Regionalização brasileira: a economia agropecuária e extrativista da região norte!

Regionalização brasileira: a economia agropecuária e extrativista da região norte!

A economia na região Norte do Brasil é recorrentemente alvo de discussões, visto o desenvolvimento da agropecuária e das demais atividades econômicas exploratórias. Confira nesse artigo, que o Estratégia Militares preparou, as características da região Norte para você se preparar para as provas militares!

Economia agropecuária da região Norte

Nas últimas décadas, a atividade agropecuária tem crescido bastante na região Norte, sobretudo a agricultura comercial monocultora. Os principais ramos em expansão são as plantações de soja e a pecuária extensiva, que têm agravado a situação em relação à concentração de terras na região. 

Essas atividades, no entanto, ainda apresentam baixa produtividade se comparadas à produção das regiões mais desenvolvidas do país.

O cultivo de produtos voltados para a alimentação ocorre principalmente em propriedades de pequeno porte, com mão de obra familiar e técnicas agrícolas consideradas rudimentares, o que representa uma menor produtividade de mercadorias desse gênero.

A partir de 1970, a criação de rebanhos bovinos, de leite e corte, voltados para o abastecimento do mercado regional, começou a se desenvolver. 

Geralmente, na região, a pecuária se processa de forma extensiva, ou seja, os animais são criados soltos, em grandes propriedades rurais. No entanto, em função do tratamento inadequado a que os rebanhos são submetidos, essa atividade possui baixa produtividade.

De acordo com um relatório divulgado pelo Banco Mundial, os criadores de gado foram apontados como os responsáveis por cerca de 75% da derrubada de árvores na Amazônia. Estima-se que, atualmente, cerca de um terço do rebanho do país esteja nessa área. 

Em contrapartida, estudos divulgados por ONGs indicam o próprio Banco Mundial como um dos colaboradores do desmatamento, uma vez que a instituição financia projetos pecuários na região.

Em 2009, a Embrapa divulgou um relatório que afirmava que as áreas com mais de 80% de desmatamento coincidem com as de maior concentração de rebanhos.

Tem-se verificado um maior crescimento do setor pecuário em áreas localizadas principalmente no leste e no sudeste do Pará e também nos estados de Rondônia, do Acre e do Amazonas.

Os locais destinados à pecuária leiteira são muito restritos e suas áreas de ocorrência estão situadas principalmente nas imediações das capitais, como Belém e Manaus.

Embora o principal rebanho da região seja o de gado bovino, a criação de bufalinos também se destaca. Esse rebanho corresponde a mais de 60% do total nacional; já os rebanhos suíno e equino são pouco expressivos.

Tratos arando um campo para plantação

Economia extrativista mineral na região Norte

A região Norte é rica em recursos minerais, sendo as duas principais áreas produtoras a Serra dos Carajás, onde a empresa Vale do Rio Doce possui os direitos de exploração, e a Serra do Navio, no estado do Amapá. A extração mineral na região começou a se destacar no fim da década de 1950, intensificando-se a partir de 1970.

A exploração do manganês teve início em 1957, quando foi instalada na Serra do Navio uma empresa mineradora multinacional. Com o objetivo de facilitar o transporte e a exportação do produto, foram construídos, perto de Macapá, uma ferrovia e o porto de Santana. Quase todo o minério produzido no local é exportado, principalmente, para a América do Norte e para a Europa.

No fim da década de 1960, na Serra dos Carajás, no sudeste do Pará, foi descoberta uma importante jazida de ferro e, mais tarde, outras grandes reservas de cobre, manganês, bauxita, níquel, estanho e ouro.

Para viabilizar a exploração mineral na província mineralógica de Carajás, em 1979 foi lançado o Projeto Grande Carajás, que visava ao desenvolvimento de infraestruturas que facilitassem a exploração e a exportação dos minérios da região.

Assim, foram construídos o porto de Ponta Madeira em São Luís, no estado do Maranhão, a estrada de ferro Carajás e a Usina Hidrelétrica de Tucuruí para atender às demandas da área de mineração.

A bauxita e o minério de alumínio são outros importantes recursos minerais encontrados na região. A energia necessária para beneficiar esse minério, para que ele possa ser convertido em alumínio, é produzida em Tucuruí. O município de Oriximiná, no estado do Pará, é o maior produtor brasieliro de bauxita  e conta com enormes reservas às margens do Rio Trombetas.

O ouro e o diamante presentes em diversas áreas da Amazônia são explorados pelo garimpo. No final de 2006, foi descoberta a maior reserva na Amazônia dos últimos 100 anos. 

Isso motivou migrações em direção à área, o que pode comprometer ainda mais o meio ambiente devido à atividade de mineração, além de pressionar ainda mais os serviços de saúde e moradia, já deficitários na região. Há também o desmatamento de grandes áreas para a exploração mineral e a contaminação dos corpos d’água por mercúrio, utilizado na separação do ouro da terra.

Economia extrativista vegetal na região Norte

A extração vegetal, além de ser uma atividade antiga, foi, durante muitos anos, a principal atividade econômica da região, empregando, ainda hoje, numerosa mão de obra. 

A atividade extrativista na região Norte aparece nos registros históricos desde o século XVIII, a partir da busca pelas drogas do Sertão, mas foi somente na segunda metade do século XIX que se observou um maior desenvolvimento com o início do ciclo da borracha.

Atualmente, a atividade madeireira se sobressai, isoladamente, na economia extrativa regional, fornecendo cerca de 85% da madeira consumida no país. Mesmo assim, ainda existe uma exploração de produtos florestais não madeireiros de grande importância, como a castanha e o palmito-açaí, além da borracha.

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Referências 

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