais requisitos para concorrer às poucas vagas estão:
- Ser brasileiro nato;
- Estar em dia com as obrigações eleitorais e com o serviço militar obrigatório;
- Possuir entre 30 e 40 anos de idade;
- Ter altura mínima de 1,54 metros e máxima de 2 metros;
- Ter 3 anos de experiência em atividades pastorais;
- Possuir idoneidade moral, a ser apurada por intermédio de averiguação da vida pregressa do candidato; e
- Ter concluído ou estar em fase conclusão do Curso de formação teológica de nível superior.
A etapa mais importante de todo o processo seletivo é a prova de caráter eliminatório e classificatório. Ela é composta por 50 questões objetivas que dizem respeito a temas inerentes à função pleiteada, além de uma redação dissertativa argumentativa. Os candidatos têm o tempo limite de 4 horas para realização dessa etapa.
Os candidatos classificados dentro do número de vagas proposto avançam para as etapas complementares a seguir:
- Verificação de Dados Biográficos;
- Inspeção de Saúde;
- Teste de Aptidão Física composto por corrida e natação;
- Avaliação Psicológica;
- Verificação de Documentos; e
- Prova de Títulos.
Ao fim do rigoroso processo seletivo, os candidatos que lograrem êxito em todas ingressam no Curso de Formação de Oficiais (CFO), localizado no Centro de Instrução Almirante Wandenkolk (CIAW), no Rio de Janeiro (RJ). Nele, os candidatos se tornam Guarda-Marinha e fazem jus a um soldo no valor de R$ 7.315,00.
Durante as 31 semanas de curso, os alunos têm direito, além do soldo, à moradia, ao fardamento, à alimentação, à assistência médica e odontológica, entre outras vantagens da carreira militar.
Os formandos são promovidos ao posto de Primeiro Tenente e ingressam no Quadro de Capelães Navais, no qual exercerão suas funções em alguma das várias organizações militares da Marinha espalhadas pelo Brasil.
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