No dia 22 de maio, a Força Aérea Brasileira (FAB) celebra o Dia da Aviação de Patrulha, um dos segmentos mais estratégicos e históricos da aviação militar do país. A data homenageia os militares que se dedicam à missão de vigilância, proteção e patrulhamento do território brasileiro — em especial sobre os mares e fronteiras — e relembra os feitos heroicos da Segunda Guerra Mundial.
A Aviação de Patrulha tem papel fundamental na manutenção da soberania nacional. Com aeronaves especializadas em missões de longo alcance, os esquadrões de patrulha da FAB monitoram o vasto espaço aéreo e marítimo brasileiro, detectando ameaças, protegendo rotas comerciais e contribuindo para operações conjuntas de defesa.
Neste artigo, você vai conhecer a história da Aviação de Patrulha, sua atuação atual e os caminhos para seguir essa carreira dentro da Aeronáutica. Acompanhe com o Estratégia Militares!
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Raízes na Segunda Guerra Mundial
A história da Aviação de Patrulha da Força Aérea Brasileira está profundamente ligada à participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Quando o país declarou guerra ao Eixo em 1942, após ataques a navios brasileiros no Atlântico Sul, tornou-se urgente a criação de uma estrutura aérea capaz de proteger a costa e combater submarinos inimigos.
Foi nesse contexto que a FAB organizou, com apoio logístico dos Estados Unidos, os primeiros esquadrões voltados à patrulha marítima. Aeronaves como o B-25 Mitchell e o Lockheed Hudson passaram a operar a partir de bases no Nordeste brasileiro, cumprindo missões de reconhecimento, busca e ataque a submarinos.
A atuação dos pilotos brasileiros foi decisiva na proteção do tráfego naval entre o Atlântico Norte e o Atlântico Sul. Em várias ocasiões, aeronaves da FAB detectaram e atacaram submarinos alemães e italianos, contribuindo para a segurança das rotas aliadas e para a integridade do território nacional.
O marco histórico de 22 de maio de 1942
A data de 22 de maio foi escolhida para celebrar a Aviação de Patrulha porque marca o primeiro ataque bem-sucedido de uma aeronave brasileira contra um submarino inimigo. Naquele dia, um avião B-25 comandado pelo então tenente-aviador Parreiras Horta atacou o submarino italiano Barbarigo, ao largo do litoral nordestino.
Embora o afundamento do submarino não tenha sido confirmado oficialmente, o ataque teve grande repercussão e foi considerado o primeiro êxito operacional da FAB em ações de patrulha marítima. Desde então, o episódio passou a simbolizar a bravura e a eficiência dos militares brasileiros nesse tipo de missão.
Essa operação foi também um marco de afirmação da Força Aérea Brasileira como um ator relevante no esforço de guerra e no cenário internacional da época.
Consolidação no pós-guerra
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a Aviação de Patrulha passou por um processo de reorganização. Novas aeronaves foram incorporadas e os esquadrões passaram a operar a partir de diferentes bases no país. A doutrina de patrulhamento foi aperfeiçoada e alinhada aos interesses estratégicos do Brasil.
Com o avanço da tecnologia, os aviões utilizados pela patrulha aérea se tornaram mais modernos, capazes de voar por longas distâncias, carregar armamentos sofisticados e operar sensores eletrônicos de alta precisão. O foco passou a ser a defesa da chamada Amazônia Azul — o vasto território marítimo sob jurisdição brasileira, rico em recursos naturais e estratégicos.
Missões estratégicas e operacionais
Atualmente, a Aviação de Patrulha da FAB desempenha uma série de missões estratégicas para o país. Entre as principais estão:
- Patrulhamento marítimo e costeiro, com o objetivo de detectar embarcações suspeitas, atividades ilegais e garantir a soberania sobre as águas territoriais;
- Reconhecimento aéreo, com coleta de informações sobre áreas de interesse, tanto em terra quanto no mar;
- Busca e salvamento (SAR), atuando em missões de resgate de pessoas em situações de emergência;
- Apoio à Marinha e ao Exército, em operações conjuntas de defesa e inteligência;
- Missões antissubmarino, por meio do uso de sensores especializados e lançamento de armamentos adequados.
Essas missões são realizadas com apoio de tecnologia de ponta e em parceria com outros órgãos do governo, como a Marinha do Brasil, a Polícia Federal e agências internacionais de segurança.
