Transporte rodoviário no Brasil: investimentos e a realidade das rodovias atualmente!

Transporte rodoviário no Brasil: investimentos e a realidade das rodovias atualmente!

O transporte rodoviário no Brasil foi altamente incentivado, principalmente nos anos do governo JK. Confira nesse artigo, que o Estratégia Militares, mais detalhes e informações desse modal de transporte.

O transporte rodoviário detém o primeiro lugar no deslocamento de mercadorias e de pessoas. O rodoviarismo consolidou-se mundialmente a partir da expansão da indústria automobilística em meados do século XX. 

Esse modal apresenta uma grande flexibilidade nos itinerários, uma vez que permite o transporte “porta a porta”, ou seja, do produtor ao consumidor, sem necessidade de utilizar outros meios de transporte.

No mundo, tem ocorrido uma densificação cada vez maior das redes rodoviárias, em razão da modernização das técnicas de construção, que permitem ao homem a instalação de rodovias nas mais diversas regiões. Hoje, por meio de túneis e de pontes, por exemplo, é possível transpor obstáculos antes impensáveis.

Em função disso, o caminhão transformou-se em um grande rival do trem no transporte de mercadorias. Isso se deve não somente à sua grande flexibilidade, mas também aos progressos efetuados nos últimos anos, possibilitando um crescente aumento da velocidade e da capacidade de carga no modal rodoviário.

Aliadas às vantagens deste modal, há também a autonomia e a mobilidade oferecidas pelo automóvel, um meio de transporte individual bastante utilizado na sociedade atual, sobretudo, para deslocamentos à curta distância, como a ida ao trabalho e à escola.

Apesar das vantagens, o transporte rodoviário apresenta alguns inconvenientes, como:

  • Grande área ocupada pelas rodovias; 
  • Grande consumo de combustível; 
  • Maior poluição do ambiente, entre outros.

Além disso, o desgaste das estradas é maior se comparado a outros sistemas de transporte e demanda constantes reparos.

Transporte rodoviário no Brasil

As estradas brasileiras ficaram em segundo plano entre 1860 e 1920, pois nessa época houve grande desenvolvimento das ferrovias, como forma de ligar as áreas produtoras agrárias aos portos no litoral. 

Porém, o declínio do transporte ferroviário no país foi decretado pelo então presidente Juscelino Kubitschek com a implantação da indústria automobilística no país, na década de 1950. A partir desse momento, paulatinamente, a opção pelo modal rodoviário foi sendo estabelecida e consolidada, ocasionando a queda de investimentos públicos no setor ferroviário.

Transporte rodoviário no Brasil

Atualmente, a extensão das rodovias brasileiras é de  cerca de 1.660.352 km, o que resulta em uma média de 140 metros por km². O meio de transporte rodoviário é o mais usado no país, tanto para a carga pesada, cerca de 61%, quanto para o transporte de pessoas, cerca de 90%.

Apesar de ser um dos meios de transporte mais caros, é o mais viável para curtas distância, de até 250 km, pois possibilita a retirada da mercadoria do local de produção e transportá-la a qualquer outro ponto com maior flexibilidade.

Assim como acontece com os demais meios de transporte, a distribuição das rodovias e o estado de conservação não se apresentam de forma homogênea nas diversas regiões do país.

Observa-se que a região Sudeste destaca-se quanto à presença de estradas pavimentadas. A região Centro-Oeste, apesar de apresentar maior quilometragem que a região Sul, possui apenas 4% de estradas pavimentadas.

Crise do transporte rodoviário no Brasil

A malha rodoviária brasileira apresenta grandes problemas, principalmente por sua predominância em relação aos outros modais de transporte, o que provocou, ao longo do tempo, um grande desgaste nas rodovias.

Apesar da cobrança de certos impostos para sua manutenção, como o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), e o seguro por Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT), cerca de 80% da extensão das estradas brasileiras encontra-se em péssimo estado de conservação.

Isso incide diretamente no preço do transporte de mercadorias, feito em sua maioria por rodovias, encarecendo-o, já que há um aumento de gastos com manutenções e reparos de veículos e atrasos nas entregas, por exemplo.

Além da má conservação das estradas, muitas delas estão mal sinalizadas, além de serem insuficientes para a demanda do país. Muitos desses problemas poderiam ser minimizados se a crise do sistema rodoviário viesse acompanhada do investimento e do desenvolvimento expressivo de outros modais de transporte, que fossem capazes de suprir a precariedade em que se encontra a maior parte das rodovias brasileiras.

Concessões à iniciativa privada

Com o intuito de atenuar esse problema, cerca de 10.000 km de estradas foram privatizadas, medida que possibilitou melhorias em relação à manutenção, pavimentação e sinalização bem como à assistência médica e mecânica ao longo das vias privatizadas.

Entretanto, todas essas melhorias são financiadas pela arrecadação de pedágios, que, no caso do Brasil, estão entre os mais caros do mundo, tomando como base a renda per capita da população brasileira em geral.

As estradas privatizadas apresentam melhores condições de tráfego aos usuários. Contudo, o pagamento por essa manutenção é feito por meio de pedágios, cobrados aos usuários das vias. 

Transporte por caminhões no Brasil

Essa situação gera polêmica, pois já há o pagamento de impostos destinados à realização de melhorias das estradas que deveriam ficar a cargo do governo federal, que, contudo, não consegue realizar tais melhorias de modo satisfatório.

De modo geral, as más condições das estradas públicas, bem como o pagamento de pedágios em estradas privatizadas, acabam por contribuir para o aumento do custo das mercadorias transportadas.

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Referências

  • MAGNOLI, Demétrio – Geografia: paisagem e território: geografia geral e do Brasil – 3ª Ed. Reform. – São Paulo: Moderna, 2001.
  • SENE, Eustáquio de. Globalização e espaço geográfico. 1ª ed. São Paulo: Contexto, 2012.
  • TERRA, Lygia. ARAÚJO, Regina. GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil: volume único.
  • Agência Nacional de Transportes Terrestres. Disponível em: https://www.gov.br/antt/pt-br/acesso-a-informacao . Acesso em: Junho de 2023.
  • Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes. Disponível em: https://www.gov.br/dnit/pt-br/acesso-a-informacao . Acesso em: Junho de 2023
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