01 de Agosto: Partida da Divisão Naval em Operações de Guerra na Primeira Guerra Mundial

01 de Agosto: Partida da Divisão Naval em Operações de Guerra na Primeira Guerra Mundial

No dia 1º de agosto, a Marinha do Brasil rememora um dos episódios mais significativos de sua história: a partida da Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG), enviada para atuar na Primeira Guerra Mundial. Em 1918, em meio a um cenário geopolítico global devastador, o Brasil destacou-se ao ser o único país da América Latina a enviar efetivamente tropas navais para o conflito.

Essa ação marcou um divisor de águas na presença internacional do Brasil e no amadurecimento de sua política de defesa. Neste artigo do Estratégia Militares, você conhecerá os detalhes dessa missão histórica, entenderá seu contexto e verá por que a data segue sendo comemorada com tanto respeito e admiração pela Marinha e pelas Forças Armadas brasileiras.

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O Brasil na Primeira Guerra Mundial: do posicionamento diplomático à entrada no conflito

A Primeira Guerra Mundial (1914–1918) começou com o Brasil mantendo uma posição de neutralidade, como a maioria das nações da América Latina. Entretanto, à medida que o conflito avançava, essa neutralidade começou a ser colocada à prova, principalmente após o aumento dos ataques de submarinos alemães no Oceano Atlântico.

Em 1917, o afundamento de navios mercantes brasileiros, como o Paraná e o Macau, por embarcações da Tríplice Aliança, especialmente a Alemanha, levou o governo brasileiro a romper relações diplomáticas com os países centrais.

No dia 26 de outubro de 1917, o Brasil declarou guerra ao Império Alemão. A decisão não foi apenas simbólica. O país organizou a Missão Médica Brasileira, que atuou em hospitais militares na França, e, de maneira inédita, enviou forças navais para operar no teatro de guerra no Atlântico, com foco na escolta e patrulhamento marítimo.

Assim nasceu a Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG), liderada pelo então almirante Pedro Max Fernando Frontin, uma figura fundamental na consolidação da Marinha como força expedicionária de alcance internacional.

A DNOG e a travessia histórica: desafios, combates e superações

A partida da DNOG, composta por quatro navios principais — os cruzadores Bahia e Rio Grande do Sul, os contratorpedeiros Piauí, Rio Grande do Norte e Paraíba, além de navios de apoio — ocorreu no dia 1º de agosto de 1918, do porto de Salvador, na Bahia. Seu destino inicial era Dakar, no Senegal, de onde prosseguiria para atuar no Atlântico Sul e Norte, realizando escoltas de navios aliados e combatendo submarinos inimigos.

A missão foi extremamente desafiadora. Além dos riscos naturais de navegar durante um conflito global, a tripulação da DNOG enfrentou surtos de doenças como a gripe espanhola e a disenteria, que acometeram dezenas de militares, resultando inclusive em mortes. Outro obstáculo foi a defasagem tecnológica dos navios brasileiros em relação às potências navais europeias.

Ainda assim, a Marinha do Brasil cumpriu com honra sua missão. A DNOG patrulhou com eficiência as áreas estratégicas do Atlântico, principalmente no trecho entre o Senegal e Gibraltar. A atuação do Brasil foi fundamental para garantir a segurança das rotas marítimas usadas pelas forças aliadas.

Apesar das dificuldades, a presença brasileira teve um peso simbólico e prático expressivo. Ela demonstrou que o país estava disposto a se comprometer com a segurança global e a colaborar ativamente em missões internacionais, reforçando sua soberania e capacidade estratégica.

O legado da DNOG e a importância do 1º de Agosto para a Marinha do Brasil

A experiência da Divisão Naval na Primeira Guerra Mundial foi marcante para a história das Forças Armadas. Ela fortaleceu o prestígio da Marinha brasileira, projetou o país no cenário internacional e revelou a importância de investimentos contínuos em tecnologia e capacitação das Forças Navais.

O 1º de agosto foi oficializado como o Dia da Partida da Divisão Naval em Operações de Guerra, uma data que simboliza o compromisso da Marinha com a defesa da paz, da liberdade e da cooperação internacional. A cada ano, essa data é celebrada com solenidades militares, exposições históricas e homenagens aos marinheiros que compuseram a DNOG — muitos dos quais faleceram em serviço, seja em combate, seja por enfermidades durante a missão.

Além de ser um marco histórico, essa data também inspira os atuais integrantes da Marinha a manterem vivos os valores de coragem, profissionalismo e dedicação ao Brasil. O legado da DNOG transcende o campo militar e serve como exemplo de patriotismo e de engajamento em prol da estabilidade mundial.

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Fontes

Imagens: Flickr Marinha do Brasil

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