As civilizações clássicas: guerras médicas e mais da Grécia Antiga!

As civilizações clássicas: guerras médicas e mais da Grécia Antiga!

A Grécia Antiga era uma sociedade muito dinâmica. A cidade de Atenas possuía um alto grau de desenvolvimento econômico, e esse dinamismo chocou-se com o expansionismo territorial do Império Persa. Para saber mais das guerras gregas, confira esse artigo que o Estratégia Miliares preparou para você!

O expansionismo persa atingiu uma vasta região, abrangendo o Oriente, a Ásia Menor, ameaçando os interesses atenienses na região e a própria Grécia Continental. Quando os gregos daquela região se rebelaram contra a dominação persa, receberam ajuda dos atenienses, que viram nisso a possibilidade de deter o avanço persa sobre o Mediterrâneo Oriental.

A batalha de Maratona na Grécia Antiga

O rei persa Dario I organizou uma reação e enviou um exército para atacar Atenas. De maneira surpreendente, os cinquenta mil soldados persas que desembarcaram na planície de Maratona, a 42 km de Atenas, foram derrotados pelos dez mil atenienses, em 490 a.C.

Atenas começou, então, a se preparar melhor para a defesa contra novos ataques e, para isso, construiu uma poderosa esquadra e aparelhou seus pontos, visando consolidar-se como uma potência naval.

Em torno da Batalha de Maratona, tornou-se célebre o episódio no qual um soldado correu sem parar os 42 quilômetros que separavam o local da batalha em Atenas, para avisar o povo de que os gregos tinham vencido. Ele teria morrido logo após transmitir a mensagem.

É por isso que se dá o nome de maratona às corridas de percurso equivalente a 42 km e é uma das mais importantes provas das Olimpíadas modernas.

Nos anos que se seguiram, os persas também se prepararam para um novo confronto, organizando uma poderosa marinha de guerra e um exército numeroso que, em 480 a.C., avançou em direção à Grécia sob comando de Xerxes, novo rei dos persas.

As forças persas foram barradas no desfiladeiro das Termópilas, defendido por um exército espartano liderado, segundo relatos gregos, por uma tropa de 300 hoplitas sob o comando do rei Leônidas, que reforçou por terra a estratégia ateniense.

Os persas conseguiram romper o cerco grego e massacraram as forças espartanas. Xerxes avançou, devastando a Beócia e a Ática. Atenas foi ocupada e incendiada, mas sua população já tinha sido retirada pela marinha grega.

Entretanto, poucos anos depois, os gregos impuseram uma pesada derrota aos persas, obrigando-os a recuarem. Eles combateram os persas em todos os domínios, inclusive em seu próprio território. 

Paz de Cálias

Em 448 a.C., finalmente, foi assinada a Paz de Cálias, tratado em que os persas se comprometiam a reconhecer a independência das cidades da Ásia Menor e não atacarem a costa do Mar Egeu. Por outro lado, os atenienses não atacariam os territórios do Império Persa.

A ameaça de uma nova invasão e a necessidade de libertar as cidades gregas da Ásia Menor que ainda estavam sob jugo persa foram usadas por Atenas como argumentos para levar as cidades-estados gregas a se unirem em uma liga, com o objetivo de garantir a defesa de seus territórios.

Liga de Delos

Surgiu então, em 478 a.C., uma confederação conhecida como Liga de Delos, composta pela reunião das cidades aliadas, sob liderança de Atenas. Cada cidade deveria fornecer à Liga de Delos homens, navios ou dinheiro.

Capacetes espartanos

A Guerra do Peloponeso na Grécia Antiga

Ocorrida entre 431 e 404 a.C., a Guerra se deu pela insatisfação que o domínio ateniense provocou tanto nas cidades que compunham a Liga de Delos, quanto nas cidades aristocráticas do Peloponeso, que não se alinhavam com Atenas. Esse fato deu origem à Liga do Peloponeso, ou seja, uma aliança entre essas cidades-estados insatisfeitas, sob a liderança de Esparta.

A Guerra do Peloponeso começou como um conflito geopolítico entre Esparta e Atenas, contudo, a continuação dessa guerra ao longo dos anos provocou a transformação do conflito em um embate entre as diferentes concepções de organização política e social das poleis. 

A democracia ateniense e a oligarquia espartana se opuseram, o que fez com que a guerra aumentasse de dimensão e envolvesse todo o mundo grego – em cada polis, o povo aproximava-se de Atenas, e a nobreza, de Esparta.

A guerra terminou com a derrota ateniense e com o enfraquecimento geral da Península Grega, inclusive de Esparta que, mesmo saindo vitoriosa da guerra, viu-se esgotada e incapaz de sustentar uma hegemonia de longo prazo. As poleis tornaram-se presa fácil para os macedônios, povo que vivia em uma região ao norte da Grécia, onde se localizava a Macedônia.

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