Aeronaves utilizadas
A principal aeronave em operação atualmente pela Aviação de Patrulha da FAB é o P-95 Bandeirulha, derivado do Embraer EMB-111. É um avião bimotor turboélice, versátil, equipado com radares de vigilância marítima, sistemas de comunicação criptografados e capacidade de operar em ambientes hostis.
Além do P-95, a FAB opera aeronaves como o P-3AM Orion, de origem norte-americana, adaptado para missões de longo alcance com foco em detecção de submarinos. Com sensores eletro-ópticos, radar de superfície, sistemas de guerra eletrônica e capacidade de lançamento de torpedos, o P-3AM é uma das plataformas mais completas em atuação.
Essas aeronaves são operadas por esquadrões como:
- Esquadrão Orungan (1º/7º GAv) — sediado em Salvador (BA);
- Esquadrão Phoenix (2º/7º GAv) — com base em Canoas (RS);
- Esquadrão Netuno (3º/7º GAv) — localizado em Belém (PA).
Cada esquadrão atua em uma área estratégica do litoral ou das fronteiras, garantindo a cobertura e proteção de pontos vitais para o país.
Integração e modernização
A Aviação de Patrulha da FAB também está integrada ao Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA), o que permite uma resposta rápida a ameaças ou atividades suspeitas. As missões de patrulha são monitoradas em tempo real por centros de comando e controle que coordenam a atuação das aeronaves.
Nos últimos anos, a Força Aérea tem investido na modernização de suas plataformas, na capacitação dos pilotos e operadores de sensores, e na adoção de sistemas eletrônicos de última geração. Isso amplia a capacidade dissuasória do Brasil e fortalece sua presença no Atlântico Sul.
Desafios estratégicos do século XXI
Com a crescente valorização dos recursos naturais marítimos, como o petróleo do pré-sal, a biodiversidade e as rotas comerciais internacionais, a vigilância da Amazônia Azul torna-se cada vez mais importante. A Aviação de Patrulha da FAB desempenha papel crucial nesse contexto.
Outro desafio emergente é o combate ao crime organizado transnacional, que muitas vezes utiliza rotas marítimas e fluviais para o tráfico de armas, drogas e pessoas. A patrulha aérea é fundamental para detectar e impedir essas ações.
Além disso, a FAB projeta ampliar sua capacidade de atuação na Antártida, reforçar sua presença nas fronteiras da Amazônia Legal e cooperar em missões internacionais de paz e segurança.
Como seguir carreira na Aviação de Patrulha
Para ingressar na Aviação de Patrulha da Força Aérea Brasileira, o primeiro passo é ser aprovado na Academia da Força Aérea (AFA), localizada em Pirassununga (SP). Os candidatos devem cursar a EPCAr ou prestar o concurso direto para a AFA, de nível médio.
Durante o curso na AFA, o aspirante a oficial aviador será submetido a intenso treinamento teórico e prático, passando por etapas de voo, simulações, doutrinas táticas e formação militar. Após a formatura como oficial, o militar poderá ser designado para um esquadrão de patrulha, conforme as necessidades da FAB e o desempenho individual.
O ingresso nessa carreira exige:
- Excelente desempenho acadêmico (com foco em física, matemática e inglês);
- Aptidão física e psicológica compatível com as exigências da aviação;
- Compromisso com os valores da Força Aérea Brasileira: integridade, profissionalismo, dedicação e patriotismo.
Formação completa e oportunidades
A carreira na Aviação de Patrulha oferece oportunidades únicas de desenvolvimento profissional e pessoal. Além de voar aeronaves modernas e atuar em missões estratégicas, o militar pode participar de cursos no exterior, realizar especializações e integrar operações conjuntas com outras Forças Armadas e agências internacionais.
O ambiente de camaradagem, o respeito à hierarquia e a valorização da meritocracia são características marcantes da vida militar na FAB. Muitos dos oficiais que hoje ocupam posições de comando iniciaram suas trajetórias na Aviação de Patrulha.
O Dia da Aviação de Patrulha, comemorado em 22 de maio, celebra uma das áreas mais nobres e estratégicas da Força Aérea Brasileira. É uma homenagem aos homens e mulheres que, desde a Segunda Guerra Mundial, dedicam suas vidas à vigilância e proteção do espaço aéreo e marítimo nacional.
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