O Corpo de Engenheiros da Marinha (CEM) foi criado no dia 12 de abril de 1890 e, pela sua tradição centenária e grandes serviços prestados, é muito respeitado. Não só dentro da Marinha do Brasil, mas também fora dela.
O Estratégia Miliares preparou um post que conta para você um pouco mais sobre a história, o processo de ingresso e muitas outras informações desse importante setor da nossa Força Naval.
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O que é o Corpo de Engenheiros da Marinha?
O Corpo de Engenheiros da Marinha (CEM) foi criado pelo decreto n° 327, assinado no dia 12 de abril de 1890 pelo então Chefe de Governo, o Marechal Manoel Deodoro da Fonseca. Sua criação se deu pela carência existente na Marinha de um grupo de engenheiros especializados para atender a crescente demanda da Força Naval.
O CEM é composto por militares formados em Arquitetura e Urbanismo, além dos ramos de Engenharia listados abaixo:
- Engenharia Cartográfica;
- Engenharia Civil;
- Engenharia de Materiais;
- Engenharia de Produção;
- Engenharia de Sistemas de Computação;
- Engenharia Eletrônica;
- Engenharia Elétrica;
- Engenharia de Telecomunicações;
- Engenharia Mecânica;
- Engenharia Naval; e
- Engenharia Química.
Oficiais oriundos da Escola Naval (EN) também podem fazer parte do CEM! Ao final do CFO, os formandos são promovidos ao posto de Segundo Tenente e, por meio de seleção interna, podem completar sua formação na USP e, assim, estarem aptos para incorporar o CEM.
Os Engenheiros da Marinha são os responsáveis por conduzir pesquisas na área de engenharia, bem como trabalhar pelo desenvolvimento e manutenção dos equipamentos e instalações da Força.
Como ingressar no Corpo de Engenheiros da Marinha?
O ingresso no CEM se dá por meio de concurso público de nível superior com recorrência anual. O certame é destinado a ambos os sexos e quem tiver interesse em concorrer a uma das poucas vagas disponibilizadas deve ficar atento aos requisitos impostos pelo edital. Seguem os principais:
- Ser brasileiro nato;
- Estar em dia com as obrigações eleitorais e com o serviço militar obrigatório;
- Ter idade inferior a 36 anos até o primeiro dia do mês de janeiro do ano do curso de formação;
- Ter bons antecedentes de conduta; e
- Possuir formação superior completa na área escolhida, no ano de ingresso no curso de formação.
A prova que afere os conhecimentos do candidato é, sem dúvidas, a etapa mais importante do concurso. A prova de caráter eliminatório e classificatório é dividida em duas etapas. Se os candidatos obtiverem desempenho satisfatório na primeira, avançam para a segunda.
A primeira etapa pode ser realizada em, no máximo, 4 horas e é composta por 20 questões objetivas que dizem respeito a conhecimentos técnicos da área escolhida pelo candidato, além de uma redação.
Na segunda etapa, os candidatos têm uma hora a mais à disposição para responder 10 questões discursivas, que versam sobre assuntos inerentes à especialidade escolhida, além de realizarem a tradução de um texto em língua inglesa.
A partir desse momento, os melhores classificados avançam para as demais etapas de caráter eliminatório. Dentre elas, destacam-se:
- Inspeção de Saúde;
- Teste de Aptidão Física composto por provas de natação e corrida;
- Avaliação Psicológica; e
- Verificação de Documentos.
Curso de Formação de Oficiais
Os candidatos que obtiverem êxito em todas as etapas do processo ingressam no Curso de Formação de Oficiais, que é ministrado no Centro de Instrução Almirante Wandenkolk (CIAW), situado na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
O curso tem a duração total de 31 semanas e nele os alunos ocupam o posto de Guarda Marinha. Fazem jus a um soldo no valor de R$ 7.315,00, além de todas as vantagens da carreira militar, como: assistência médica e odontológica, fardamento, alimentação, etc.
São ministradas disciplinas que dizem respeito à formação militar naval do aluno, bem como disciplinas inerentes ao Corpo de Engenheiros da Marinha.
Os formandos são promovidos ao posto de Primeiro Tenente, cujo soldo corresponde ao valor de R$ 8.245,00. O plano de carreira prevê que os Engenheiros do CEM cheguem ao posto de Vice-Almirante, no final da carreira.
Esses militares têm a oportunidade de trabalhar em vários projetos de grande proporção no Brasil. O de maior destaque atualmente é o desenvolvimento do submarino nuclear brasileiro.
A carreira apresenta diversas oportunidades de desenvolvimento profissional do militar, como: cursos de pós-graduação a nível de mestrado e doutorado, além de diversos cursos de especialização feitos no exterior.
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- Concurso Público de Admissão à Escola Naval (CPAEN);
- Concurso Público de Admissão às Escolas de Aprendizes-Marinheiros (CPAEAM); e
- Concurso Público de Admissão ao Corpo de Fuzileiros Navais (CPACFN).
Referência:
