Redação: como construir uma introdução? 

Redação: como construir uma introdução? 

Você sabia que a Redação é uma parte crucial dos seletivos das Forças Armadas? Então, se quer entrar na escola militar dos seus sonhos, aproveite este conteúdo que o Portal Estratégia Militares separou para você! Entenda o que é e como montar a introdução da sua Redação com este resumo da aula da Profa Celina Gil. 

O que é a introdução da Redação? 

A introdução é o cartão de visitas de uma redação. Ela é a primeira impressão que o corretor terá de sua dissertação e pode ser decisiva para o modo como o restante do seu texto será avaliado. Ela é composta por duas partes: contextualização e tese.

Lembre-se que a contextualização é a apresentação do tema e a tese, sua opinião sobre o tema. Confira o exemplo elaborado a partir do texto de apoio abaixo: 

Assim, um possível tema extraído é: 

A introdução é escrita sobre o tema, o recorte temático e a tese que forem escolhidas, veja: 

Para saber mais sobre como identificar o tema, o recorte temático e como elaborar a tese, leia mais no Portal Estratégia Militares! 

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Caraterística da Introdução

Ao escrever a introdução da Redação, é preciso observar algumas características. O mais importante em uma introdução é não enrolar, ou seja, vá direto ao ponto. Você deve apresentar o tema e sua opinião sobre ele – ou seja, não antecipe os argumentos! 

Uma boa introdução é simples e objetiva, ou seja:
 

  • Não é necessário escrever mais do que dois ou três períodos; 
  • O ideal é fazer em torno de 5 a 6 linhas; e
  • O foco deve ser a apresentação da tese, mas sem desenvolvê-la profundamente. 

A contextualização introduz a tese, mas não precisa antecipar a argumentação. Dedique-se principalmente a elaborar uma tese que possa ter desdobramentos no desenvolvimento.

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Tipos de contextualização

Há vários tipos de contextualização que podem ser utilizados na introdução. A escolha da maneira de iniciar uma redação é uma questão tanto de estilo quanto de pertinência

No caso do estilo, trata-se do modo como você se sente confortável escrevendo aliado às diretrizes do vestibular em questão. Uma dissertação, por exemplo, deve ser escrita na norma culta.

Quanto à pertinência, você percebe ao ler os textos que há elementos que se sobrepõem e que podem ser mais facilmente acessados para construir sua introdução. Um gráfico ou tabela, por exemplo, traz dados concretos e, por isso, pode ser uma boa opção fazer uma introdução baseada em dados científicos. Já textos de pessoas famosas ou especialistas podem sugerir uma introdução baseada em uma citação. 

Para exemplificar, apresentaremos diferentes desenvolvimentos de uma tese, com base num mesmo texto de apoio. Leia-o a seguir: 


A tese para todos os exemplos é: “A educação artística promove o desenvolvimento de uma série de habilidades motoras e, consequentemente, auxilia na realização de diversas atividades em diferentes áreas”. Confira a seguir os tipos de contextualização!

Comparação

Realizar uma comparação na introdução pode partir de dados existentes no texto ou em conhecimentos compartilhados por todos no contemporâneo. Uma boa estratégia é utilizar elementos presentes em diferentes textos de apoio que possam mostrar informações contrastantes.

Neste caso, realizaremos uma comparação a partir de informações presumidas, já que o texto de apoio é bastante conciso: 

Dados científicos

Apesar do nome, dados científicos não precisam ser apenas informações precisas como porcentagens e número. Dados com menor grau de precisão, mas com caráter científico, também são considerados modos de redigir uma introdução.

Veja o exemplo

Definição

Ao optar por uma introdução que trabalhe com a ideia de definição, pode-se trabalhar em dois campos:

  • definir alguma das palavras ou conceitos presentes no tema da redação, justificando assim a sua tese; ou 
  • definir alguma palavra ou conceito que resume seu entendimento do texto.

Dica: Esse é um dos melhores modos de começar sua redação caso você não tenha tanto repertório. Os textos de apoio fornecidos costumam trazer esses conceitos. 

Veja os exemplos: 

Referência histórica

Uma referência histórica nada mais é que um dado ou acontecimento da história, situado em um espaço e tempo pontuais. Pode também referir-se a pessoas com algum papel importante ou a críticas sociais.

Na prática!

Agora, que tal exercitar o que aprendeu? Leia o fragmento de texto abaixo e pratique diferentes tipos de introdução para uma mesma tese. 

Para este texto de apoio, o tema será: “A ligação com o misticismo no contemporâneo”. Encontre um recorte temático e elabore uma tese. Em seguida escreva uma introdução de cada tipo:

  • Comparação; 
  • Dados Científicos; 
  • Definição; e 
  • Referência histórica.

Dicas: 

Alguns dos recortes temáticos possíveis acerca desse tema são:

➢ A busca de conforto em momentos de crise no misticismo.

➢ A mudança de status do misticismo, da futilidade à ciência.

➢ O esvaziamento do significado do misticismo a partir de sua popularidade.

➢ Os jovens estão mais interessados no misticismo, pois esse responde melhor aos seus anseios.

Algumas possíveis teses para esses recortes temáticos são:

➢ Apesar de vivermos numa sociedade ligada à racionalidade, os místico e imaterial têm ganhado espaço, pois parecem capazes de responder melhor aos anseios de uma constituição de individualidade.

➢ As expressões normalmente ligadas ao íntimo já não são mais tratadas como exclusivas do indivíduo, a ponto e se tornarem uma tendência e, consequentemente, se banalizarem.

➢ As redes sociais mudam a relação com o místico e a astrologia, tornando-o mais popular, correndo o risco, porém de esvaziá-lo.

➢ A popularização do misticismo no contemporâneo faz com que suas expressões se aprofundem, ultrapassando o horóscopo de jornal e alcançando os estudos.

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