Presentes em praticamente todos os ecossistemas do planeta, os artrópodes formam o grupo mais diverso do reino animal, com milhões de espécies conhecidas e outras ainda não catalogadas.
Seu sucesso evolutivo está relacionado a características únicas, como o corpo segmentado, apêndices articulados e a presença do exoesqueleto, uma estrutura rígida que proporciona proteção e sustentação.
Você sabia que os artrópodes desempenham papéis fundamentais no equilíbrio ecológico, desde a polinização até a decomposição e o controle populacional? Eles vão muito além do que se imagina — inclusive com funções econômicas essenciais!
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Características gerais dos artrópodes
Os artrópodes representam o grupo de animais mais abundante e diversificado do planeta. Sua morfologia apresenta características bem definidas, que estão diretamente relacionadas ao seu sucesso adaptativo nos mais variados ambientes terrestres e aquáticos.
Estruturalmente, todas as espécies compartilham traços fundamentais, como o exoesqueleto rígido, apêndices articulados e corpo segmentado — elementos que fornecem vantagens tanto em defesa quanto em mobilidade. Outras características:
- o exoesqueleto impede a perda de água e oferece proteção, mas precisa ser trocado em um processo chamado ecdise ou muda;
- os apêndices articulados evoluíram para diversas funções: locomoção, alimentação, defesa, percepção sensorial, reprodução e escavação; e
- o sistema circulatório aberto, com hemolinfa banhando diretamente os órgãos.
Adaptações fisiológicas
Os artrópodes apresentam uma impressionante diversidade de adaptações fisiológicas, especialmente no que diz respeito à respiração. Essa variedade está diretamente relacionada à ocupação de diferentes ambientes.
Nos insetos, a respiração ocorre por meio de um sistema de traqueias, que conduz o ar diretamente às células do corpo. Já os crustáceos, como camarões e caranguejos, possuem brânquias adaptadas para a troca gasosa em ambientes aquáticos.
Por sua vez, os aracnídeos, como aranhas e escorpiões, respiram por pulmões foliáceos: estruturas internas com finas lamelas que aumentam a superfície de contato com o ar.
O sistema nervoso dos artrópodes também é altamente eficiente, composto por um cérebro localizado na região anterior do corpo e um cordão nervoso ventral. Esse cordão possui gânglios segmentares que controlam movimentos e respostas rápidas a estímulos do ambiente, conferindo grande agilidade e coordenação.
Além disso, muitos artrópodes possuem olhos compostos formados por omatídeos, unidades fotorreceptoras que proporcionam visão panorâmica. Sensores químicos e táteis localizados em antenas e outras partes do corpo aumentam ainda mais a capacidade de percepção ambiental desses animais.
A reprodução entre os artrópodes é predominantemente sexuada, com fecundação interna. A maioria das espécies é dioica, ou seja, apresenta indivíduos de sexos separados. Em muitos casos, o desenvolvimento é indireto, com a presença de estágios larvais distintos das formas adultas, passando por metamorfose completa (borboletas) ou incompleta (gafanhotos).
Algumas espécies, como as abelhas, também apresentam partenogênese — um tipo de reprodução em que fêmeas produzem descendentes a partir de óvulos não fecundados, originando indivíduos haploides, como os zangões.

Grupos principais dos artrópodes
Esse filo, o mais numeroso e diversificado do reino animal, inclui grupos, cada um com adaptações específicas que lhes permitem ocupar os mais variados ambientes.
- insetos: borboletas, formigas, gafanhotos, mosquitos;
- crustáceos: camarões, caranguejos, lagostas;
- aracnídeos: aranhas, escorpiões, ácaros; e
- diplópodes e quilópodes: lacraias (quilópodes) e piolhos-de-cobra (diplópodes).
Os insetos constituem o grupo mais numeroso entre os artrópodes, com representantes como borboletas, formigas, gafanhotos e mosquitos. Apresentam três pares de patas, corpo dividido em cabeça, tórax e abdome, além de grande capacidade de adaptação ao ambiente terrestre.
Os crustáceos, como camarões, caranguejos e lagostas, vivem majoritariamente em ambientes aquáticos e possuem dois pares de antenas, além de apêndices especializados para locomoção e alimentação.

Os aracnídeos, representados por aranhas, escorpiões e ácaros, destacam-se por terem quatro pares de patas e ausência de antenas, sendo adaptados tanto a ambientes terrestres quanto parasitários.
Já os quilópodes (lacraias) possuem corpo alongado e um par de pernas por segmento, com hábitos predadores e venenosos. Em contraste, os diplópodes (piolhos-de-cobra) apresentam dois pares de pernas por segmento e comportamento detritívoro, sendo geralmente inofensivos.
Importância ecológica
A importância ecológica dos artrópodes é vasta e abrange funções essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas. Um dos papéis mais notáveis é o da polinização, desempenhado principalmente por insetos como as abelhas, que garantem a reprodução de diversas espécies vegetais, sendo fundamentais tanto para a biodiversidade quanto para a produção agrícola.
Além disso, muitos artrópodes atuam na decomposição da matéria orgânica, contribuindo diretamente para a reciclagem de nutrientes no solo e para a manutenção da fertilidade dos ecossistemas.
Outro aspecto relevante é o controle populacional. Os artrópodes exercem esse papel ao integrarem as cadeias alimentares tanto como predadores quanto como presas, ajudando a manter o equilíbrio entre diferentes populações de organismos. Essa dinâmica regula a abundância de espécies e evita desequilíbrios ecológicos.
No âmbito econômico, os artrópodes também possuem grande importância. As abelhas destacam-se não apenas pela produção de mel, mas principalmente pelos serviços de polinização agrícola, essenciais para diversas culturas.
Crustáceos como camarões, caranguejos e lagostas representam uma importante fonte de alimento e são amplamente explorados na pesca comercial. Por outro lado, alguns artrópodes são responsáveis pela transmissão de doenças, como os mosquitos, vetores de enfermidades graves, como dengue, malária e febre amarela.
Por fim, os artrópodes demonstram notável capacidade de adaptação a diferentes ambientes, estando presentes desde regiões desérticas até as profundezas dos oceanos. Essa versatilidade, aliada à diversidade morfológica e comportamental, justifica sua ampla distribuição e sucesso evolutivo.
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